INTRODUÇÃO AO CÂNCER COLORRETAL
O câncer colorretal são neoplasias que ocorrem no intestino grosso e reto. É a neoplasia maligna mais comum do tubo digestivo, o câncer colorretal (CCR) teve sua incidência aumentada nos últimos anos, principalmente em áreas consideradas de baixo risco (países em desenvolvimento). Aproximadamente 80% dos pacientes desenvolvem o câncer colorretal (CCR) de forma esporádica, enquanto que em 20% há uma suscetibilidade hereditária à neoplasia. Estima-se em cerca de meio milhão o número de óbitos por esta doença a cada ano, com tendência a queda na mortalidade nos últimos anos. No Brasil, o CCR é a quinta neoplasia maligna mais diagnosticada (ocupando segundo lugar na região Sudeste) e a quarta causa de morte por câncer.
Para o ano de 2020, são esperados mais de 15 milhões de casos novos de câncer no mundo.
Geralmente ocorre em pessoas acima de 50 anos, podendo ou não apresentar sintomas.
Em 2018 foram estimados 36.360 novos casos de câncer de cólon e reto no Brasil, sendo 17.380 casos em homens e 18.980 para as mulheres. Segundo o Sistema de Informação de Mortalidade, em 2013, 15.415 pessoas morreram de câncer de intestino. Na região sudeste o câncer de cólon e reto é o segundo mais incidente para homens e para mulheres, representando aproximadamente 10% de todos os casos dessa doença. No estado de São Paulo a taxa de incidência de 2016 para homens é de 26,85/100mil habitantes e de 26,25/100mil habitantes para o sexo feminino.
A distribuição do câncer colorretal por segmento intestinal se dá da seguinte proposção: Retossigmóide 30%; Sigmóide 20%; Cólon descendente (esquerdo) 15%; Cólon transverso 10%; Ceco e Cólon ascendente (direito) 25%.
ANATOMIA DA MAMA
O intestino é uma estrutura do sistema gastrointestinal. Ele se divide em delgado e grosso, o segundo onde são encontrados o maior número de neoplasias.
A parede gastrointestinal é composta pelas camadas mucosa, submucosa, muscular e serosa.
FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER COLORRETAL
a) Risco moderado:
> pessoas acima de 50 anos de idade,
> faixa etária em que o câncer de intestino é mais frequente.
b) Risco alto:
> pessoas com familiar de primeiro grau diagnosticado com uma neoplasia colorretal antes dos 45 anos de idade, ou qualquer familiar com essa neoplasia em qualquer idade, ou com adenoma maior que 1cm.
> pessoas que tiveram adenoma maior que 1cm ou câncer colorretal,
> retocolite ulcerativa ou doença de Crohn de longa duração.
c) Risco muito alto:
> famílias com síndromes hereditárias como a polipose adenomatosa familial (PAF) > câncer colorretal hereditário não polipose (Síndrome de Lynch).
PREVENÇÃO PRIMÁRIA DO CÂNCER COLORRETAL
A prevenção primária consiste na adoção de medidas para impedir que a doença se instale em um indivíduo sadio. Como medidas de prevenção primária temos as mudanças no estilo de vida.
a) Parar de fumar
O tabagismo é amplamente reconhecido como doença crônica gerada pela dependência da nicotina. No cigarro estão inseridas mais de 4 mil substâncias, sendo que cerca de 43 são carcinogênicas.
b) Evitar o sobrepeso
A estar acima do peso é um dos fatores de risco para o câncer de intestino. Estima-se que a obesidade cause de 9% a 14% dos casos de tumores do trato gastrointestinal baixo.
c) Reduzir o consumo de álcool
O risco de desenvolvimento de câncer associado ao consumo de álcool aumenta conforme a quantidade consumida, independentemente do tipo de bebida alcoólica, mas mesmo uma pequena quantidade de álcool, como uma dose por dia, pode aumentar o risco. Se associado ao tabagismo o aumento das chances de desenvolver a neoplasia é ainda maior.
d) Exercitar-se regularmente
O exercício físico pode reduzir o risco de câncer de cólon por estimular o trânsito intestinal, de modo que substâncias químicas potencialmente cancerígenas passem mais rapidamente pelo intestino. A atividade física reduz ainda os níveis de insulina e outros hormônios.
e) Alimentação saudável
A ingestão de fibras na alimentação reduz em até 40% os riscos de câncer de intestino. Comer alimentos como vegetais, frutas, cereais integrais, que contêm muitas fibras aumenta o trânsito intestinal, reduzindo o tempo em que as substâncias químicas presentes nas fezes ficam em contato com a mucosa intestinal.
