Radioterapia para Câncer de Laringe e Hipofaringe
- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 04/05/2015 - Data de atualização: 06/02/2018
O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas (Raios X ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia).
A radioterapia pode ser utilizada no tratamento do câncer de laringe e hipofaringe em várias situações como:
- Tratamento principal de alguns cânceres de laringe e hipofaringe. Se o tumor é pequeno, muitas vezes ele pode ser destruído pela radiação sem necessidade de cirurgia. Este tratamento pode ajudar a preservar melhor a qualidade de voz.
- Para tratar alguns pacientes que não tem condições clínicas para a cirurgia.
- Como tratamento adjuvante após a cirurgia, para destruir as células cancerígenas remanescentes.
- Para tratar a recidiva da doença.
- Para aliviar os sintomas da doença avançada, como dor, sangramento, dificuldade para engolir e problemas causados pela disseminação para os ossos.
Muitas vezes, a quimioterapia é administrada junto com a radioterapia. Esta combinação, denominada quimioirradiação, pode ser mais eficaz do que a radioterapia administrada sozinha, mas também apresenta mais efeitos colaterais.
A radioterapia nesta região do corpo pode afetar os dentes e gengivas, por isso é importante consultar seu dentista antes de iniciar o tratamento. Durante e após o tratamento, o dentista poderá verificar e tratar quaisquer problemas que possam surgir, como infecção ou danos nos dentes ou ósseos.
Fumar durante o tratamento radioterápico está associado a um pior prognóstico, portanto você deve parar de fumar antes de iniciar o tratamento. Fumar também aumenta o risco da recidiva após o término do tratamento, bem como o risco de contrair outro tipo de câncer.
Existem dois tipos de tratamento radioterápico:
Radioterapia Externa
A radioterapia externa focada no tumor é o tipo mais comum para tratar câncer de laringe e de hipofaringe.
O tratamento radioterápico é realizado em frações diárias (doses), 5 dias por semana, por cerca de 7 semanas. Outros esquemas de radioterapia podem ser usados para o tratamento do câncer de laringe e hipofaringe. Por exemplo, na radioterapia hiperfracionada, uma dose de radiação diária ligeiramente maior é dividida em 2 doses e o paciente recebe as 2 doses por dia em vez de 1 única dose diária.
As diferentes técnicas de radioterapia são:
- Radioterapia Conformacional 3D. Utiliza computadores especiais para mapear a localização da laringe e da hipofaringe. Na radioterapia tridimensional a aquisição das imagens de tomografia deve ser feita com o paciente imobilizado e em posição de tratamento. As imagens são transferidas a um sistema de planejamento, onde o médico delimita em todos os cortes tomográficos o volume-alvo e o volume dos órgãos adjacentes. No tratamento radioterápico 3D da laringe e hipofaringe, a distribuição de dose é calculada em todo o órgão irradiado.
- Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT). Permite a conformação da radiação para o contorno da área alvo e utiliza múltiplos feixes de radiação angulares e de intensidades não uniformes, possibilitando um tratamento mais concentrado na região do tumor. A IMRT permite isolar perfeitamente a área do tumor a ser tratada, possibilitando a utilização de uma alta dose de radiação no tumor alvo, com menor efeito sobre as células sadias, além de reduzir a toxicidade do tratamento. Com esta técnica é possível avaliar a distribuição de dose em todo o volume alvo, reduzindo as áreas de alta dose e tornando a distribuição mais homogênea.
Braquiterapia
Na braquiterapia ou radioterapia interna o material radioativo é inserido diretamente ou próximo ao tumor. A braquiterapia pode ser utilizada sozinha ou em combinação com a radioterapia externa. Raramente é usada para tratar câncer de laringe e hipofaringe.
Efeitos Colaterais da Radioterapia
Muitos pacientes tratados com radioterapia na região do pescoço apresentam feridas dolorosas na boca e garganta que podem dificultar a ingestão de sólidos e líquidos. Isso pode levar a perda de peso e desnutrição. As feridas curam com o tempo após o término do tratamento, mas alguns pacientes podem ter problemas de deglutição mesmo após o término do tratamento. Converse com seu médico sobre exercícios de deglutição que você pode fazer para ajudar a manter os músculos funcionando e aumentar suas chances de se alimentar normalmente após o tratamento.
Alguns dos efeitos colaterais comuns da radioterapia incluem:
- Alterações na pele.
- Boca seca.
- Dor de garganta.
- Piora da rouquidão.
- Dificuldade para engolir.
- Perda do paladar.
- Dificuldade para respirar.
- Cansaço.
A maioria destes efeitos desaparece após o término do tratamento. Estes efeitos tendem a ser piores se a quimioterapia for administrada simultaneamente.
A radioterapia em áreas próximas das glândulas salivares pode danificá-las, levando à boca seca que não melhora com o tempo. Além do desconforto e problemas de deglutição, a boca seca pode levar à cárie dentária. As pessoas com boca seca após a radioterapia devem ter um cuidado especial com sua saúde oral.
A radioterapia também pode provocar danos à glândula tireoide. O médico fará exames de sangue para verificar o desempenho da glândula. Em alguns casos, o paciente pode precisar de tratamento complementar para a tireoide.
Quando a radioterapia é administrada como o principal tratamento, pode, embora muito raramente, levar à desagregação da cartilagem da garganta. Se isso ocorrer, o paciente pode precisar de uma traqueostomia ou laringectomia.
Fonte: American Cancer Society (27/11/2017)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tratamento-radioterapico-do-cancer-de-laringe-e-hipofaringe/2189/214/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla