- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 16/05/2015 - Data de atualização: 26/11/2020
A imunoterapia vem sendo usada como tratamento em vários tipos de câncer e podem ser uma opção no câncer de esôfago. Os imunoterápicos são medicamentos que estimulam o sistema imunológico de uma pessoa a reconhecer e destruir as células cancerosas de forma mais eficaz.
O sistema imunológico humano tem a capacidade de impedir que o corpo ataque as células normais do corpo. Para fazer isso, ele usa “pontos de verificação” - proteínas nas células imunológicas que precisam ser ativadas (ou desativadas) para iniciar uma resposta imunológica. As células do câncer de esôfago, usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico. Os medicamentos que visam esses pontos de controle são conhecidos como imunoterapia e ajudam a restaurar a resposta imunológica contra as células do câncer de esôfago.
Em certos casos, quando nenhuma outra opção de tratamento está disponível, os imunoterápicos podem ser usados para pacientes cujo câncer de esôfago foi testado positivo para alterações genéticas específicas, como um alto nível de instabilidade de microssatélites (MSI-H) ou alterações em um dos genes de reparo de incompatibilidade (MMR).
Inibidores PD-1
Pembrolizumabe e nivolumabe. Tem como alvo a PD-1, uma proteína das células do sistema imunológico, denominada células T, que normalmente ajuda a manter essas células atacando outras células no corpo. Ao bloquear a PD-1, esse medicamento aumenta a resposta imunológica contra as células cancerígenas, reduzindo o tamanho do tumor ou retardando seu crescimento.
O pembrolizumabe pode ser usado em alguns pacientes com câncer avançado da junção gastroesofágica após a tentativa de outro tratamento. Também pode ser usado para tratar alguns tumores avançados da junção gastroesofágica, após pelo menos dois tratamentos anteriores, incluindo quimioterapia e terapia alvo para HER2. É administrado por infusão intravenosa, a cada 3 ou 6 semanas.
O nivolumabe pode ser usado em pacientes com câncer de esôfago de células escamosas avançado, após pelo menos dois outros tratamentos de quimioterapia terem sido tentados. É administrado por perfusão intravenosa, geralmente uma vez a cada 2 ou 4 semanas.
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais frequentes do tratamento são sensação de cansaço, dor muscular ou articular, perda de apetite, constipação ou diarreia, falta de ar, erupção cutânea, coceira, náuseas, tosse e febre.
Outros efeitos colaterais importantes também podem ocorrer, embora com menos frequência:
Reação à infusão. Alguns pacientes podem ter reação à infusão enquanto recebem o medicamento, similar a uma reação alérgica, o que pode incluir febre, calafrios, rubor facial, erupções cutâneas, coceira, tontura e problemas respiratórios.
Reação autoimune. Esse medicamento age basicamente removendo uma das proteções que impede o sistema imunológico de atacar outras partes do corpo. Isso eventualmente pode levar a problemas sérios nos pulmões, intestinos, fígado, glândulas produtoras de hormônios, rins ou outros órgãos.
É muito importante comunicar imediatamente ao seu médico qualquer sintoma que apresentar para determinar a etiologia e tratar em caso necessário o que inclui a suspensão da medicação.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 24/06/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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abs
Carla
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