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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Emergências médicas mais comuns em idosos

 

 

Por Central Saudável Saber

À medida que avançamos em idade, nosso corpo passa por uma série de transformações naturais que podem afetar nossa saúde de maneira única. Uma dessas transformações está relacionada ao enfraquecimento gradual do sistema imunológico, tornando os idosos mais propensos a certos desafios de saúde e, como resultado, a emergências médicas específicas. Esse fenômeno de enfraquecimento do sistema imunológico à medida que envelhecemos é conhecido como imunossenescência, começando a se manifestar por volta dos 40 anos e acentuando-se durante a terceira idade. Além disso, outros fatores contribuem para a diminuição da imunidade em idosos, incluindo a dificuldade na absorção de nutrientes e a produção menos eficiente de hormônios essenciais, como a vitamina D. Essas mudanças fisiológicas e outros elementos relacionados ao envelhecimento podem aumentar a vulnerabilidade dos idosos a emergências médicas específicas, que requerem cuidados adaptados para promover a recuperação e a restauração do bem-estar. Vamos conhecer abaixo algumas das emergências médicas mais frequentes nesse grupo etário e aprender como preveni-las e trata-las de forma eficaz

 

  1. DESIDRATAÇÃO

A desidratação é um problema de saúde que se manifesta quando o corpo enfrenta uma redução significativa não apenas na quantidade de água, mas também na concentração de sais minerais e líquidos orgânicos. Essa condição pode afetar negativamente o funcionamento regular do organismo e requer atenção imediata². Com o avanço da idade, ocorrem mudanças significativas no corpo, e uma delas é a redução notável do teor de água. Isso torna a desidratação em idosos um problema mais comum do que se imagina, especialmente durante as estações quentes da primavera e verão, quando o risco se intensifica.
 

A desidratação em idosos pode desencadear uma série de sintomas, como confusão mental, pressão arterial baixa, batimentos cardíacos acelerados e até mesmo dor no peito. O mecanismo de regulação da sede, que nos informa quando precisamos de água, torna-se menos eficaz com o envelhecimento, o que exige atenção redobrada. Para evitar a desidratação em idosos, algumas medidas simples podem ser adotadas:
 

  • É fundamental garantir que a ingestão de água seja frequente, idealmente a cada duas horas;
     
  • Além de água, ofereça sucos naturais e bebidas saudáveis como alternativas para manter o idoso hidratado;
     
  • Familiares e cuidadores desempenham um papel vital ao observar e incentivar a ingestão regular de líquidos. 

Oferecer água e monitorar regularmente a hidratação dos idosos é essencial para evitar as sérias consequências da desidratação, como confusão mental e complicações cardiovasculares. Com atenção e cuidados dedicados, podemos assegurar que nossos entes queridos desfrutem de uma melhor qualidade de vida durante a terceira idade, mantendo-os hidratados e saudáveis. 

 

  1. INSOLAÇÃO 

A insolação é uma condição séria e potencialmente perigosa que surge devido à exposição excessiva ao sol e ao calor intenso. Essa situação ocorre quando a temperatura do corpo ultrapassa perigosos 40º C, resultando na falha do mecanismo de transpiração e incapacidade do corpo de se resfriar adequadamente. O quadro de insolação exige atenção imediata, uma vez que o rápido aumento da temperatura corporal leva à perda significativa de água, sais e nutrientes vitais para a manutenção do equilíbrio do organismo. É fundamental entender como a insolação afeta os idosos e adotar medidas preventivas para garantir sua segurança durante os períodos de calor intenso. 

A insolação, ou queimadura solar, costuma ser associada a climas quentes e secos, mas é importante entender que ela pode ocorrer em diversos ambientes, inclusive em dias chuvosos ou nublados. Portanto, a necessidade de proteção contra a insolação é constante, independentemente das condições climáticas. Abaixo os sintomas da insolação: 

  • Pele quente e seca; 
  • Desidratação; 
  • Dores de cabeça; 
  • Tontura; 
  • Náusea; 
  • Vômitos;
  • Desmaios;
  • Respiração ofegante. 