É importante lembrar que o consumo de carne vermelha ou processada, como bacon, salsicha, presunto, entre outros, elevam o risco de tumores intestinais. Tais alimentos contêm nitritos e nitratos, que são transformados em nitrosaminas, um composto carcinogênico. Além disso, outras substâncias com a aminas heterocíclicas causam mutações no DNA, podendo levar a neoplasias do cólon e reto.
Para a prevenção do câncer de cólon deve-se conjuntamente diminuir a gordura da dieta, pois há uma grande carga calórica, dificultando na manutenção do peso ideal.
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA DO CÂNCER COLORRETAL
A prevenção secundária consiste na adoção de medidas para detectar e prevenir a doença em seus estágios iniciais, ainda em sua fase assintomática. A maioria dos casos de câncer colorretal e suas complicações podem ser prevenidos pelo rastreamento que são ações para identificar lesões pré-cancerosas e neoplasias de forma precoce, em indivíduos com risco de câncer ainda assintomáticos.
Existem inúmeras doenças caracterizadas por pólipos intestinais, algumas herdadas (familiares) e outras esporádicas. Saiba mais sobre as doenças polipóides intestinais.
a) Pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF):
Recomenda-se coleta de amostras de fezes em 03 dias consecutivos, anualmente, após dieta específica 03 dias antes e durante a coleta. Caso resultado positivo, a colonoscopia está indicada.
Após um teste positivo, a colonoscopia é o principal método de imagem utilizado nesta situação, permitindo assim o diagnóstico de pólipos e tumores, bem como a realização de biópsias e a ressecção de pólipos.
b) Retossigmoidoscopia:
A retossigmoidoscopia flexível permite diagnosticar cerca de 50% a 60% dos pólipos e tumores que acometem o intestino grosso, isto é, aqueles localizados no cólon esquerdo e no retossigmóide. Desta forma deve-se dar preferência a este tipo de exame. Como principal desvantagem, a retossigmoidoscopia apresenta impossibilidade do exame do cólon proximal.
c) Colonoscopia
A colonoscopia é um exame recomendado na prevenção do CCR por representar o único método que reduz em 66% a 90% a incidência de tal neoplasia. É o melhor método para se visualizar todo o cólon, atingindo o ceco em 80% a 95% dos exames. Apresenta vantagens relacionadas a retossigmoidoscopia, além da possibilidade de ressecção de pólipos, o que não é rotineiramente feito na retossigmoidoscopia.
A colonoscopia reduz a incidência do CCR em 66% a 90%, através da detecção e remoção de lesões neoplásicas, sendo o método de escolha para rastreamento de prevenção secundária ou detecção precoce do CCR, em pacientes de risco médio;
Com base na evolução lenta do adenoma para câncer, o intervalo após uma colonoscopia inicial normal pode ser de 5 anos ou mais.
Pacientes com idade ≥ 65 anos devem ter seu rastreamento por colonoscopia, devido à maior incidência de lesões avançadas e de Câncer em cólon direito relacionados ao aumento da idade que só deve ser descontinuado em pacientes idosos em caso de comorbidades ou de menor expectativa de vida que a dos benefícios do método;
CLASSIFICAÇÃO PATOLÓGICA DO CÂNCER COLORRETAL
A histologia mais comum é o adenocarcinoma e os mais raros são carcinoma de pequenas células, medular, de células em anel de sinete. Na classificação histológica temos:
Adenocarcinoma
Adenocarcinoma Mucinoso
Carcinoma Epidermóide
Carcinoma Adenoescamoso
Carcinoma de Pequenas Células
Carcinoma Medular
Carcinoma Indiferenciado
Outros
QUADRO CLÍNICO DO CÂNCER COLORRETAL
Os sintomas são relacionados ao funcionamento e hábitos do intestinal e não significam necessariamente estar com câncer de intestino.
