Quando falamos em memória, o primeiro pensamento nos que vem em mente não é a dos computadores, certo? É a memória das experiências individuais dos homens e animais, aquela que de alguma maneira se armazena no cérebro.
A memória pode ser definida como a aquisição, armazenamento e resgate de informações que nos são apresentadas ao longo da vida. Assim, o conjunto de memórias determina a nossa personalidade e possui impactos sociais, visto que as características culturais como crenças e costumes marcam a identidade de um povo com memórias que são comuns aos seus membros.
Além disso, a memória possui relação com nosso convívio social, como interação entre as pessoas e conhecimento de regras e leis, bem como fatos e acontecimentos; e possui fator importante do ponto de vista evolutivo, pois é essencial para a reprodução e sobrevivência, como por exemplo, lembrar onde procurar comida ou uma decisão de luta ou fuga iminente.
As “memórias”, no plural, podem ser classificadas quanto ao tempo de duração e quanto a sua natureza, com os respectivos tipos e subtipos, todas com sua devida importância.
Quanto ao tempo de retenção de uma informação, as memórias podem ser definidas em: curtíssima duração (dura poucos segundos); curta duração (até três horas); e longa duração (duram dias ou anos).
Além disso, podemos classificar ainda os tipos de memória: explícita, que envolvem os eventos recentes; implícita, de representação perceptual (representa imagens sem significado conhecido) e de procedimentos (hábitos e regras); associativa (condicionamentos clássico e operante); não associativa (habituação ou sensibilização do estímulo); e operacional (ou memória de trabalho).
Assim como ocorre em todos os sistemas biológicos do organismo, desde a concepção do indivíduo até a sua velhice, o sistema nervoso central se desenvolve de forma que, até um determinado momento, o indivíduo aumenta a neuroplasticidade com grande velocidade. Depois de um certo ponto no desenvolvimento (ainda não determinado e que certamente difere entre as pessoas), essa habilidade declina e a capacidade de aprender uma nova informação, bem como de recuperar memórias consolidadas, passa a declinar naturalmente no processo de envelhecimento.
Existem, porém, alguns tipos de memórias que aparentemente não se extinguem durante o envelhecimento normal. Idosos saudáveis, por exemplo, não se esquecem de como escrever, de dirigir ou de como preparar uma xícara de café. Estas habilidades estão associadas à memória implícita ou a memória de procedimentos e estão relacionadas com regiões cerebrais que integram as percepções sensoriais, a informação emocional e a coordenação motora.
No processo de envelhecimento, algumas habilidades de memória se alteram naturalmente, como a memória de trabalho e a memória recente, que envolvem a retenção de novas informações, novas aprendizagens e resolução de problemas.
Para melhorar o desempenho destes tipos de memória que declinam no processo de envelhecimento, sugerimos a utilização diária de agenda, calendário, relógio de pulso e na parede de casa, leitura de jornal, a realização de atividades fora de casa e bloco de notas para anotações rotineiras, além da realização de exercícios de ginástica para o cérebro para melhorar o raciocínio e a capacidade de resolução de problemas.
Thais Bento Lima é gerontóloga e colunista do Blog do SUPERA Ginástica para o Cérebro
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://metodosupera.com.br/
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