Desfibrilador interno no Coração, o que é isso?
Esse aparelho do tamanho de um relógio de pulso, dos grandes em moda,
tem finalidades espetaculares. O CDI - Cardioversor-Desfibrilador
Implantável, composto de um gerador com bateria de longa duração,
monitora e trata alterações graves do ritmo do coração, que podem
provocar uma parada cardíaca. Esse dispositivo (um verdadeiro micro
computador), ao reconhecer um distúrbio do ritmo cardíaco de risco é
acionado automaticamente emitindo impulsos elétricos, para reverter esse
problema de arritmia.
Ele é colocado abaixo da clavícula, sob a pele local por um pequeno
corte da mesma e dele sairão os cabos-eletrodos, que na outra ponta são
implantados na parte interna do coração. Ao ocorrer uma alteração do
ritmo cardíaco que possa trazer risco de vida, o CDI faz a leitura
digital e em 10 segundos dispara um pequeno choque elétrico, que
reverterá essa arritmia. Em geral isso vai ocorrer se for uma das
perigosas e letais, como a taquicardia ventricular e a fibrilação
ventricular, tipos de arritmia em que o coração acelera muito e de modo
irregular não conseguindo ser eficiente no bombeamento do sangue.
Muitos pacientes no mundo se beneficiam com ele, apesar de que os
cuidados no seu uso e conservação são fundamentais. Na área desportiva
existem importantes restrições e alguns cuidados, principalmente com os
esportes de contato e com risco de trauma corporal, pois os cabos do
aparelho podem se soltar ou podem de quebrar (chamamos de fratura do
eletrodo).
Conhecemos vários atletas brasileiros que o tem implantado e pelo menos um deles, tanto fez questão de jogar, que preparou por sua conta e risco, uma verdadeira armadura de proteção no tórax, para continuar a praticar seu esporte favorito, o basquete.
Desaconselhado pelo imponderável de um trauma esportivo numa disputa qualquer, mudou de pratica esportiva. Na verdade, dependendo da causa das arritmias ser uma doença do musculo cardíaco (miocárdio) ou não, é que nos leva a decidir se podemos deixar que pratique determinado tipo de esporte.
A
corrida é a que oferece menos restrições ao portador de CDI, mas a
análise individualizada e competente por um especialista, é que orienta
para qual e quanto de esporte poderá ser praticado.
Recentemente várias publicações científicas iniciaram uma polemica
discussão, se um portador de CDI, poderia reiniciar a pratica até de
futebol um esporte de choques corporais, onde dependendo do tipo de
problema, mudariam as características técnicas de leitura do aparelho e
mesmo de sua instalação, permitindo assim jogar futebol !!! Ainda entre
nós é considerado temerário, mas quem sabe num futuro próximo isso muda?
O que importa é que, esse dispositivo salva vidas, literalmente,
permite qualidade de vida ao seu portador. Problemas técnicos eventuais
podem acontecer, pois como tudo na Medicina nada é 100% ou que tem risco
zero, mas a ciência conseguiu mudar o destino de milhares de
cardiopatas condenados a complicações de alto risco e até a morte, com a
criação desse desfibrilador interno.
Nabil Ghorayeb
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
http://departamentos.cardiol.br/gecesp/coluna/69.asp
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