Pacientes com hábito evacuatório diariamente ou a cada dois dias (cíclico) por exemplo, podem passar a ter obstipação intestinal e/ou diarreia.
Desejo de ir várias vezes ao banheiro, com a sensação de evacuação incompleta.
Presença de sangue nas fezes.
Dor abdominal tipo cólica, sensação de inchaço abdominal.
Cansaço e fadiga podem ser em decorrência de anemia geralmente provocada por pequenos sangramentos não visíveis nas evacuações.
Perda de apetite.
Perda de peso sem um motivo específico.
DIAGNÓSTICO DO CÂNCER COLORRETAL
O médico busca todo o histórico relacionado a esta e a outras doenças, além de seus antecedentes de tratamentos, fatores de risco para esta e outros tipos de doenças, medicamentos, hábitos, vícios e antecedentes familiares. Em seguida, um exame clínico completo e em busca de possíveis alterações nos gânglios linfáticos (virilhas, pescoço e axilas).
A história clínica de dor abdominal, alterações no hábito intestinal, presença de sangue nas fezes, antecedentes pessoais de pólipos, história familiar de câncer colorretal, são sempre primordiais e, diante disso, existe a necessidade da confirmação da suspeita com exames subsidiários que dependendo de cada caso, o médico oncologista irá solicitar.
Dependendo dos resultados da biópsia, outros exames podem ser necessários para descobrir o tamanho do tumor, o quão profundamente está comprometendo o intestino e outros órgãos e se tem espalhado para outras partes do corpo. Isso é chamado de estadiamento e ele muito importante para a escolha do plano de tratamento correto.
Dos exames subsidiários são:
a) Retossigmoidoscopia:
A retossigmoidoscopia flexível permite diagnosticar cerca de 50% a 60% dos pólipos e tumores que acometem o intestino grosso, isto é, aqueles localizados no cólon esquerdo e no retossigmóide. Desta forma deve-se dar preferência a este tipo de exame. Como principal desvantagem, a retossigmoidoscopia apresenta impossibilidade do exame do cólon proximal.
b) Enema opaco simples ou com duplo contraste:
O enema opaco é um exame radiológico que possibilita a visualização de toda a extensão dos cólons. Com a introdução da colonoscopia, ele tem caído em desuso nos centros mais avançados.
Em comparação a colonoscopia, o enema opaco apresenta sensibilidade para diagnosticar lesões polipóides e câncer colorretal menor, ficando em torno de 60% a 80%, sendo que tais porcentagens diminuem substancialmente em lesões polipóides inferiores a 1 cm. Entretanto, sua combinação com a retossigmoidoscopia, de preferência a flexível com retossigmoidoscópio, permite um exame mais acurado das regiões proximais do cólon, aumentando assim a eficácia deste teste no screening do CCR.
c) Colonoscopia
A colonoscopia é um exame recomendado na prevenção do CCR por representar o único método que reduz em 66% a 90% a incidência de tal neoplasia. É o melhor método para se visualizar todo o cólon, atingindo o ceco em 80% a 95% dos exames. Apresenta vantagens relacionadas a retossigmoidoscopia, além da possibilidade de ressecção de pólipos, o que não é rotineiramente feito na retossigmoidoscopia.
A colonoscopia reduz a incidência do CCR em 66% a 90%, através da detecção e remoção de lesões neoplásicas, sendo o método de escolha para rastreamento de prevenção secundária ou detecção precoce do CCR, em pacientes de risco médio;
Com base na evolução lenta do adenoma para câncer, o intervalo após uma colonoscopia inicial normal pode ser de 5 anos ou mais.
