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sábado, 11 de maio de 2024

Trombose é muito preocupante nas doenças mieloproliferativas

ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia

 27 de junho de 2022

 

 

Última atualização em 28 de novembro de 2022

Como essas doenças afetam a espessura do sangue, aumentam o risco desse quadro, que pode até causar internações graves e urgentes

A trombose pode ser tanto um sinal, quanto uma complicação das doenças mieloproliferativas, como a policitemia vera, a trombocitemia essencial e a mielofibrose. Ela ocorre quando um coágulo se forma nos vasos sanguíneos ou veias, impedindo a passagem do sangue por ali. Dependendo do local onde ele se desenvolve, pode causar infarto, acidente vascular cerebral (AVC) ou embolia pulmonar. Todos esses quadros são bastante perigosos e, por isso, parte importante dos tratamentos dessas patologias é evitar que eles aconteçam.

O Dr. Ivan Benaduce Casella, angiologista e cirurgião vascular e membro do Departamento de Doenças Venosas e Linfáticas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP) explica que a trombose pode acontecer pelos mais diversos fatores, dentre eles o câncer, após cirurgias extensas, certas condições genéticas que aumentam o risco de coagulação e certas doenças do sangue.

Ele esclarece que a trombose é um fenômeno que acontece quando o sangue deixa de estar no estado líquido e assume um estado gelatinoso. Com isso, forma um coágulo e para de circular no vaso sanguíneo ou artéria. Consequentemente, isso faz com que o restante do sangue também não consiga circular ali, provocando, então, a trombose.

 

Sintomas de trombose 

De acordo com o Dr. Casella, os sintomas dependem do local em que a trombose ocorre. Porém, dentre os sintomas mais conhecidos está o edema nas pernas.

Quando o coágulo se forma nas artérias do coração (artérias coronárias), pode levar ao infarto. Já se ele surgir nas artérias carótidas, que irrigam o cérebro, pode levar a um AVC.

Comparação de uma pessoa com edema na perna e outra sem

O angiologista diz que quando há trombose das veias da perna, leva a um fenômeno chamado de trombose venosa profunda dos membros inferiores. Quando essa trombose das pernas migra para o pulmão, ocorre a embolia pulmonar que pode ser assintomática ou provocar uma falta de ar severa.

“Hoje, no mundo, a principal causa de morte são as doenças trombóticas combinadas”, o especialista complementa.

 

 

Doenças hematológicas aumentam o risco de trombose

  • Os principais fatores de risco da trombose são:
  • Grandes cirurgias
  • Presença de um câncer
  • Doenças hematológicas graves
  • Pessoas que tem trombofilias
  • Realização de quimioterapia e
  • Estar com COVID-19.
Como a trombose se forma

Trombose nas doenças mieloproliferativas

A trombocitemia essencial (TE), policitemia vera (PV) e a mielofibrose podem causar trombose. Nos casos da TE e da PV, isso ocorre porque as doenças deixam o sangue mais “grosso”. Já na mielofibrose é devido ao prejuízo que a patologia causa na produção das células sanguíneas.

“A PV aumenta muito a viscosidade do sangue. É como se o sangue ficasse mais espesso e grosso e, consequentemente, aumenta a dificuldade do sangue circular e aumenta o risco de coágulo”, o Dr. Casella explica.

Células de sangue em um tubo de exame

Na TE, algo parecido acontece, porém, com as plaquetas. É importante lembrar que o papel das plaquetas é justamente ajudar na coagulação do sangue durante a cicatrização para evitar hemorragias. Entretanto, na trombocitemia essencial, essas células sofrem mutações genéticas e passam a se multiplicar muito rapidamente, causando um aumento excessivo do seu nível no sangue.

Por isso, os pacientes devem “ter acompanhamento do hematologista e, obviamente, fazer os tratamentos específicos para essas doenças”, diz o médico.

Segundo ele, não é preciso fazer um tratamento para trombose como se os coágulos já estivessem presentes. Isso acontece porque há um maior risco, mas não, necessariamente, o paciente desenvolverá esse quadro. Entretanto, é fundamental tomar precauções em certas circunstâncias que justamente elevam esse risco. 

“Por exemplo, um paciente com PV que não está controlada e vai fazer uma cirurgia, ele, certamente, tem um risco aumentado para a trombose e a equipe médica que cuida dele precisa saber disso”.  

Pacientes que já são propensos a desenvolver o quadro podem precisar realizar a prevenção da trombose por meio de medicamentos. 

“Ocorrendo a trombose, aí o hematologista, ou angiologista e cirurgião vascular, saberão a conduta mais adequada para a circunstância”, o Ivan Benaduce Casella aponta.

 

 

 

 

FONTE:https://revista.abrale.org.br/



 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

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