8 de maio de 2024
A princesa Kate Middleton fez este tratamento após receber o diagnóstico de câncer e passar por cirurgia
A quimioterapia preventiva é um outro nome dado à quimioterapia adjuvante, e é um tratamento realizado após alguma outra terapia. Seu objetivo é eliminar qualquer célula doente que tenha sobrado no corpo, diminuindo a probabilidade do câncer retornar. A forma na qual ela é realizada, quais medicamentos são utilizados, o tempo de duração e os possíveis efeitos colaterais variam de acordo com alguns fatores.
Ao longo do primeiro trimestre de 2024, as redes sociais e jornais de entretenimento estavam repletos de especulações sobre o afastamento da princesa de Gales, Kate Middleton, da rotina pública. Porém, no final de março, a princesa retornou ao seu Instagram e compartilhou com o público que havia sido diagnosticada com um câncer. Ela não revelou qual o tipo da neoplasia, mas contou que faria quimioterapia preventiva como parte do tratamento.
O Dr. Lucas Vieira dos Santos, Médico Oncologista Clínico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que esta modalidade nada mais é do que a quimioterapia adjuvante.
“Quimioterapia preventiva não é um termo que nós usamos no consultório. Nós preferimos usar o termo ‘quimioterapia adjuvante’, ou seja, um tratamento com quimioterapia que é complementar a um tratamento principal, que pode ser cirurgia ou radioterapia”, o Dr. Lucas descreve.
Esse tratamento pode ser usado porque, mesmo no caso de um tumor localizado, é possível que ele libere células doentes na corrente sanguínea ou no sistema linfático e que elas se desloquem para outras regiões do corpo, recebendo o nome de micrometástases. Nesses casos, a quimioterapia tem o papel de chegar até essas micrometástases e eliminá-las. Com isso, ela não previne, de fato, o aparecimento do câncer, mas ajuda a minimizar o risco do tumor voltar.
Como a quimioterapia preventiva funciona
Como falado anteriormente, essa terapia é aplicada após a realização de um primeiro tratamento. Então, faz-se primeiro a cirurgia oncológica ou a radioterapia e, depois, a quimioterapia é iniciada. O tempo de duração e os medicamentos utilizados variam de caso para caso.
Cada tipo de tumor responde de forma diferente à quimioterapia, por isso, para cada um será utilizado o protocolo que for mais eficiente.
“Escolhemos a terapia a depender do local primário da doença e das características do paciente. Então, uma senhora que operou um câncer de mama não vai receber a mesma quimioterapia que um senhor que operou um câncer de intestino grosso”, o médico exemplifica.
Ele ainda diz que o tempo de duração também varia, pois há situações nas quais o tratamento dura três meses, seis meses ou até mesmo um ano ou mais.
“São muitas variáveis para que a gente consiga responder essas questões do tipo e tempo de tratamento. Os casos são lidados de uma forma individual, baseada nessas características que cada um dos pacientes apresentam”, o oncologista afirma.
Efeitos colaterais
Assim como os protocolos de tratamento variam de caso para caso, os efeitos colaterais também não são iguais para todos os pacientes. Eles vão depender dos medicamentos utilizados e do organismo da pessoa, dentre outros fatores.
Entre os efeitos colaterais mais comuns da quimioterapia preventiva estão:
- Queda de cabelo
- Fraqueza
- Mal estar
- Falta de apetite
- Emagrecimento
- Enjoo ou vômitos e
- Diarreia ou prisão de ventre
Entretanto, o Dr. Lucas Santos reforça que “cada paciente e cada protocolo vai ter um tipo de efeito colateral. Então isso precisa ser conversado com o médico antes de iniciar o tratamento, para saber sobre quais os efeitos colaterais mais prováveis e como lidar com eles.”
Para quais casos a quimioterapia preventiva é indicada
Esse tratamento pode ser utilizado para cânceres sólidos que estão localizados, mas têm risco de retornar após a cirurgia ou radioterapia devido à possibilidade de terem liberado micrometástases.
Dentre os cânceres que podem ser tratados por meio dessa estratégia estão os cânceres de mama, pulmão, intestino, pâncreas, estômago, pulmão, colorretal e ovário.
No anúncio feito, a princesa de Gales não especificou com qual câncer foi diagnosticada, porém, sabe-se que ela recebeu o diagnóstico após fazer uma cirurgia na região do abdômen. Sendo que, de acordo com o sistema público de saúde britânico, os cânceres mais frequentes no Reino Unido são o de mama, pulmão, próstata e intestino, que envolve qualquer parte do intestino grosso, incluindo cólon e reto.
Eficácia do tratamento
Não é possível afirmar que, para todos os casos, a quimioterapia adjuvante, ou preventiva, vai garantir que o câncer não retorne. Entretanto, quando essa estratégia é utilizada há sim uma grande redução de recidivas.
“Grandes estudos que comparam fazer, ou não, a quimioterapia pós-operatória mostram uma redução do risco de voltar de, por exemplo, até 70%, dependendo do câncer. A gente sabe que, infelizmente, ela não vai resolver a questão de todos os pacientes, pois em alguns pacientes, mesmo fazendo quimioterapia adjuvante, a doença pode recorrer, mas é uma estratégia empregada com sucesso em diversas situações”, o Dr. Lucas Vieira dos Santos finaliza.
FONTE:https://revista.abrale.org.br/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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