Essa condição é particularmente séria em idosos, que têm um mecanismo de regulação da temperatura corporal menos eficiente e menor capacidade de adaptação a condições climáticas extremas. 

Felizmente, medidas simples podem ser adotadas no dia a dia para prevenir essas condições potencialmente perigosas: 

  • Manter-se hidratado, optar por alimentos mais leves e evitar os horários de pico do sol, especialmente entre 10h e 15h, são práticas que contribuem para a proteção contra a insolação;
  • No verão, evitar roupas escuras e apertadas, enquanto prioriza o uso de chapéus, óculos de sol, protetores labiais e solares, pode ser uma barreira eficaz contra os efeitos prejudiciais do sol;
  • Além disso, lembre-se de aplicar o protetor solar minutos antes da exposição solar e reaplicá-lo a cada duas horas, garantindo uma proteção contínua.  

A prevenção é a chave para a saúde e o bem-estar dos idosos, permitindo que eles desfrutem de uma vida ativa e segura durante todas as estações do ano. 

 

1. QUEDAS

A ocorrência de quedas com idosos é um evento que, embora comum, pode ter repercussões graves. É importante destacar que, embora as quedas não sejam uma característica do envelhecimento, elas frequentemente indicam início de fragilidade ou alertam para doenças agudas. Diversos fatores de risco estão associados a esse problema, incluindo:

 

  • Idade avançada (80 anos ou mais). 
  • Histórico prévio de quedas. 
  • Imobilidade. 
  • Fraqueza muscular nos membros inferiores. 
  • Fraqueza do aperto de mão. 
  • Equilíbrio diminuído. 
  • Uso de medicamentos sedativos, hipnóticos e ansiolíticos (Uso de múltiplos medicamentos). 

Além desses fatores, o ambiente em que o idoso vive desempenha um papel crucial na prevenção de quedas. Itens como iluminação deficiente, arquitetura desfavorável, móveis mal posicionados, objetos escorregadios e cores escuras podem aumentar o risco de quedas. 

Para prevenir quedas dos idosos, algumas medidas são essenciais: 

  • Realizar exames oftalmológicos e físicos regularmente para detectar problemas de visão, cardíacos e de pressão arterial. 
  • Manter uma dieta adequada, rica em cálcio e vitamina D. 
  • Tomar banhos de sol diariamente para estimular a produção de vitamina D. 
  • Participar de programas de atividade física que visem o desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio e coordenação. 
  • Eliminar obstáculos que possam provocar escorregões em casa e instalar suportes, corrimãos e acessórios de segurança. 
  • Usar sapatos com solas antiderrapantes. 
  • Amarre o cadarço dos sapatos corretamente para garantir estabilidade ao caminhar. 

A prevenção de quedas é fundamental para a segurança e o bem-estar dos idosos, permitindo-lhes manter sua independência e qualidade de vida durante a terceira idade.

 

2. HIPOTERMIA 

O envelhecimento natural do corpo traz consigo uma série de mudanças, incluindo reduções nas sensações de dor, vibração, calor, frio, pressão e toque. Essas alterações, embora parte do processo, podem tornar os idosos mais suscetíveis a situações de risco. Em particular, a perda da sensibilidade às mudanças de temperatura aumenta a ocorrência de episódios de hipotermia nesse grupo etário. A hipotermia em idosos é um desafio que merece atenção, e é fundamental compreender suas causas, sintomas e medidas preventivas para garantir a segurança e o bem-estar dos mais velhos. 

A hipotermia é uma perigosa queda na temperatura do corpo e pode acarretar sérias consequências para a saúde, especialmente em idosos como: 

  • Ataques cardíacos; 
  • Lesões hepáticas; 
  • Dificuldade respiratória; 
  • Pode evoluir para coma e até a morte. 

