Tabagismo e álcool
São os grandes responsáveis pela maioria das lesões malignas de cabeça e pescoço, especialmente quando associados. Fumantes que exageram na bebida apresentam risco de 40 a 100 vezes maior de desenvolver a doença. Quanto mais prolongado e intenso for o consumo de álcool e o fumo, maior o risco.
No fumo, seja ele consumido em cigarros, charutos ou cachimbos, a nicotina é inalada juntamente com cerca de seis mil substâncias resultantes da combustão. A nicotina pura não causa câncer, mas participa indiretamente da formação de tumores malignos em conjunto com as 70 substâncias cancerígenas existentes na fumaça do cigarro. Quem fuma cigarros de baixos teores corre o mesmo risco de quem fuma os mais fortes. Bebidas destiladas causam maior irritação e dano aos tecidos, porque têm maior teor alcoólico.
Papilomavírus humano (HPV)
Recentemente foi demonstrado que o HPV, vírus associado ao câncer de colo de útero e ao carcinoma de pênis, também pode provocar tumores malignos na região da cabeça e do pescoço, especialmente na orofaringe.
Lesões pré-malignas
As duas mais frequentes são as leucoplasias e as eritroplasias. As leucoplasias são lesões de cor branca, que podem surgir na superfície das mucosas dos lábios, da língua, das pregas vocais ou em outras localizações. Em 20% dos casos, já apresentam áreas de transformação maligna no momento em que são diagnosticadas. As eritroplasias são lesões avermelhadas, que em 80% dos casos estão associadas a tumores malignos.
Tanto as leucoplasias como as eritroplasias podem conter alterações classificadas como displasias, lesões pré-malignas que podem ser leves, moderadas ou graves. As displasias podem evoluir para lesões malignas localizadas, que não invadem os tecidos vizinhos, conhecidas como carcinoma in situ. Sem tratamento, o carcinoma in situ eventualmente se torna invasivo, penetra os tecidos vizinhos e se espalha por outros órgãos.
Depressão imunológica
Pacientes que receberam transplantes de órgãos e tomam imunossupressores para evitar rejeitá-los, portadores do vírus HIV e outros portadores de deficiências imunológicas têm maior probabilidade de desenvolver câncer de cabeça e pescoço.
Infecção pelo vírus Epstein-Barr
Os carcinomas associados ao vírus Epstein-Barr costumam localizar-se na nasofaringe e ocorrem especialmente em pacientes de origem oriental.
Atualização: Dr. Lucas Vieira dos Santos – CRM: 115.834
Oncologista Clínico na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Apoio: Dra. Jéssica Ribeiro Gomes – CRM: 159784
Oncologista Clínica na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Fevereiro 2022
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://vencerocancer.org.br/
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