By 8 de maio de 2021
Autor: Vitor Yukio Ninomiya
Com uma estimativa de 6.650 novos casos para o ano de 2021 (Instituto Nacional do Câncer – INCA) e com um registro de 4.123 mortes em 2019 (Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM), o câncer de ovário é o terceiro câncer ginecológico mais comum na mulher, atrás somente do câncer de mama e do câncer do colo do útero. Apesar de ser o terceiro câncer ginecológico mais comum, é também o mais letal dentre todos eles, por ser um câncer silencioso e que costuma ser diagnosticado tardiamente em mais de 75% dos casos. Por isso, reconhecer seus fatores de risco e sintomas é fundamental para que haja uma investigação em momento adequado. Por isso, leia aqui tudo o que você deve saber para se prevenir.
ENTENDENDO O CÂNCER
Câncer é o nome dado a um grupo com mais de 100 diferentes tipos de doenças que apresentam em comum a desorganização no crescimento e na multiplicação das células do organismo. Suas variantes, portanto, variam de acordo com o local em que ocorrem e do comportamento de cada uma dessas desordens. A complexidade nos seus diversos fatores aos quais estão relacionados (predisposição genética, exposição ambiental, controle e tratamento) é que faz com que o câncer seja um dos principais desafios da ciência até a atualidade.
Mesmo frente à impossibilidade em controlar e prevenir as chamadas desordens celulares responsáveis pelo desenvolvimento do câncer, ainda assim é possível intervir nos chamados fatores ambientais da oncogênese (formação do câncer). De maneira geral, processos que interfiram no “estresse” celular ou que alterem o ambiente em que o crescimento celular ocorre são fatores que contribuem para o câncer.
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COMO SABER SE TENHO CÂNCER DE OVÁRIO?
Primeiramente, deve-se ter em mente que o câncer é uma doença progressiva e que, portanto, apresenta “fases” distintas no decorrer da doença. Na fase inicial, o câncer de ovário é silencioso e é completamente assintomático quase que em sua totalidade e, com a evolução do quadro podem apresentar sintomas muito inespecíficos. Ou seja, é muito pouco provável que algum desses sintomas leve você a pensar sobre um provável câncer de ovário.
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Visto que os sinais e sintomas são muito inespecíficos ou até mesmo ausentes em boa parte dos casos, é importante que você dê atenção especial aos fatores de risco abaixo:
- Idade: acima de 50 anos;
- Fatores reprodutivos: infertilidade, primeira menstruação antes dos 12 anos, menopausa após os 52 anos;
- Fatores ginecológicos: endometriose, síndrome dos ovários policísticos, utilização de DIU (dispositivo intrauterino) terapia de reposição hormonal
- História familiar: presença de cânceres específicos na família, como o câncer de ovário, uterino, colorretal e o de mama;
- Fatores genéticos: mutações específicas (BRCA 1, BRCA 2, Síndrome de Lynch);
- Excesso de peso corporal;
- Tabagismo.
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Existem também alguns fatores de proteção em desenvolver o câncer de ovário:
- Gravidez anterior;
- História de amamentação;
- Uso de contraceptivos orais;
- Ligadura tubária.
- Remoção de um ou ambos os ovários
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Atualmente, não existe um método eficaz no diagnóstico precoce do câncer de ovário. A união desses fatores (sintomas, fatores de risco e fatores de proteção) é que levantará a hipótese oncológica sobre o ovário. Para melhor investigação, o médico poderá solicitar alguns exames laboratoriais e de imagem, mas apenas a biópsia é que confirma o diagnóstico.
O CÂNCER DE OVÁRIO TEM CURA?
Apesar do difícil diagnóstico em estágios mais precoces, o câncer de ovário é uma doença que pode ter um tratamento satisfatório à paciente. No entanto, a chance de cura é altamente dependente do estágio da doença em que se iniciou o tratamento. O resultado da biópsia, associada à investigação por imagem ou até mesmo por cirurgia sobre os possíveis acometimentos de outras regiões do corpo (metástase) é quem vai dizer o tipo e a complexidade do tratamento.
De maneira geral, o câncer de ovário é tratado com quimioterapia associado ou não à cirurgia, com remoção dos ovários e de locais comprometidos pelo câncer para evitar sua recorrência.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
A Unidade Básica de Saúde (UBS) é a principal porta de entrada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Estima-se que cerca de 80% das demandas de saúde da população sejam resolvidos no atendimento primário, sem que haja necessidade de encaminhamento a outros serviços, como especialistas, emergências e hospitais. Na atenção primária são oferecidos ao público os seguintes serviços de saúde: fazer curativos, fazer inalações, tomar vacinas, coletar exames laboratoriais, tratamento odontológico, receber medicação básica e encaminhamentos aos atendimentos especializados.
Dada a complexidade relativa ao manejo da paciente com câncer de ovário, bem como seu longo percurso até o diagnóstico definitivo, apesar de a suspeita clínica poder ser iniciada na atenção primária ou secundária, ela tende a ser referenciada a um centro de tratamento especializado para o tratamento definitivo (quimioterápico e/ou cirúrgico). Contudo, vale destacar que todo o seu acompanhamento, das medidas preventivas até o tratamento definitivo, é oferecido gratuitamente pelo SUS. O percurso, porém, pela demanda por procedimentos mais complexos, consequentemente resultará em referenciamentos aos grandes centros.
Referências
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
http://blog.saude.mg.gov.br/
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