- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 16/05/2015 - Data de atualização: 26/11/2020
Existem vários tipos de tratamento para o câncer de esôfago que podem ser realizados por meio de um endoscópio. Alguns destes tratamentos podem ser utilizados para tentar curar o câncer em estágio inicial ou mesmo impedir seu aparecimento tratando o esôfago de Barrett ou displasia. Outros tratamentos são usados principalmente para aliviar sintomas mais avançados de câncer de esôfago que não podem ser removidos cirurgicamente.
- Ressecção endoscópica da mucosa.
A ressecção endoscópica da mucosa é indicada para displasia e câncer de
esôfago em estágio inicial. A ressecção endoscópica da mucosa é uma
técnica na qual o revestimento interno do esôfago é removido com
instrumentos inseridos através do endoscópio. Após a remoção do tecido
suspeito, os pacientes são medicados com inibidores da bomba de prótons
para suprimir a produção de ácido no estômago. Isso pode evitar a
recidiva da doença. O efeito colateral mais comum da ressecção
endoscópica da mucosa é a hemorragia esofágica. Outros efeitos podem
incluir estenose esofágica, que pode precisar ser tratada com dilatação e
punção da parede do esôfago.
- Terapia fotodinâmica. A terapia
fotodinâmica é um método que pode ser usado para tratar lesões
pré-cancerígenas e alguns cânceres de esôfago em estágio inicial. A
terapia fotodinâmica é frequentemente utilizada no tratamento de tumores
que estão obstruindo a luz do esôfago. Nesta condição, a terapia
fotodinâmica não destrói todo o tumor, mas o suficiente para melhorar a
deglutição do paciente. A terapia fotodinâmica é um tipo de terapia a
laser, que envolve o uso de drogas que são absorvidas pelas células
cancerosas. Quando expostos a uma luz especial, as drogas se ativam e
destroem as células cancerosas. A vantagem deste método é poder destruir
as células cancerosas causando poucos danos às células normais. Mas,
como o produto químico deve ser ativado pela luz, só podem ser
destruídas as células cancerígenas próximas da superfície interior do
esôfago. Esta luz não alcança os tumores que invadiram camadas mais
profundas do esôfago ou se disseminaram para outros órgãos. A terapia
fotodinâmica pode provocar edema no esôfago durante alguns dias e
consequentemente problemas de deglutição. Estenoses (áreas de
estreitamento) também podem ocorrer em alguns pacientes. Estes serão
tratados com dilatação do local. Outros efeitos colaterais possíveis
incluem hemorragia ou perfurações do esôfago. Alguns desses
medicamentos, também se acumulam nas células normais do corpo, como as
células da pele e dos olhos. Isso pode tornar o paciente sensível à luz
solar ou a luzes interiores fortes. Exposição em demasia pode provocar
reações cutâneas importantes, razão pela qual se recomenda aos pacientes
ficarem fora do alcance de qualquer luz intensa durante 4 a 6 semanas
após o procedimento. Este tratamento pode curar alguns tipos de câncer
de esôfago em estágio inicial, que não se disseminaram para camadas mais
profundas do esôfago. Entretanto, como a luz utilizada na terapia
fotodinâmica pode alcançar apenas as células cancerígenas próximas à
superfície do esôfago, as células tumorais mais profundas que não são
alcançadas podem se transformar em um novo tumor. Pacientes tratados com
essa técnica devem fazer endoscopias de acompanhamento para descartar
uma recidiva. Eles também precisam ser tratados com um inibidor de bomba
de prótons para impedir a produção de ácido no estômago.
- Ablação por radiofrequência. Este
procedimento pode ser utilizado para tratar displasias em áreas do
esôfago de Barrett, diminuindo as chances de desenvolver um câncer. A
ablação por radiofrequência é uma opção muito menos invasiva para tratar
pacientes com esôfago de Barrett. Durante o tratamento, um balão com um
conjunto de bobinas eletromagnéticas é colocado no local do crescimento
celular anormal no esôfago. Quando as células pré-cancerígenas são
queimadas, o tecido normal geralmente se regenera no lugar.
- Ablação por laser. Essa técnica pode ser
usada para ajudar a abrir o esôfago quando se encontra obstruído por um
câncer avançado, facilitando assim a deglutição. A ablação por laser é
um processo de remoção de tecido tumoral a partir de uma superfície
sólida por irradiação com um feixe de laser. As células anormais são
aquecidas pela energia do laser e destruídas por vaporização e
coagulação do tecido cancerígeno. O processo pode precisar ser repetido.
- Coagulação com plasma de argônio. Essa
técnica é similar à ablação por laser, mas utiliza o gás argônio e uma
faísca de alta tensão, através da ponta do endoscópio. Essa abordagem é
usada para ajudar a desobstruir o esôfago quando o paciente tem
dificuldade para engolir.
- Eletrocoagulação. Esse método envolve a
passagem de uma sonda através do esôfago, com o auxílio do endoscópio e,
em seguida, o tumor é aquecido e queimado com a aplicação de uma
corrente elétrica. Em alguns casos, esse tratamento pode ajudar a
aliviar a obstrução do esôfago.
- Stent esofágico. Um stent é um dispositivo feito de metal ou plástico. Usando a endoscopia, um stent pode ser colocado no esôfago ao longo do tumor. Uma vez no local, ele se auto expande tornando-se um tubo que ajuda a manter o esôfago aberto. Os stents ajudam na deglutição da maioria dos pacientes tratados. Eles também são utilizados após outros tratamentos para ajudar a manter o esôfago aberto.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 20/03/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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Carla
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