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domingo, 3 de abril de 2022

As pessoas agora estão vivendo mais anos em boa saúde: Estudo

 23/00/22 Por 

Dia da saúde Notícias
As pessoas agora estão vivendo mais anos em boa saúde: Estudo

QUARTA-FEIRA, 23 de março de 2022 (HealthDay News) – De acordo com um novo estudo no Reino Unido, idosos podem não apenas estar vivendo mais, mas também melhor.

Pesquisadores descobriram que, desde a década de 1990, adultos britânicos a partir de 65 anos têm desfrutado de mais anos de vida independente, sem incapacidade.

Isso apesar do fato de muitas doenças crônicas terem se tornado mais comuns. Na verdade, os anos sem incapacidade aumentaram não apenas entre idosos saudáveis, mas também entre aqueles que vivem com quadros clínicos, como doenças cardíacas, diabetes, artrite e problemas de visão e audição.

Especialistas chamaram os achados, publicados em 15 de março no periódico PLOS Medicine, de boas notícias. E eles se alinham com outros estudos recentes que estão dissipando a noção de que a terceira idade deve ser temida.

“Acho que a mensagem principal é que ter uma doença de longo prazo não significa que você não possa viver uma vida independente por muito tempo”, disse a pesquisadora sênior Carol Jagger.

A advertência é esta: Anos dourados vibrantes não acontecem por acaso, acrescentou Jagger, professora emérita da Universidade de Newcastle, na Inglaterra.

É provável que os idosos estejam se saindo melhor por causa de tratamentos aprimorados para várias doenças crônicas, além de mudanças para melhorar o estilo de vida e o ambiente.

“Tratamentos para quadros clínicos como AVC, doença cardíaca coronariana e diabetes se tornaram muito melhores, e as pessoas são tratadas mais cedo”, disse Jagger. “As taxas de tabagismo também diminuíram, o que contribuiu.”

Embora o estudo tenha sido realizado na Grã-Bretanha, a pesquisa nos Estados Unidos mostrou tendências semelhantes, de acordo com Esme Fuller‑Thomson, diretora do Institute for Life Course and Aging da Universidade de Toronto.

Fuller‑Thomson, que não estava envolvida no estudo, viu os achados como mais “ótimas notícias”.

“Há uma tendência para se ter uma visão assustadora do envelhecimento”, disse ela. “Mas nunca houve um momento melhor para se ser uma pessoa idosa.”

A previsão, no entanto, não foi totalmente positiva: A equipe de Jagger descobriu que idosos com demência estão, na verdade, passando uma porcentagem um pouco maior de seus últimos anos com incapacidade em comparação à década de 1990.

De acordo com Jagger, isso pode ser devido à falta de tratamentos para demência.

Por outro lado, na verdade, a demência se tornou menos comum ao longo do tempo, em contraste com as doenças físicas rastreadas pelo estudo. Até 2011, a demência era 30% menos prevalente entre idosos britânicos em comparação a 1991.

Essa é uma tendência encorajadora que foi observada em outros estudos, disse Fuller-Thomson. Em seu trabalho recente, ela descobriu que a porcentagem de americanos idosos que relataram problemas de memória e cognição diminuiu entre 2008 e 2017, de pouco mais de 12% para 10%.

Os motivos não foram totalmente claros, mas o aumento dos níveis de escolaridade parecia ser responsável por parte da tendência.

De acordo com Fuller-Thomson, é possível isso que reflita a teoria da “reserva cognitiva”: As pessoas com maior escolaridade podem lidar melhor com a lesão cerebral que marca o processo de demência: Elas podem funcionar em um nível mais alto, por mais tempo, do que pessoas com menor grau de escolaridade com as mesmas alterações cerebrais.

Fuller-Thomson concordou que os tratamentos aprimorados para problemas de saúde físicos provavelmente ajudam a explicar os achados atuais, especialmente para AVC. Os avanços no tratamento de AVC em andamento podem limitar a lesão cerebral e, consequentemente, a incapacidade causada.

Como Jagger, Fuller-Thomson indicou a diminuição do tabagismo como outro fator, bem como as melhorias no controle da pressão arterial e a diminuição nas fraturas de quadril, uma das principais causas de morte e incapacidade entre os idosos.

Os achados são baseados em mais de 15.000 adultos britânicos a partir de 65 anos de idade que participaram de um de dois estudos de envelhecimento, um conduzido de 1991 a 1993, o outro de 2008 a 2011.

Em comparação com o primeiro grupo, idosos no estudo mais recente apresentaram uma expectativa de vida mais longa. Os homens ganharam, em média, quase 5 anos, enquanto as mulheres ganharam 2 anos. A maior parte do tempo, segundo o estudo, era passado sem incapacidade, o que significava que as pessoas estavam andando por aí e realizando tarefas diárias por conta própria.

Idosos ganharam esse tempo independentemente de terem ou não problemas de saúde físicos. As maiores melhorias foram observadas entre os sobreviventes de AVC, que ganharam de 3,5 a 4,3 anos sem incapacidade.

Apesar de os homens com demência ganharem algum tempo sem incapacidade, esse período foi equiparado com o tempo com incapacidade. Enquanto isso, as mulheres viram uma tendência negativa: Em 2011, elas podiam esperar viver 48% dos seus anos restantes sem incapacidade em comparação com 52% em 1991.

Uma tendência de saúde que piorou ao longo do tempo foi a obesidade. O estudo atual observou melhorias nos anos sem incapacidade, apesar disso.

Mas ainda não se sabe se esses ganhos acabarão por ficar estagnados devido à obesidade, disse Fuller‑Thomson.

Mais informações

O Instituto Nacional do Envelhecimento (National Institute on Aging) dos EUA tem mais informações sobre o envelhecimento saudável.

FONTES: Carol Jagger, PhD, MSc, professora emérita, Population Health Sciences Institute, Universidade de Newcastle, Newcastle upon Tyne, Inglaterra; Esme Fuller-Thomson, PhD, diretora, Institute for Life Course and Aging, e professora, Factor-Inwentash Faculty of Social Work, Universidade de Toronto, Ontário, Canadá; PLOS Medicine, 15 de março de 2022, on‑line








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Carla

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