16 de agosto de 2022
Esse exame é fundamental para pacientes com cânceres hematológicos, mas também pode ser usado para tumores sólidos
A biópsia de medula óssea é um exame no qual é retirado um fragmento do osso da bacia, por exemplo, para análise.
Ele é utilizado para diagnosticar e determinar o estadiamento de alguns cânceres, além de também servir para avaliar se o tratamento realizado está apresentando resultados ou não.
Em geral, não há contraindicações para a realização dessa análise e ela pode ser feita em pessoas de qualquer idade.
Para que serve a biópsia da medula óssea?
Esse exame “tem como papel diagnosticar e definir o estágio (extensão) de doenças”, explica a Drª. Paula Vanessa de Oliveira, hematologista especializada em transplante de medula óssea do Oncologia Américas.
A Drª. Paula conta que, geralmente, os médicos indicam a realização desse teste quando há a presença de alguns sinais e sintomas. Por exemplo:
- Anemia sem causa aparente
- Aumento ou diminuição dos leucócitos
- Aumento ou diminuição das plaquetas
- Linfonodos aumentados e/ou
- Esplenomegalia (baço inchado/aumentado)
Para quais doenças
De acordo com com a médica, a biópsia de medula óssea pode ser usada para diagnosticar e estadiar:
- Leucemias agudas e crônicas
- Linfomas
- Mieloma múltiplo
- Doenças mieloproliferativas crônicas
- Mielodisplasia
- Doenças hematológicas benignas, como anemia aplásica e
- Infiltração medular por cânceres sólidos, como de mama e testículos
A Drª. Paula fala também que o exame é indicado para analisar se o tratamento está tendo o efeito esperado no caso de algumas doenças onco-hematológicas, por exemplo, nas leucemias agudas.
Como é feita a biópsia da medula óssea?
A especialista explica que o exame deve ser feito em ossos longos, como a bacia, esterno, tíbia e fêmur. Isso acontece porque eles possuem uma quantidade maior de tecido hematopoiético, além desse tecido também estar mais acessível nesses locais.
Entretanto, o mais comum é que a biópsia seja feita na crista-ilíaca posterior, ou seja, na parte posterior no osso da bacia.
Ela descreve que o paciente fica em decúbito lateral (deitado de lado com ambos os braços para frente e os joelhos e quadris flexionados) ou decúbito ventral (deitado de bruços) para a realização do procedimento.
Depois, é feita a higienização do local do corpo e é utilizada uma agulha para biópsia de medula óssea apropriada para coletar o pedaço do osso que irá para a análise.
O exame “costuma ser realizado com anestesia local, mas também pode requerer sedação, principalmente quando crianças necessitam ser submetidas ao procedimento.
Sendo que o tempo de realização pode variar de 30 a 60 minutos, de acordo com necessidade, ou não, de sedação”, a Drª. Paula informa.
Após a coleta, o material é enviado para o laboratório de Anatomia Patológica, que avalia a arquitetura e o conteúdo celular da medula e se há infiltração de células doentes.
A biópsia de medula óssea dói?
“Quando é realizada com anestesia local, pode haver algum desconforto no local da punção. Entretanto, é tolerável e facilmente manejado com analgésicos comuns”, a médica responde.
Diferença entre mielograma e biópsia de medula óssea
A Drª. Paula Vanessa de Oliveira esclarece que no mielograma é feita a análise do conteúdo líquido da medula óssea e é avaliada a quantidade e morfologia das células.
Já na biópsia, é coletado um fragmento do osso para avaliar a arquitetura da medula e a forma e a estrutura das células.
https://youtu.be/mP_zzj356aw
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://www.abrale.org.br
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