Pacientes com idade ≥ 65 anos devem ter seu rastreamento por colonoscopia, devido à maior incidência de lesões avançadas e de Câncer em cólon direito relacionados ao aumento da idade que só deve ser descontinuado em pacientes idosos em caso de comorbidades ou de menor expectativa de vida que a dos benefícios do método.
d) Colonografia por Tomografia Computadorizada (Colonoscopia Virtual)
Nesse exame as lesões neoplásicas são avaliadas por imagens bi ou tridimensionais do cólon geradas através da análise da Tomografia Computadorizada Helicoidal. Tal exame possui alta sensibilidade (85 a 96%) e especificidade para pólipos grandes, entretanto apresentam sensibilidade variada para pólipos médios e pequenos (39% a 88%).
Uma vez detectada lesões por este método, a colonoscopia deverá ser indicada para biópsias e/ou exérese. Ainda não existem evidências científicas suficientes para que seja recomendada como método de rotina para rastreamento de prevenção secundária do CCR, além de apresentar custo elevado.
MARCADORES TUMORAIS DO CÂNCER COLORRETAL
Não há marcadores específicos para tumores colorretais. Contudo, no hemograma é possível encontrar anemia, alteração das proteínas plasmáticas indicando o estado nutricional do paciente e alteração das fosfatases alcalinas podendo significar metástases hepáticas.
Outra alternativa é a pesquisa do Antígeno Carciembriogênico (CEA) – uma glicoproteína encontrada na membrana celular de muitos tecidos. A elevação dos níveis séricos de CEA não é específica para câncer de cólon, porém níveis altos de CEA após ressecção cirúrgica do tumor pode ser indicativo de um prognóstico ruim.
ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE MAMA - TNM (AJCC, 8ª. Edição)
Tumor Primário (T)
Tx – Tumor primário não pode ser avaliado
T0 – Sem evidência de tumor primário
Tis – Carcinoma in situ, carcinoma intramucoso (não invadir a lâmina própria sem extensão para muscular da mucosa)
T1 – Tumor invade a submucosa
T2 – Tumor invade a muscular própria
T3 – Tumor invade a muscular própria até os tecidos pericolorretais
T4a – Tumor invade a superfície e do peritônio visceral
T4b – Tumor invade ou está aderido a outros órgãos ou estruturas
Linfonodos Regionais (N)
Nx – Metástase linfonodal não pode ser evidenciada
N0 – Sem evidência de metástase linfonodal
N1 – Metástase em 1 a 3 linfonodos regionais
N1a – Metástase em 1 linfonodo regional
N1b – Metástase em 2 ou 3 linfonodos regionais
N1c – Tumor na subserosa, mesentério, tecidos pericólicos ou perirretais não peritonizados, sem metástase linfonodal
N2 – Metástase em 4 ou mais linfonodos regionais
N2a – Metástase em 4 a 6 linfonodos regionais
N2b – Metástase em 7 ou mais linfonodos regionais
Metástases a distância (M)
Mx – Metástase a distância não pode ser evidenciada
M0 – Sem evidência de metástase a distância
M1 – Metástase a distância
M1a – Metástase restrita a um órgão ou localização
M1b – Metástase em mais de um órgão ou localização sem metástase peritoneal
M1c – Metástase peritoneal associada ou não a metástase em outros sítios
Agrupamento anatômico TNM
TRATAMENTO DO CÂNCER COLORRETAL
A definição do tratamento a ser realizado é uma decisão em conjunto com os médicos, equipe multiprofissional, paciente, familiares e cuidadores baseadas em suas próprias condições clínicas, indicações, vontades, valores e crenças. Nem todos os tratamentos alistados são apropriados ou aceitáveis para todos os pacientes.
Depende também da localização da lesão tumoral no cólon ou reto e do estadiamento da doença. O tratamento da doença poderá incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia alvo.
O tratamento dependerá do Estadiamento Clínico com exames de imagem.
Através de exames radiológicos realizados antes da cirurgia, o médico verificará o tamanho do tumor no estômago e eventual comprometimento de outras estruturas no organismo, especialmente dos pulmões, fígado e gânglios linfáticos (linfonodos) localizados dentro da cavidade abdominal. Todas estas informações constituem o estadiamento clínico do tumor e juntamente com estadiamento patológico (pós operatório) definirão a forma mais adequada de tratamento, assim como o prognóstico.
