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quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Câncer de Pulmão : IV.I

 

Tratamentos do Câncer de Pulmão de Pequenas Células

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 20/04/2020 - Data de atualização: 20/04/2020

 

 

Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com o paciente as opções de tratamento. É importante avaliar os benefícios de cada opção de tratamento contra os possíveis riscos e efeitos colaterais. Dependendo do estágio da doença e outros fatores, as principais opções de tratamento para pacientes com câncer de pulmão de pequenas células podem incluir a quimioterapia, imunoterapia, radioterapia, cirurgia e cuidados paliativos. Em muitos casos, mais do que um desses tratamentos ou uma combinação deles podem ser utilizados.

Em função das opções de tratamento definidas para cada paciente, a equipe médica deverá ser formada por especialistas, como cirurgião torácico, oncologista, radiooncologista e pneumologista. Mas, muitos outros poderão estar envolvidos durante o tratamento, como, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos.

Tomando decisões sobre o tratamento. É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às suas necessidades.

Pensando em participar de um estudo clínico. Em alguns casos, pode ser a única maneira para ter acesso a novos tratamentos. Ainda assim, estudos clínicos podem não ser adequados para todos. Se você quiser saber mais sobre os estudos clínicos que podem ser adequados para você, converse com seu médico.

Considerando métodos complementares e alternativos. Esses métodos podem incluir vitaminas, ervas e dietas especiais, ou outros métodos, como acupuntura ou massagem. Os métodos complementares se referem a tratamentos usados ​​junto com seu atendimento médico regular. E os tratamentos alternativos são usados ​​em vez do tratamento médico. Embora alguns destes métodos possam ser úteis para aliviar os sintomas ou ajudar você a se sentir melhor, muitos não foram comprovados cientificamente e não são recomendados. Converse com seu médico antes de iniciar qualquer terapia alternativa.

Escolhendo interromper o tratamento. Para algumas pessoas, quando os tratamentos não estão mais controlando o câncer, pode ser hora de pesar os benefícios e riscos de continuar a tentar novos tratamentos. Se você continuar (ou não) o tratamento, ainda há coisas que você pode fazer para ajudar a manter ou melhorar a sua qualidade de vida. Algumas pessoas, especialmente se a doença está avançada, podem não querer serem tratadas. Existem muitas razões pelas quais você pode querer interromper o tratamento, mas é importante conversar com seus médicos antes de tomar essa decisão. Lembre-se de que mesmo se você optar por não tratar o câncer, você ainda pode receber cuidados de suporte para ajudar com a dor ou outros sintomas.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/10/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

Quimioterapia para Câncer de Pulmão de Pequenas Células

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 15/09/2014 - Data de atualização: 20/04/2020

 


  • Diarreia ou constipação.
  • Infecções, devido a diminuição dos glóbulos brancos.
  • Hematomas ou hemorragias, devido a diminuição das plaquetas.
  • Fadiga, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos.

Esses efeitos são geralmente de curto prazo e tendem a desaparecer com o término do tratamento. No entanto, existem muitas maneiras de diminuir esses efeitos colaterais, por exemplo, existem medicamentos que podem ajudar a prevenir ou reduzir as náuseas e vômitos.

Alguns medicamentos podem ter efeitos colaterais específicos, como por exemplo:

  • A cisplatina e a carboplatina podem lesionar as terminações nervosas, o que provoca neuropatia periférica. Isso, às vezes, pode levar a sintomas, principalmente nas mãos e nos pés, como dor, sensação de queimação ou formigamento, sensibilidade ao frio ou ao calor ou fraqueza. Na maioria das pessoas isso desaparece ou melhora quando o tratamento é interrompido, mas pode durar muito mais tempo em alguns pacientes.
  • A cisplatina também pode causar danos aos rins. Para evitar isso, os médicos prescrevem muitos líquidos por via intravenosa antes e após a administração de cada dose do medicamento.


Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.


Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/10/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

Imunoterapia para Câncer de Pulmão de Pequenas Células

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 15/09/2014 - Data de atualização: 20/04/2020

 

Imunoterapia é o uso de medicamentos para estimular o sistema imunológico de um paciente a reconhecer e destruir células cancerosas de forma mais eficaz.

Inibidores do controle imunológico

Uma função importante do sistema imunológico consiste em sua capacidade de atacar as células normais e anormais do corpo. Para fazer isso, ele usa pontos de verificação – as chamadas moléculas de controle imunológico em células imunológicas que precisam ser ativadas (ou desativadas) para iniciar uma resposta imunológica. As células cancerígenas, às vezes, usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico. Os medicamentos imunoterápicos modernos têm como alvo esses pontos de controle, reestabelecendo a atividade destas células da imunidade no combate às células cancerosas. Esses medicamentos se mostraram úteis contra muitos tipos de câncer nos últimos anos.

  • Nivolumab. Tem como alvo a PD-1, uma proteína das células T que normalmente impede que essas células ataquem outras células do corpo. Ao bloquear a PD-1, esse medicamento estimula a resposta imunológica contra as células cancerígenas. É usado para tratar o câncer de pulmão de pequenas células avançado em pacientes cujo doença continua em progressão após receber duas linhas de tratamento, incluindo quimioterapia com cisplatina ou carboplatina.
     
