14 de agosto de 2018
A palavra Hemodiálise é conhecida por muitas pessoas, mas poucas sabem o que realmente é o tratamento de hemodiálise. A primeira impressão que remetemos a essa palavra é a ideia de “sangue” por causa do “hemo”, o que não deixa de ser uma verdade.
A hemodiálise é um tratamento que realiza a filtragem das substâncias indesejáveis do sangue através de uma máquina, ou seja, o procedimento funciona como um rim artificial. O tratamento é imprescindível para manter a vida da pessoa que perdeu a função renal.
O que é a Hemodiálise?
A hemodiálise é um procedimento que realiza exatamente a função do rim em nosso corpo, retirando as substâncias tóxicas, água e sais minerais pelo auxílio de uma máquina. Naturalmente, os rins é que fazem este papel importante no corpo humano, limpando e eliminando por meio da urina, as substâncias ruins do organismo.
https://youtu.be/FUp8iXciKSc
O tratamento de hemodiálise é um dos três tipos de terapias renais substitutivas, sendo também conhecida como diálise. As demais terapias são o transplante e a diálise peritoneal.
Quem precisa fazer o tratamento de hemodiálise?
As pessoas que precisam realizar a hemodiálise são aquelas diagnosticadas com a insuficiência renal. Considera uma doença silenciosa, a insuficiência não apresenta sintomas no início das complicações, mas apenas quando os rins já estão apresentando um grau elevado de perda de função.
Com a perda de função, que equivale a menos de 10% da atividade dos rins, a pessoa necessita iniciar o tratamento de hemodiálise, para manter o equilíbrio das substâncias essenciais para o organismo.
A orientação de realizar o tratamento de hemodiálise deverá ser feita pelo nefrologista, médico especialista no diagnóstico e tratamento de doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas ao rim.
Como funciona o tratamento?
O tratamento de hemodiálise é realizado por meio de uma máquina, a qual faz o papel dos rins. Nessa máquina existe um filtro, chamado dialisador (rim artificial), usado para limpar o sangue. O sangue é bombeado por meio de um cateter (tubo) ou de uma fístula arteriovenosa (ligação entre uma artéria a uma veia – veja na imagem abaixo) e passa através da linha arterial do dialisador, onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela linha venosa.
O paciente realiza três sessões por semana, que podem durar em torno de 4
horas ou conforme prescrição médica. Segundo a literatura podem variar
os parâmetros da sessão como tempo, frequência e outras necessidades
conforme o quadro clínico do paciente e a análise da equipe
médica. Crianças e adultos de grande porte podem necessitar de um tempo
maior.
Numa sessão de quatro horas, o paciente pode perder de nada até 10 litros de líquidos, sendo que a média de perda é de 3 a 4 litros.
Quais os riscos?
As complicações podem ocorrer por conta do longo período de tempo no tratamento de hemodiálise. As principais implicações podem ocorrer no sistema cardiovascular (coração e vasos sanguíneos) e nos ossos, onde a alimentação tem papel fundamental na qualidade de vida do paciente.
O tratamento pode causar desconfortos ou dores?
O início do tratamento pode ser um pouco mais difícil, pois, nesta fase, o corpo ainda não está adaptado. Por conta da punção realizada por meio de agulhas na fístula, o paciente poderá sentir dores leves na região.
Durante a sessão de hemodiálise são comuns cãibras e queda rápida da pressão arterial (hipotensão).
Isso acontece, principalmente, em conseqüência das mudanças rápidas no equilíbrio dos líquidos e do sódio. A hipotensão pode causar fraqueza, tonturas, enjôos ou mesmo vômitos. Para evitar complicações siga a dieta recomendada: beber poucos líquidos e tomar seus remédios nos horários certos.
Outros sintomas devem ser relatados ao médico para avaliação do quadro do paciente.
O que muda na vida da pessoa que faz a hemodiálise?
A notícia de que a pessoa vai ter que iniciar o tratamento de hemodiálise pode causar um impacto emocional, tanto no paciente quanto em sua família. Por isso, é importante que todos tenham o conhecimento sobre a hemodiálise para auxiliar o paciente durante o tratamento. Além do acompanhamento profissional do psicólogo, nutricionista e da assistente social, o apoio da família se torna fundamental para a aderência ao tratamento pelo paciente.
O fato de ter que comparecer à clínica de hemodiálise três vezes na semana e estar disponível nas horas determinadas para o tratamento, pode resultar numa nova rotina ao paciente, o qual terá que abdicar de algumas atividades para as sessões. Não que o paciente não possa ter uma vida normal, trabalhando ou estudando, ele apenas terá que administrar seus horários para conciliar as ações com o tratamento. Muitos pacientes exercem suas funções profissionais, cuidam de suas casas ou estudam.
Entre os principais cuidados que o paciente deve tomar estão relacionados aos hábitos alimentares, a medicação e o acompanhamento médico. As orientações sobre a dieta alimentar, hidratação e a prática de exercícios físicos variam de paciente para paciente, informações que serão repassados pelos profissionais de cada área. Apesar de a hemodiálise ser um tratamento contínuo, o paciente pode ter uma qualidade de vida e realizar as atividades comuns.
Setor de Comunicação
Atualizado em 22/12/2021
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs.
Carla
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