Se faz importante, necessário e urgente falarmos sobre a violência que acomete milhares de pessoas no Brasil. Precisamos quebrar tabus e preconceitos
Lidiane Charbel Souza Peres e Crismédio Costa (*)
“Nenhuma pessoa idosa será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei” (Art.4º Estatuto da Pessoa Idosa).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência como sendo ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a integridade física e emocional da pessoa idosa, impedindo o desempenho de seu papel social; Já o Estatuto da Pessoa Idosa como qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado, que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico (Art.19).
Mais de 35 mil denúncias de violações de direitos humanos contra pessoas idosas foram registradas no Brasil no primeiro semestre de 2022 pelo Disque Direitos Humanos (Disque 100).
O mês de junho, conhecido também como Junho violeta, é uma campanha realizada anualmente em todo o mundo. O mês foi escolhido em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, conforme declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa em 2006.
A Campanha de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa que muitos municípios começam a preparar desde já pretende combater a violência contra essa população com o propósito de prevenir, cuidar e acolher as vítimas de qualquer forma de violência.
Para tanto foram elaborados instrumentos de apoio para a sensibilização, informação e prevenção da violência contra a pessoa idosa, em consonância com as diretrizes do Programa Brasileiro para o Envelhecimento Ativo e Cooperação Intergeracional e diretrizes internacionais.
A Campanha abrange a prevenção, a sensibilização profissional e da opinião pública, ações informativas, ações de cooperação interinstitucionais e oferta de redes de promoção e direitos humanos das pessoas idosas.
As ações de conscientização sobre violência contra pessoas idosas, aquelas com 60 anos ou mais devem ser prioridade nas redes de serviço socioassistencial.
Por isso, se faz importante, necessário e urgente falarmos sobre a violência que acomete milhares de idosos e idosas no Brasil. Precisamos quebrar tabus e preconceitos. As pessoa idosas precisam assumir os protagonismos de suas vidas e não somente fazer de junho o mês de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, mas sim todos dias e meses porque CADA VELHICE IMPORTA.
(*) Lidiane Charbel Souza Peres – Assistente Social e Gerontologista. Ganhadora Prêmio Zilda Arns 2021. Coordenadora movimento Junho Violeta 2023.
Crismédio Costa – Gerontólogo. Ganhador Prêmio Zilda Arns 2022. Coordenador Movimento Vidas Idosas Importam.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs.
Carla
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