TRATAMENTO CLÍNICO MULTIDISCIPLINAR DO CÂNCER COLORRETAL
Uma equipe multidisciplinar no tratamento do câncer é fundamental, tendo em vista que é um processo que passa por várias etapas. E, em cada uma delas é necessário o atendimento de um profissional de saúde especializado para prestar o melhor suporte possível. As vezes um paciente realiza uma cirurgia e demora para iniciar a quimioterapia, deixando de oferecer uma melhor condição terapêutica para o doente.
Cada paciente reage de uma forma diferente. Por isso, estar em uma equipe multidisciplinar possibilita uma abordagem mais ampla e eficiente, desde o diagnóstico até o pós-tratamento, fazendo com que cada membro tenha um papel importante no cuidado. É uma verdadeira engrenagem em constante movimento em que cada profissional aborda o doente e seus familiares, tornando o tratamento também menos doloroso e traumático.
Médico Cirurgião Oncológico – É o cirurgião especializado no tratamento cirúrgico dos tumores e outras condições inerentes a evolução da doença ou do tratamento. Está em sempre contato tanto com o doente oncológico quanto com a família neste momento em que o futuro muitas vezes parece incerto. Além disso, possui habilidades em cirúrgicas radicais ou conservadoras, convencionais e minimamente invasivas (laparoscopia e robótica), além da experiência e conhecimento para indicação ou contra-indicação do melhor momento de atuação baseado nas condições clínicas do paciente com câncer.
Médico Oncologista Clínico – É o médico especializado nas diferentes formas de tratamento como a quimioterapia, hormonioterapia, terapia alvo e imunoterapia. Graças aos avanços científicos, hoje existem inúmeras possibilidades de regressão, remissão e até mesmo a cura de várias doenças, desde que abordadas e tratados no momento certo e nas melhores condições clínicas em que o paciente se encontra.
Médico Paliativista – É o especialista no controle de sintomas causados pela doença ou tratamento. O manejo de dor, falta de ar, obstipação, diarréia, náuseas e dificuldades com alimentação, entre outros, assegura ao paciente qualidade de vida e conforto para desenvolver o tratamento proposto ou mesmo enfrentar o processo de finitude quando a progressão de doença limita a proposta curativa. Saiba mais sobre cuidados paliativos.
Enfermeiro – O enfermeiro é quem dá as orientações sobre os cuidados e precauções gerais da colostomia, urostomias, traqueostomias, curativos e feridas. Saiba mais sobre as estomias e seus cuidados.
Psicólogo – Sentimentos como depressão, ansiedade, medos, preocupações e dúvidas são comuns e muitas vezes, precisam de cuidado. O psico-oncologista apoia emocionalmente o paciente e seus familiares, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Saiba mais sobre psicoterapia.
Nutricionista – É o profissional que pode ajudar a diminuir os efeitos colaterais do tratamento por meio de uma alimentação equilibrada e saudável, principalmente durante a quimioterapia. Em casos de colostomia, também são necessárias orientações sobre o que comer e o que deve ser evitado. Saiba mais sobre nutrição.
Fonoaudióloga – É o profissional focado em todos os aspectos da comunicação humana, ou seja, a linguagem oral e escrita, a fala, a voz e a audição, além dos movimentos relacionados à mastigação, deglutição e respiração. Atua em parceria com outros profissionais da equipe e outros como, neurologistas e psicopedagogos. Saiba mais sobre fonoterapia.
Cirurgião Dentista – É o profissional que cuida não só da saúde dos dentes, mas de toda a boca e de estruturas associadas. Aqui no INCA, desenvolve ações preventivas do câncer de boca e atua com os demais membros da equipe prevenindo e tratando lesões provocadas pela quimioterapia e radioterapia, além do todo o processo relacionado a nutrição, mastigação e deglutição para melhorar sempre o estado nutricional do paciente. Saiba mais sobre cuidados odontológicos.
