ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia
Última atualização em 4 de setembro de 2023
Exame comum, ele é essencial para diagnosticar, precocemente, este tipo de câncer do sangue
O hemograma completo, popularmente conhecido como exame de sangue, é obtido por meio da punção de uma veia da pessoa. Depois que a coleta do sangue é feita, as células sanguíneas, glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas, são avaliadas em um microscópio
“Quando ocorre uma leucemia existe o desarranjo dos elementos constituintes do sangue e aparecem células jovens, chamadas de blastos e faz-se a suspeita da doença. A confirmação é feita pela coleta da medula óssea e a imunofenotipagem”, explica o Dr. Celso Massumoto, onco-hematologista e coordenador do Centro de Transplante de Medula Óssea do Hospital 9 de Julho.
Para hematologistas com grande experiência pode ser possível diagnosticar uma leucemia mieloide crônica (LMC) ou uma leucemia linfoide crônica (LLC) somente com o hemograma. Entretanto, de qualquer forma, é essencial que os exames complementares, como o mielograma, sejam realizados para estudar a medula óssea. Isso acontece porque existem algumas doenças, principalmente infecções, que podem causar alterações sanguíneas similares à leucemia. Dessa forma, o paciente poderia receber um diagnóstico errado.
Como identificar leucemia no hemograma?
No caso das leucemias agudas, ou seja, a leucemia mieloide aguda (LMA) e leucemia linfoide aguda (LLA) há três principais elementos que devem ser analisados. A hemoglobina, as plaquetas e se há presença dos blastos.
Caso o resultado do hemograma indique que o nível de hemoglobina está baixo (menor que 12g/dl), plaquetas baixas (menor que 100.000/mm³) e mais de 20% de blastos, há uma grande probabilidade de ser uma leucemia aguda.
Já o hemograma de uma pessoa com leucemia crônica será diferente, dependendo do tipo de leucemia. Isso acontece porque cada subtipo apresenta um conjunto de alterações no exame de sangue.
Na LMC, o nível de leucócitos é alto com aparecimento de leucócitos jovens. Sendo que há uma maior quantidade de elementos jovens em comparação com os mais velhos, chamado de desvio escalonado.
Enquanto que na LLC, há um aumento de 40% dos linfócitos em comparação com o hemograma de uma pessoa saudável.
“Nesta situação o aumento dos linfócitos indica a presença de anomalia nestas células. A confirmação é feita pela imunofenotipagem e marcadores moleculares”, o Dr. Massumoto conta.
Em quanto tempo o hemograma de uma pessoa com leucemia sofre essas alterações?
De acordo com o Dr. Massumoto, no caso das leucemias agudas, é possível que as alterações ocorram em menos de 30 dias. Por isso o diagnóstico precoce é muito importante.
Assim que os níveis das células do sangue passam a ter importantes modificações, o paciente apresenta os sintomas da leucemia. Como as manchas arroxeadas na pele, chamadas de petéquias e equimoses, palidez, cansaço progressivo, febre e sangramentos.
Por outro lado, o onco-hematologista diz que nas leucemias crônicas, os sintomas podem aparecer até um ano após o quadro da doença estar instalado. O motivo é que, justamente, por serem doenças crônicas, a evolução é mais lenta. Dessa forma, leva mais tempo para causar alterações significativas e, consequentemente, demora mais para surgirem os sintomas físicos.
“O hemograma é um grande utensílio para o diagnóstico inicial das leucemias. Por isso, a profissão do hematologista é tão gratificante, pois numa consulta diária podemos fazer o diagnóstico precocemente. Embora seja recomendável a realização de testes complementares para confirmar a doença”, finaliza o Dr. Celso Massumoto.
FONTE:
https://revista.abrale.org.br/saude/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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