Radioterapia para Câncer de Boca e Orofaringe
- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 11/04/2015 - Data de atualização: 07/12/2017
O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerosas que formam um tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas (Raios X ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia).
A radioterapia pode ser usada em várias situações no tratamento do câncer de boca e orofaringe:
- Como o tratamento principal de tumores pequenos.
- Pacientes com tumores grandes podem precisar da cirurgia e radioterapia ou uma combinação de radioterapia e quimioterapia.
- Pode ser administrada de forma isolada ou junto com a quimioterapia, após a cirurgia, como tratamento adjuvante. A radioterapia adjuvante visa destruir qualquer vestígio do tumor que possa ter ficado da cirurgia.
- Pode ser administrada junto com a quimioterapia, para reduzir o tumor antes da cirurgia, o que é denominado radioterapia neoadjuvante.
- A radioterapia também pode ser utilizada para aliviar sintomas de câncer em estágio avançado como dor, sangramento, dificuldade na deglutição, e outros problemas causados por metástases ósseas.
Radioterapia Externa
O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerosas esse tipo de radioterapia é conhecido como terapia com feixes externos.
O tratamento radioterápico consiste em irradiar o órgão alvo com doses fracionadas. O tratamento é realizado cinco vezes na semana, durante um período de algumas semanas a meses.
O hiperfracionamento se refere a administrar a dose total de radiação em um número maior de frações, por exemplo, administrar 2 doses menores por dia em vez de uma única dose.
O fracionamento acelerado significa administrar 2 ou mais doses diárias para que o tratamento seja completado mais rapidamente (por exemplo, em 3 semanas em vez de 6 semanas).
Os esquemas de hiperfracionamento e de fracionamento acelerado podem reduzir o risco de recidiva e podem aumentar a sobrevida de alguns pacientes. A desvantagem é que esses tipos de radioterapia tendem a ter efeitos colaterais mais graves.
A radioterapia é frequentemente administrada usando técnicas que concentram a radiação de forma mais precisa, como na radioterapia conformacional tridimensional e a radioterapia de intensidade modulada (IMRT). Esta técnica usa os resultados de exames de imagem, como a ressonância magnética e programas especiais de computador para mapear precisamente a localização do tumor. Os feixes de radiação são então dispostos em várias direções e visam atingir o tumor, de modo a poupar os tecidos normais adjacentes. Com esta técnica é possível avaliar a distribuição de dose em todo o volume alvo, reduzindo as áreas de alta dose e tornando a distribuição mais homogênea.
Braquiterapia
A braquiterapia, ao contrário da radioterapia que trata o órgão alvo com feixes de radiação externos (a longa distância), utiliza fontes de radiação interna (a curta distância). Na braquiterapia o material radioativo é colocado, por meio de instrumentos específicos, próximo à lesão tumoral. Uma vez terminado o tratamento o material é retirado do corpo.
A braquiterapia não é utilizada frequentemente para tratar câncer de boca e orofaringe. O seu uso é mais frequente combinada com radioterapia externa para o tratamento do câncer de boca e lábio em estágio inicial.
Possíveis Efeitos Colaterais
A radioterapia da boca e garganta pode causar vários efeitos colaterais, como:
- Alterações na pele, tipo queimadura solar, que diminuem lentamente.
- Rouquidão.
- Perda do paladar.
- Vermelhidão e irritação da boca e da garganta.
Às vezes, pode desenvolver feridas abertas na boca e garganta, dificultando a alimentação durante o tratamento. Nestes casos, o paciente receberá alimentação líquida por uma sonda gástrica.
A radioterapia também pode causar efeitos colaterais a longo prazo ou permanentemente, como:
- Danos às glândulas salivares.
- Danos ao osso maxilar.
- Danos na glândula pituitária ou tireoide.
Fonte: American Cancer Society (08/08/2016)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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