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terça-feira, 14 de março de 2023

Diálise peritoneal: 7 perguntas e respostas

15 de junho de 2011

Após as dúvidas respondidas sobre hemodiálise, a Fundação Pró-Rim fez uma enquete nas mídias sociais a respeito da diálise peritoneal, uma outra forma de tratamento da insuficiência renal crônica. As perguntas abaixo foram respondidas pelo fundador e médico nefrologista da Pró-Rim, Dr. Hercilio Alexandre da Luz Filho. Confira:

Paciente renal durante treinamento da diálise peritoneal na clínica da Pró-Rim.

1. Pessoas com quais perfis são indicadas para diálise peritoneal?
Não existe um perfil pré-determinado. No entanto, a diálise peritoneal é um procedimento que exige um pouco de discernimento da pessoa, pois é ela que vai fazer (ou ajudar) as trocas. A pessoa precisa ser um pouco mais instruída porque uma parte do tratamento depende dela. Além disso, é necessário um ambiente limpo em casa e um local para armazenar os produtos. Tudo para que não haja risco de infecção do cateter. Desta forma, não é uma questão de perfil, mas de um mínimo de condições socioeconômicas, para que o procedimento seja feito com sucesso.

2. Como é a recuperação do paciente após a diálise peritoneal?
A diálise peritoneal é um tratamento mais estável que a hemodiálise, pois é feito num prazo mais longo (em 12 horas ou durante todo o dia). Existem dois tipos de diálise peritoneal: a que as trocas são manuais; ou a automatizada, que é feita com uma máquina. Neste caso, chamamos de diálise peritoneal noturna, na qual o paciente se instala à máquina por volta das 20h e desinstala às 8h da manhã. Como esse tratamento é feito em 12 horas, é mais estável e a pessoa não tem tanto desequilíbrio, não sofre tanto de hipotensão.

3. Nosso organismo pode, por algum motivo, rejeitar a implantação do cateter Tenckhoff e ocasionar constantes casos de peritonites? 
A peritonite não ocorre por causa do cateter de tenckhoff, que é feito de silicone e não provoca alergia. As peritonites são causadas por bactérias ou por fungos. As por fungos são sempre mais graves e só curam com a remoção do cateter.

4. Uma pessoa que pesa 100kg pode fazer diálise peritoneal? 
É uma limitação. A diálise peritoneal é difícil de ser realizada num paciente acima de 80kg e com estatura alta. Isto porque a superfície de troca do peritônio tem 1m² e os dialisadores têm de 1,2 a 1,4m². Se a pessoa é muito grande, pode ficar um pouco mais urêmica, o que não é recomendável. A diálise peritoneal é boa para pessoas pequenas, com até 80kg. Além disso, existe um exame para determinar se o paciente é um bom transportador ou seja, se ele consegue fazer as trocas no peritônio de uma maneira eficaz.

5. Qual é a frequência da diálise peritoneal?
Todo dia. Ou a pessoa faz a troca manual quatro vezes ao dia ou faz por meio da máquina, durante a noite. Se a pessoa viaja, pode levar a máquina ou fazer a troca manual, o que é uma vantagem em relação à hemodiálise.

6. A diálise peritoneal é mais eficaz que a hemodiálise?
Na hemodiálise, podemos aplicar várias técnicas que não são possíveis na diálise peritoneal. Mas pessoas com até 60kg se dão muito bem na diálise peritoneal, principalmente se elas urinarem ainda de 100 a 200ml por dia. Mesmo que seja pouco, elas vão muito bem, é um bom método de tratamento.

7. Uma pessoa que fez transplante e perdeu o rim pode voltar a fazer diálise peritoneal?
Sim porque, na maioria das vezes, o rim é colocado fora do peritônio.

 

            Adesivo

 

 

 


obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs.

Carla

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