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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

É possível proteger o cérebro e prevenir a Doença de Alzheimer?

 

Publicado em: 16/09/2022 Por Assessoria de Imprensa SUPERA

Prevenir a Doença de Alzheimer, isso é possível? Nosso cérebro, assim como nosso corpo, precisa ser estimulado ao longo da vida para se manter ativo. Hábitos como a prática da leitura, aprender algo novo como tocar um instrumento musical, realizar jogos de estratégia como xadrez, sudoku, palavras cruzadas, são atividades intelectuais estimulantes, que podem ser inseridas na rotina de um indivíduo para estimular a formação de reserva cognitiva.

Além disso, a prática de exercícios físicos e esportes apresentam a evidência de benefícios nas funções cognitivas como memória, funções executivas, atenção e cognição global.

prevenir a Doença de Alzheimer

Segundo a gerontóloga e professora, Dra. Thais Bento Lima-Silva, a prática de atividades físicas intensas também pode melhorar a irrigação e o fluxo sanguíneo do cérebro, a oxigenação, evitando o surgimento de outras comorbidades e contribuindo também para a promoção do bem-estar na liberação de hormônios e neurotransmissores que ajudam a prevenir alterações no estado de humor, que prejudiquem a saúde mental do indivíduo. “Foi constatado por estudos científicos que a prática de exercícios físicos aumenta tanto a expressão gênica quanto proteína do fator de crescimento das células, denominado BDNF, substância que favorece a formação e novos neurônios e o fortalecimento das conexões neurais”, afirma.

“Os resultados do estudo prospectivo de Larson e colaboradores demonstraram que a prática regular de exercício físico, pelo menos três vezes por semana, esteve associada à redução do risco de desenvolver demências, sendo um potente fator protetor contra o declínio cognitivo”, completa Thaís Bento.


Prevenir a Doença de Alzheimer: Então, como reduzir o risco de desenvolver a Doença de Alzheimer?

Ainda de acordo com a gerontóloga, atualmente os estudiosos têm insistido nas atividades preventivas, considerando que ainda não há cura para a Doença de Alzheimer. “Exercitar o cérebro com atividades que estimulem as funções cognitivas são alternativas para manter a mente ativa e estimulada, proporcionando uma melhor saúde para o cérebro e evitando o surgimento de declínio cognitivo, e até mesmo prevenir a Doença de Alzheimer”, frisa.

Thaís Bento também ressalta que os fatores de risco de desenvolvimento de demências, podem ser reduzidos ou prevenidos se alguns hábitos e comportamentos forem adotados, não apenas pelo indivíduo, mas pela sociedade como forma de políticas públicas de saúde e de promoção de envelhecimento saudável. “Entende-se que uma boa qualidade de vida é promovida com um processo de corresponsabilidade: o papel poder público e a atuação do indivíduo”.

As orientações preventivas da Organização Mundial de Saúde foram publicadas em um documento chamado Plano de Ação Global em Demências – estratégias de 2017 a 2025.

prevenir a Doença de Alzheimer

Os principais fatores de prevenção do desenvolvimento de demência a nível de políticas públicas são:

  • Priorizar a educação infantil para todos, em todo o mundo;
  • Implementar políticas sociais de saúde pública que reduzam o risco de hipertensão em toda população;
  • Desenvolver políticas que incentivem a atividade social, cognitiva e física ao longo da vida;
  • Examine os riscos de perda auditiva ao longo da vida, para reduzir o risco de exposição;
  • Reduzir o risco de traumatismo craniano em ambientes relevantes, incluindo ocupacional e transporte;
  • Políticas nacionais e internacionais para reduzir a exposição da população à poluição do ar;
  • Reduzir a exposição ao fumo, tanto para crianças quanto para adultos, e encorajar a cessação.

Os fatores de proteção direcionado para os indivíduos são:

  • Tratar a hipertensão e ter como objetivo Pressão Arterial Sistólica PAS<130 MM Hg na meia-idade;
  • Usar aparelhos auditivos para perda auditiva;
  • Evitar ou desencorajar o consumo de 21 ou mais umidades de álcool por semana;
  • Prevenir traumatismo craniano em que um indivíduo pode estar em alto risco;
  • Parar de fumar é benéfico, independentemente da idade;
  • Reduzir a obesidade e a condição associada do diabetes pela disponibilidade de alimentos saudáveis e um ambiente para aumentar o movimento;
  • Manter a atividade física na meia idade e idade avançada.

Este artigo contou com a supervisão da Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva

Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

 

 


 

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Carla

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