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sábado, 11 de março de 2023

Hemodiálise: o que é, quem precisa e qual o tratamento

 14 de agosto de 2018

 

 

A palavra Hemodiálise é conhecida por muitas pessoas, mas poucas sabem o que realmente é o tratamento de hemodiálise. A primeira impressão que remetemos a essa palavra é a ideia de “sangue” por causa do “hemo”, o que não deixa de ser uma verdade.

A hemodiálise é um tratamento que realiza a filtragem das substâncias indesejáveis do sangue através de uma máquina, ou seja, o procedimento funciona como um rim artificial. O tratamento é imprescindível para manter a vida da pessoa que perdeu a função renal.

O que é a Hemodiálise?

A hemodiálise é um procedimento que realiza exatamente a função do rim em nosso corpo, retirando as substâncias tóxicas, água e sais minerais pelo auxílio de uma máquina. Naturalmente, os rins é que fazem este papel importante no corpo humano, limpando e eliminando por meio da urina, as substâncias ruins do organismo.

https://youtu.be/FUp8iXciKSc


 

O tratamento de hemodiálise é um dos três tipos de terapias renais substitutivas, sendo também conhecida como diálise. As demais terapias são o transplante e a diálise peritoneal.

Tratamento de hemodiálise, onde a máquina faz o papel do rim.

Quem precisa fazer o tratamento de hemodiálise?

As pessoas que precisam realizar a hemodiálise são aquelas diagnosticadas com a insuficiência renal. Considera uma doença silenciosa, a insuficiência não apresenta sintomas no início das complicações, mas apenas quando os rins já estão apresentando um grau elevado de perda de função.

Com a perda de função, que equivale a menos de 10% da atividade dos rins, a pessoa necessita iniciar o tratamento de hemodiálise, para manter o equilíbrio das substâncias essenciais para o organismo.

 

A orientação de realizar o tratamento de hemodiálise deverá ser feita pelo nefrologista, médico especialista no diagnóstico e tratamento de doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas ao rim.


Como funciona o tratamento?

O tratamento de hemodiálise é realizado por meio de uma máquina, a qual faz o papel dos rins. Nessa máquina existe um filtro, chamado dialisador (rim artificial), usado para limpar o sangue. O sangue é bombeado por meio de um cateter (tubo) ou de uma fístula arteriovenosa (ligação entre uma artéria a uma veia – veja na imagem abaixo) e passa através da linha arterial do dialisador, onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela linha venosa.


O paciente realiza três sessões por semana, que podem durar em torno de 4 horas ou conforme prescrição médica. Segundo a literatura podem variar os parâmetros da sessão como tempo, frequência e outras necessidades conforme o quadro clínico do paciente e a análise da equipe médica. Crianças e adultos de grande porte podem necessitar de um tempo maior.

Numa sessão de quatro horas, o paciente pode perder de nada até 10 litros de líquidos, sendo que a média de perda é de 3 a 4 litros.

Quais os riscos?

As complicações podem ocorrer por conta do longo período de tempo no tratamento de hemodiálise. As principais implicações podem ocorrer no sistema cardiovascular (coração e vasos sanguíneos) e nos ossos, onde a alimentação tem papel fundamental na qualidade de vida do paciente.

O tratamento pode causar desconfortos ou dores?

O início do tratamento pode ser um pouco mais difícil, pois, nesta fase, o corpo ainda não está adaptado. Por conta da punção realizada por meio de agulhas na fístula, o paciente poderá sentir dores leves na região.

Durante a sessão de hemodiálise são comuns cãibras e queda rápida da pressão arterial (hipotensão).

As cãibras podem ocorrem durante as sessões de hemodiálise, por conta da falta de circulação do sangue.

Isso acontece, principalmente, em conseqüência das mudanças rápidas no equilíbrio dos líquidos e do sódio. A hipotensão pode causar fraqueza, tonturas, enjôos ou mesmo vômitos. Para evitar complicações siga a dieta recomendada: beber poucos líquidos e tomar seus remédios nos horários certos.

Outros sintomas devem ser relatados ao médico para avaliação do quadro do paciente.

O que muda na vida da pessoa que faz a hemodiálise?

A notícia de que a pessoa vai ter que iniciar o tratamento de hemodiálise pode causar um impacto emocional, tanto no paciente quanto em sua família. Por isso, é importante que todos tenham o conhecimento sobre a hemodiálise para auxiliar o paciente durante o tratamento. Além do acompanhamento profissional do psicólogo, nutricionista e da assistente social, o apoio da família se torna fundamental para a aderência ao tratamento pelo paciente.

O fato de ter que comparecer à clínica de hemodiálise três vezes na semana e estar disponível nas horas determinadas para o tratamento, pode resultar numa nova rotina ao paciente, o qual terá que abdicar de algumas atividades para as sessões. Não que o paciente não possa ter uma vida normal, trabalhando ou estudando, ele apenas terá que administrar seus horários para conciliar as ações com o tratamento. Muitos pacientes exercem suas funções profissionais, cuidam de suas casas ou estudam.


Entre os principais cuidados que o paciente deve tomar estão relacionados aos hábitos alimentares, a medicação e o acompanhamento médico. As orientações sobre a dieta alimentar, hidratação e a prática de exercícios físicos variam de paciente para paciente, informações que serão repassados pelos profissionais de cada área. Apesar de a hemodiálise ser um tratamento contínuo, o paciente pode ter uma qualidade de vida e realizar as atividades comuns.

 

Setor de Comunicação
Atualizado em 22/12/2021

 

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abs.

Carla

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