Fisioterapeuta – É responsável por promover a recuperação físico-funcional do paciente restaurando movimentos e funções comprometidas durante ou após a doença.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CÂNCER COLORRETAL
Os tipos de cirurgia usados no tratamento de câncer de cólon e de reto são um pouco diferentes, então são descritos separadamente:
CIRURGIA DO CÓLON:
A cirurgia é muitas vezes o principal tratamento para o câncer de cólon em estágio inicial, podendo ser realizada utilizando diferentes técnicas:
a) Colectomia Aberta (via abdominal)
A colectomia, às vezes chamada de hemicolectomia, colectomia parcial ou ressecção segmentar, remove uma parte do cólon e os gânglios linfáticos próximos. O termo aberta significa que esta técnica é realizada através de uma única incisão no abdome.
b) Colectomia Minimamente Invasiva por Laparoscopia ou Robô
Esta nova abordagem para remoção de parte do intestino grosso e linfonodos próximos é uma opção para alguns tipos de cânceres. Neste procedimento, ao contrário da colectomia aberta são feitas diversas incisões menores, por onde serão removidos, com auxílio de instrumentos guiados por um laparoscópio, o cólon e os linfonodos. No momento em que a parte comprometida do cólon é liberada do sistema digestivo, uma das incisões é aumentada para permitir sua remoção.
CIRURGIA DO RETO:
A cirurgia é geralmente o principal tratamento para o câncer de reto, podendo ser realizada utilizando diferentes técnicas:
a) Polipectomia e Excisão Local
Estes procedimentos, assim como na cirurgia do cólon, são realizados para a remoção de tumores superficiais ou pólipos. Eles são feitos com o auxílio de instrumentos introduzidos através do ânus, sem qualquer incisão no abdome do paciente.
b) Ressecção Transanal Local
Assim como na polipectomia e excisão local, a ressecção transanal local é realizada com instrumentos inseridos através do ânus, sem qualquer incisão no abdome do paciente. Este procedimento é utilizado para remover tumor de reto relativamente pequeno e próximo ao ânus. Geralmente é feito com anestesia local.
c) Cirurgia Endoscópica Transanal
Esta técnica pode, ocasionalmente, ser utilizada para tumores em estágios iniciais que não poderiam ser alcançados utilizando a ressecção padrão transanal. Esta técnica só é realizada em alguns centros médicos, por requerer equipamento especial e cirurgiões com treinamento específico.
d) Ressecção Anterior Baixa
Alguns tipos de câncer do reto estágio I, II ou III (localizados no terço superior) podem ser removidos por ressecção anterior baixa. Neste procedimento, parte do reto contendo o tumor é removida sem afetar o ânus. O cólon é então ligado à parte restante do reto de modo a que após a cirurgia, a função do intestino permanece normal.
Assim, como em outras técnicas cirúrgicas, o paciente é orientado a fazer uma preparação intestinal, na véspera, com laxantes ou enemas. Neste procedimento é feita uma incisão no abdome, por onde será removido o tumor, uma parte de tecido em ambos os lados do tumor, os gânglios linfáticos próximos e o tecido adiposo e fibroso em torno do reto. Ao término da remoção. Se a radioterapia e quimioterapia forem feitas antes da cirurgia, é comum a realização de uma ileostomia temporária, que pode ser reparada cerca de 8 semanas mais tarde.
e) Retossigmoidectomia com Anastomose Colo-Anal
Alguns estágios I e a maioria dos estágios II e III requerem a remoção total do reto, que é chamada proctectomia. O cólon é ligado ao ânus (anastomose colo-anal). O reto tem de ser removido para fazer uma excisão total mesorreto, necessário para a remoção de todos os gânglios linfáticos próximos ao reto.
Às vezes, quando uma anastomose coloanal é realizada, uma pequena bolsa é feita dobrando para trás um segmento curto de cólon ou por ampliação de um segmento. Este pequeno reservatório do cólon passa a funcionar como um espaço de armazenamento das fezes no reto. Quando são necessárias técnicas especiais para evitar uma colostomia permanente, pode ser necessária uma ileostomia temporária, enquanto o intestino se recupera. Após, uma nova cirurgia é realizada para reconectar os intestinos e fechar a abertura da ileostomia.
f) Ressecção Abdominoperineal
Esta cirurgia é mais complexa que a ressecção anterior baixa. Ela pode ser usada para tratar alguns tumores em estágio I e tumores em estágios fase II ou III, especialmente se a doença está se desenvolvendo no músculo do esfíncter.
