Powered By Blogger

segunda-feira, 15 de maio de 2023

15/5 – Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares

 

 

No dia 15 de maio de 1847, na Hungria, o médico obstetra Ignaz Semmelweis defendeu e incorporou a prática de lavar as mãos como uma atitude obrigatória para enfermeiros e médicos que entravam nas enfermarias. A partir dessa iniciativa simples e eficaz, foi observada uma considerável redução na taxa de mortalidade das pacientes.

Por essa razão, a data foi incorporada ao Calendário da Saúde como o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares, instituído pela Lei 11.723/2008, com o objetivo de conscientizar autoridades, gestores e profissionais dos serviços de saúde, além da população em geral, sobre a importância do controle das infecções para toda a sociedade.

Infecções hospitalares representam um grave problema de saúde pública por sua gravidade e pelo aumento do tempo de internação, e em muitos casos podem levar à morte.

No Brasil, a estimativa é de que a taxa de infecção seja de 5% a 14% do total de internações.

Infecção hospitalar é aquela que ocorre após a entrada do paciente no serviço de saúde e pode surgir durante a internação ou após a alta.

A Portaria MS/GM nº 2.616/1998 estabelece as diretrizes e normas para o controle de infecção hospitalar no país e as competências dos diferentes níveis de governo e dos hospitais.

Prevenção:

As ações de educação permanente sobre as medidas de prevenção são fundamentais para reduzir os índices de infecções no ambiente hospitalar.

Pacientes com extremos de idade (crianças e idosos), que possuem doenças de base, como diabetes, leucemia, HIV, e problemas no coração e pulmão ou que tomam corticoides também são mais vulneráveis às infecções.

A forma mais simples e efetiva de evitar a transmissão de infecções em ambiente hospitalar é a higienização de mãos. Pode ser por meio da lavagem com água e sabão ou pela fricção com álcool 70%.

A atenção aos cuidados de precaução, sinalizados pela equipe de saúde, também devem ser observados pelos pacientes. Além de higienizar suas mãos, principalmente antes das refeições e após usar o banheiro, é importante estabelecer uma boa comunicação com o pessoal de saúde para entender com clareza os cuidados que lhe estão sendo direcionados e, dessa forma, também contribuir ativamente para sua recuperação.

A baixa adesão ao uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) e à higiene das mãos ainda são fatores importantes para a disseminação de infecções nos serviços de saúde brasileiros.

No cenário da pandemia da Covid-19, porém, destacam-se pelo menos dois aspectos positivos: o aumento da credibilidade e da valorização dos profissionais envolvidos na prevenção e no controle de infecções, e a comprovação de que medidas simples como a higiene das mãos salvam vidas.

Lavagem das mãos:

As mãos devem ser umedecidas antes de colocar o sabão, de preferência líquido, para evitar que se toque no reservatório. Em seguida, esfregam-se bem o dorso, a palma, os dedos e os vãos entre os dedos.

É preciso tomar cuidado, também, com a área embaixo das unhas. Se a pessoa tem unhas mais longas, deve colocar sabão e esfregar embaixo delas. Nos hospitais, existem espátulas que ajudam a limpar essa região. Na hora de enxaguar, os dedos devem ser virados para cima, na direção da água que cai. Não devem ser usadas toalhas de pano para secar as mãos e, sim, toalhas de papel que servirão também para fechar a torneira.

Neste ano de 2022, a Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (ABIH) e o Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estão promovendo a Campanha Nacional “Cirurgias Seguras: prevenção de infecções de sítio cirúrgico” visando conscientizar os trabalhadores em saúde, gestores e a população em geral sobre a importância da prevenção de infecção nos procedimentos cirúrgicos.

Com a alta demanda para o retorno dos procedimentos cirúrgicos represados por conta da pandemia, é preciso relembrar todos os passos que garantem uma cirurgia mais segura, entre eles, como devemos agir para que não ocorram infecções associadas a esses procedimentos.

Entre as principais medidas para uma cirurgia segura e para prevenir as infecções de sítio cirúrgico estão:

– Higiene das mãos pelos profissionais de saúde, seguindo a técnica correta.
– Antibioticoprofilaxia: Indicação apropriada; escolher o medicamento adequado, levando em consideração o sítio a ser operado; administrar dose efetiva em até 60 minutos antes da incisão cirúrgica.
– Não realizar tricotomia: quando estritamente necessário, utilizar tricotomizador.
– Controle de glicemia no pré-operatório e no pós-operatório imediato.
– Manutenção da normotermia do paciente em todo peri-operatório.
– Utilizar antissépticos que contenham álcool (associadas a clorexidina ou iodo) no preparo da pele do paciente antes da cirurgia.
– Utilizar a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica (LVSC) para evitar a ocorrência de danos ao paciente.
– Realizar a vigilância de casos de infecção por busca ativa.
– Orientar pacientes e familiares sobre as principais medidas de prevenção de Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC): higiene das mãos, cuidados com curativos e drenos etc.

Abaixo, segue relação de materiais publicados pela Anvisa sobre o tema e que podem ser utilizados nas campanhas locais:

Cartaz 15 de Maio COMPLETO (https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/prevencao-e-controle-de-infeccao-e-resistencia-microbiana/15-de-maio-1-1.pdf)

Protocolo para Cirurgia Segura 

Vídeo: Principais Medidas de Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico 

Cartaz – Práticas seguras para prevenção de danos cirúrgicos 

Cartaz – Principais medidas de prevenção de infecção cirúrgica 

Cartaz – HIGIENIZE AS MÃOS: SALVE VIDAS Antissepsia ou Preparo Pré-Operatório das Mãos

Cartaz – Técnica para Antissepsia Cirúrgica das Mãos com Produto à Base de Álcool

Cartaz – Principais medidas de prevenção de infecção puerperal para o parto cesariana

Medidas de Prevenção de Infecção Cirúrgica – Capítulo 4 do Caderno Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde

Caderno 9 – Medidas de Prevenção de Endoftalmites e de Síndrome Tóxica do Segmento Anterior Relacionadas a Procedimentos Oftalmológicos Invasivos 

5 Momentos para Higiene das Mãos – Foco no cuidado do paciente com ferida pós-operatória

 



Fontes
:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (ABIH)
Dr. Dráuzio Varella
Prefeitura da Cidade de São Paulo

 

 

 

 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

https://bvsms.saude.gov.br

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla