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quarta-feira, 6 de abril de 2022

8 de Maio: Dia Mundial do Câncer de Ovário

 By | 8 de maio de 2021

 

Autor: Vitor Yukio Ninomiya

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Com uma estimativa de 6.650 novos casos para o ano de 2021 (Instituto Nacional do Câncer – INCA) e com um registro de 4.123 mortes em 2019 (Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM), o câncer de ovário é o terceiro câncer ginecológico mais comum na mulher, atrás somente do câncer de mama e do câncer do colo do útero. Apesar de ser o terceiro câncer ginecológico mais comum, é também o mais letal dentre todos eles, por ser um câncer silencioso e que costuma ser diagnosticado tardiamente em mais de 75% dos casos. Por isso, reconhecer seus fatores de risco e sintomas é fundamental para que haja uma investigação em momento adequado. Por isso, leia aqui tudo o que você deve saber para se prevenir.


ENTENDENDO O CÂNCER

Câncer é o nome dado a um grupo com mais de 100 diferentes tipos de doenças que apresentam em comum a desorganização no crescimento e na multiplicação das células do organismo. Suas variantes, portanto, variam de acordo com o local em que ocorrem e do comportamento de cada uma dessas desordens. A complexidade nos seus diversos fatores aos quais estão relacionados (predisposição genética, exposição ambiental, controle e tratamento) é que faz com que o câncer seja um dos principais desafios da ciência até a atualidade.

Mesmo frente à impossibilidade em controlar e prevenir as chamadas desordens celulares responsáveis pelo desenvolvimento do câncer, ainda assim é possível intervir nos chamados fatores ambientais da oncogênese (formação do câncer). De maneira geral, processos que interfiram no “estresse” celular ou que alterem o ambiente em que o crescimento celular ocorre são fatores que contribuem para o câncer.

A oncogênese é o resultado de fatores genéticos e ambientais, mas variam significativamente de pessoa a pessoa. Contudo, o diagnóstico precoce e o rastreamento são essenciais a todos.


COMO SABER SE TENHO CÂNCER DE OVÁRIO?

Primeiramente, deve-se ter em mente que o câncer é uma doença progressiva e que, portanto, apresenta “fases” distintas no decorrer da doença. Na fase inicial, o câncer de ovário é silencioso e é completamente assintomático quase que em sua totalidade e, com a evolução do quadro podem apresentar sintomas muito inespecíficos. Ou seja, é muito pouco provável que algum desses sintomas leve você a pensar sobre um provável câncer de ovário.

Alguns dos sintomas inespecíficos possíveis são:

 mal-estar, desconforto abdominal (exemplos.: indigestão, cólicas, gases, inchaço), incontinência urinária, náuseas, fadiga, perda de apetite, perda ou ganho de peso, sangramento vaginal anormal, alterações na menstruação, dor durante o ato sexual.

Visto que os sinais e sintomas são muito inespecíficos ou até mesmo ausentes em boa parte dos casos, é importante que você dê atenção especial aos fatores de risco abaixo:

  • Idade: acima de 50 anos;
  • Fatores reprodutivos: infertilidade, primeira menstruação antes dos 12 anos, menopausa após os 52 anos;
  • Fatores ginecológicos: endometriose, síndrome dos ovários policísticos, utilização de DIU (dispositivo intrauterino) terapia de reposição hormonal
  • História familiar: presença de cânceres específicos na família, como o câncer de ovário, uterino, colorretal e o de mama;
  • Fatores genéticos: mutações específicas (BRCA 1, BRCA 2, Síndrome de Lynch);
  • Excesso de peso corporal;
  • Tabagismo.

Atenção: os fatores de risco indicam apenas que você tem uma maior probabilidade de ter a doença em relação àqueles que não apresenta os fatores de risco. Ter fator de risco não significa, necessariamente, que você possui a doença.

Existem também alguns fatores de proteção em desenvolver o câncer de ovário:

  • Gravidez anterior;
  • História de amamentação;
  • Uso de contraceptivos orais;
  • Ligadura tubária.
  • Remoção de um ou ambos os ovários

Os fatores de proteção indicam uma menor probabilidade de ter câncer de ovário, mas não exclui essa possibilidade.

Atualmente, não existe um método eficaz no diagnóstico precoce do câncer de ovário. A união desses fatores (sintomas, fatores de risco e fatores de proteção) é que levantará a hipótese oncológica sobre o ovário. Para melhor investigação, o médico poderá solicitar alguns exames laboratoriais e de imagem, mas apenas a biópsia é que confirma o diagnóstico.


O CÂNCER DE OVÁRIO TEM CURA?

Apesar do difícil diagnóstico em estágios mais precoces, o câncer de ovário é uma doença que pode ter um tratamento satisfatório à paciente. No entanto, a chance de cura é altamente dependente do estágio da doença em que se iniciou o tratamento. O resultado da biópsia, associada à investigação por imagem ou até mesmo por cirurgia sobre os possíveis acometimentos de outras regiões do corpo (metástase) é quem vai dizer o tipo e a complexidade do tratamento.

De maneira geral, o câncer de ovário é tratado com quimioterapia associado ou não à cirurgia, com remoção dos ovários e de locais comprometidos pelo câncer para evitar sua recorrência.


SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

A Unidade Básica de Saúde (UBS) é a principal porta de entrada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Estima-se que cerca de 80% das demandas de saúde da população sejam resolvidos no atendimento primário, sem que haja necessidade de encaminhamento a outros serviços, como especialistas, emergências e hospitais. Na atenção primária são oferecidos ao público os seguintes serviços de saúde: fazer curativos, fazer inalações, tomar vacinas, coletar exames laboratoriais, tratamento odontológico, receber medicação básica e encaminhamentos aos atendimentos especializados.

Dada a complexidade relativa ao manejo da paciente com câncer de ovário, bem como seu longo percurso até o diagnóstico definitivo, apesar de a suspeita clínica poder ser iniciada na atenção primária ou secundária, ela tende a ser referenciada a um centro de tratamento especializado para o tratamento definitivo (quimioterápico e/ou cirúrgico). Contudo, vale destacar que todo o seu acompanhamento, das medidas preventivas até o tratamento definitivo, é oferecido gratuitamente pelo SUS. O percurso, porém, pela demanda por procedimentos mais complexos, consequentemente resultará em referenciamentos aos grandes centros.


Referências

 

 


 


obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

http://blog.saude.mg.gov.br/

 

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