Esse distúrbio pode se desenvolver em adultos mais velhos após um breve período de exposição ao frio ou uma ligeira diminuição da temperatura ambiente. A hipotermia é diagnosticada quando a temperatura corporal cai abaixo de 36,8 graus, sendo que temperaturas inferiores a 29 graus representam risco iminente de morte 

Os sintomas iniciais incluem: 

  • Fraqueza; 
  • Fadiga; 
  • Tremores;
  • Fala enrolada;
  • Perda de consciência. 

No caso de suspeita de hipotermia, os primeiros-socorros desempenham um papel fundamental. Abaixo temos algumas orientações de como devemos agir em situações como essa: 

  • Retirar o idoso do frio e remover roupas úmidas ou molhadas; 
  • Envolver o idoso em mantas e agasalhos para aquecê-lo enquanto se solicita ajuda médica.  
  • Se a vítima estiver consciente, ofereça bebidas quentes (não alcoólicas), como chás, e mantenha uma conversa para mantê-la alerta.  
  • Em casos mais graves, a realização de manobras de ressuscitação cardiorrespiratória pode ser necessária.  

A prevenção é a chave para proteger os idosos da hipotermia, especialmente durante os meses mais frios do ano. 

 

3. QUEIMADURAS 

 

À medida que avançamos na idade, os riscos de acidentes envolvendo queimaduras tornam-se mais proeminentes. Isso ocorre porque os idosos enfrentam desafios únicos, como menor tempo de reação, mobilidade restrita e dificuldade na avaliação de riscos. Além disso, fatores como doenças crônicas, uso de medicações, distúrbios psiquiátricos e neurológicos podem contribuir para esse cenário. As queimaduras podem ser particularmente graves em idosos, indo além da lesão em si e gerando complicações, como infecções. A pele de pessoas com mais de 60 anos tende a ser mais fina e menos hidratada, o que aumenta o risco de lesões graves e torna a cicatrização mais desafiadora. Portanto, a atenção aos cuidados pós-queimadura é essencial. 

Embora muitos associem queimaduras a fontes de calor, é fundamental reconhecer que existem diversas origens para esse tipo de lesão. Vamos conhecer algumas delas e discutir como prevenir acidentes com queimaduras em idosos: 

  • Queimaduras térmicas: Resultam da exposição a fontes de calor, como fogo, líquidos quentes, objetos aquecidos e até mesmo a luz solar intensa. 
  • Queimaduras químicas: São causadas pelo contato com agentes químicos prejudiciais, incluindo produtos de limpeza fortes, ácidos, soda cáustica e venenos. 
  • Queimaduras elétricas: Provêm de choques elétricos, decorrentes do contato com tomadas, fiação elétrica e aparelhos domésticos. 

Além da origem, as queimaduras são categorizadas em graus que determinam sua gravidade: 

  • Queimadura de 1º grau: Afeta apenas a epiderme, a camada mais externa da pele. 
  • Queimadura de 2º grau: Lesiona a epiderme e parte da derme, a camada abaixo. 
  • Queimadura de 3º grau: Danifica tanto a epiderme quanto a derme, podendo atingir o tecido subcutâneo, a camada mais profunda da pele. 

 

Em casos de queimaduras, a busca por ajuda médica é a recomendação mais segura e adequada. Imediatamente após a ocorrência da queimadura, a aplicação de água corrente limpa e fria sobre a lesão pode ajudar a limitar os danos à pele, já que esta continua aquecida após o contato com a fonte de calor. É essencial evitar soluções caseiras, como urina, pasta de dente, pó de café, clara de ovo, manteiga, cremes ou pomadas, pois tais substâncias não apenas não resolvem o problema, como também podem agravar a situação. Lembramos que uma queimadura compromete as defesas naturais do organismo e, em muitos casos, torna-se uma porta de entrada para infecções, o que é especialmente preocupante para os idosos, que frequentemente têm sistemas imunológicos debilitados, como os diabéticos. Portanto, a prevenção e o tratamento adequado de queimaduras em idosos são cruciais para garantir sua segurança e bem-estar

 

 

FONTE: https://cuidadospelavida.com.br/blog/post/

 

 

 

 

 

 


 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

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