Nesta técnica, é feita uma incisão no abdome e outra na área perineal em torno do ânus. Esta incisão permite ao cirurgião remover o ânus e os tecidos adjacentes, incluindo o músculo do esfíncter. Como o ânus é removido, o paciente vai precisar de uma colostomia permanente.
g) Exenteração Pélvica
Se o tumor está crescendo em órgãos próximos ao reto, pode ser recomendada a exenteração pélvica. Nesta técnica é removido o reto, e caso a doença se disseminou pode ser necessária a remoção de órgãos próximos, como bexiga, próstata (nos homens), ou do útero (nas mulheres). Nestes casos, será necessário uma colostomia. Se a bexiga também é removida, o paciente vai precisar de uma urostomia.
Efeitos Colaterais da Cirurgia do Câncer Colorretal
Os potenciais efeitos colaterais da cirurgia dependem de vários fatores, como extensão da cirurgia e do estado geral de saúde do paciente antes da cirurgia. Problemas alimentares normalmente desaparecem dentro de alguns dias após a cirurgia.
Outros problemas podem incluir sangramento pós-cirúrgico, coágulos sanguíneos nas pernas, e danos a órgãos próximos durante a cirurgia. Após a cirurgia, podem apresentar-se aderências de órgãos ou tecidos, que às vezes chegam a bloquear o intestino, o que requer uma cirurgia adicional.
Alguns pacientes podem necessitar uma colostomia (ou ileostomia) temporária ou permanente após a cirurgia, o que pode levar algum tempo para se acostumar e necessitar de alguns ajustes no estilo de vida.
Nos homens pode causar problemas de ereção ou na capacidade de atingir o orgasmo. Em outros casos, pode diminuir a intensidade do prazer no orgasmo. O envelhecimento natural também pode causar algumas dessas mudanças, mas a cirurgia pode agravar esses sintomas.
Para as mulheres, a cirurgia colorretal (exceto exenteração pélvica), geralmente não causa nenhuma perda da função sexual. As aderências (tecido cicatricial) podem às vezes, causar dor ou desconforto durante a relação sexual. Se o útero é removido, a gravidez não será possível.
A colostomia pode ter um impacto sobre a imagem corporal e nível de conforto sexual em homens e mulheres. Embora possam ser necessários alguns ajustes, isto não deve impedir uma vida sexual agradável.
TRATAMENTO RADIOTERÁPICO (RADIOTERAPIA) PARA O CÂNCER COLORRETAL
O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas (RaiosX ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia).
REFERENCIAS
https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer
MS / SVS/DASIS/CGIAE/Sistema de Informação sobre Mortalidade, 2019
MS / INCA / Coordenação de Prevenção e Vigilância / Divisão de Vigilância e Análise de Situação, 2019
DeVita, Hellman, and Rosenberg’s Cancer: Principles & Practice of Oncology, 11Th edition
Oncologia Clínica Terapia Baseada em Evidências: Tumores Sólidos. Editores Dr. Atur Katz, Dr. Frederico Perego Costa, Dr. Giovanni Bariani, Dr. Gustavo dos S. Fernandes, Dr. Claudio Luiz S. Ferrari, Prof. Dr. Paulo Marcelo G. Hoff. 3ª. Edição.
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/colon.pdf
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/PDF/rectal.pdf
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/anal.pdf
Saiba mais sobre pólipos intestinais.
As informações contidas neste portal está disponível com objetivo estritamente educacional. Em hipótese alguma pretende substituir a consulta médica, a realização de exame e/ou o tratamento médico. Em caso de dúvidas, fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.
Resp. Técnico – Dr. Stephano Nunes Lucio • CRM 156.379
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abs.
Carla
https://incariopreto.com.br/cancer-colorretal-2/
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