  • Atezolizumab. Tem como alvo a PD-L1, uma proteína relacionada à PD-1 encontrada em algumas células tumorais e células imunológicas. Ao bloquear essa proteína também impulsiona a resposta imunológica contra as células cancerígenas. Esse medicamento pode ser usado como parte do tratamento de primeira linha para o câncer de pulmão de pequenas células avançado, junto com carboplatina e etoposídeo, e depois isoladamente como terapia de manutenção.

Esses medicamentos são administrados como infusão intravenosa geralmente a cada 2 ou 3 semanas.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais desses medicamentos podem incluir fadiga, tosse, náuseas, erupção cutânea, diminuição do apetite, constipação, dor nas articulações e diarreia.

Outros efeitos colaterais mais graves ocorrem com menor frequência.

Reações à perfusão. Alguns pacientes podem apresentar uma reação alérgica ao receber esses medicamentos, o que inclui febre, calafrios, rubor facial, erupção cutânea, coceira, sensação de tontura, chiado no peito e dificuldade para respirar. É importante informar, imediatamente, seu médico se você apresentar algum desses sintomas enquanto estiver recebendo esses medicamentos.

Reações autoimunes. Esses medicamentos funcionam basicamente removendo os freios do sistema imunológico do corpo. Às vezes, o sistema imunológico ataca outras partes do corpo, provocando problemas nos pulmões, intestino, fígado, glândulas endócrinas, rins ou outros órgãos.

É importante relatar qualquer novo efeito colateral ao seu médico, para que ele possa ser gerenciado. Se ocorrerem efeitos colaterais importantes, o tratamento pode precisar ser interrompido e serão administradas altas doses de corticosteroides para tratar esses efeitos.


Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.


Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/10/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

Radioterapia para Câncer de Pulmão de Pequenas Células

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 15/09/2014 - Data de atualização: 20/04/2020

 

O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor.

A radioterapia pode ser utilizada no tratamento do câncer de pulmão de pequenas células em várias situações:

  • Em estágio limitado, a radioterapia pode ser administrada junto com a quimioterapia para tratar o tumor e os linfonodos do tórax. Isso é denominado quimioirradiação. A radioterapia pode ser iniciada junto com o primeiro ou segundo ciclo de quimioterapia.
  • Após o término da quimioterapia para pacientes com doença em estágio extenso ou pode ser usada para aqueles com doença em estágio limitado que têm dificuldade em receber quimioterapia e radioterapia simultaneamente.
  • Em alguns casos é irradiado o cérebro para reduzir as chances de uma metástase, denominada irradiação craniana profilática. Isso é mais usado para tratar pessoas com estágio limitado da doença, mas também pode ajudar alguns pacientes em estágio extenso.
  • Para reduzir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas da doença, como dor óssea, sangramento, dificuldade de deglutição, tosse, falta de ar e problemas causados pela disseminação da doença para outros órgãos, como cérebro ou ossos.

Tipos de radioterapia

O tipo de radioterapia mais frequentemente utilizado para tratar o câncer de pulmão de pequenas células é a radioterapia externa, que consiste em liberar uma determinada dose de radiação no tumor a uma certa distância. O procedimento em si é indolor. Cada tratamento dura apenas alguns minutos, embora o tempo de preparação para posicionar o paciente para o tratamento geralmente leve mais tempo.

O tratamento é realizado uma ou duas vezes por semana, 5 dias por semana, durante 3 a 7 semanas. O número de sessões é determinado pelo médico.

As principais técnicas utilizadas no tratamento do câncer de pulmão de pequenas células são;

  • Radioterapia conformacional. Está baseada no planejamento tridimensional, permitindo concentrar a radiação na área a ser tratada e reduzir a dose nos tecidos normais adjacentes. Desta forma, o tratamento se torna mais eficaz, com poucos efeitos colaterais, diminuindo as complicações clínicas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
     
  • Radioterapia de intensidade modulada (IMRT). É uma forma de radioterapia tridimensional, na qual o equipamento se move em torno do paciente, enquanto libera a radiação. Essa técnica é usada na maioria das vezes, para tumores localizados próximos a estruturas importantes, como a medula espinhal. Uma variação da IMRT é a arcoterapia volumétrica modulada (VMAT), que consiste em um tratamento em arco volumétrico que proporciona uma distribuição de dose 3D precisa com uma única rotação de 360 graus do equipamento em torno do volume alvo.
     
  • Radioterapia estereotáxica. É utilizada para tratar cânceres de pulmão em fase inicial, quando a cirurgia não é uma opção devido a outros problemas de saúde do paciente. Ao contrário de outras técnicas de radioterapia, na estereotáxica é administrada uma alta dose de radiação, desde vários ângulos, diretamente no volume alvo.
     
  • Radiocirurgia estereotáxica. É um tipo de radioterapia estereotáxica que normalmente libera a dose de radiação total em apenas uma única sessão. A cirurgia estereotáxica ou radiocirurgia é outro meio de utilização da radioterapia para tratamento de tumores cerebrais. Não é uma cirurgia em si, mas uma aplicação precisa e muito bem focalizada da radiação. O tecido normal, que fica em volta do tumor, recebe pouca ou nenhuma radiação. A técnica mais utilizada é conhecida como gama knife, que utiliza um tipo de capacete especial, para manter a cabeça na posição correta durante o tratamento.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns da radioterapia podem incluir:

  • Problemas na pele, na área irradiada.
  • Perda de cabelo, na área irradiada.
  • Fadiga.
  • Náuseas e vômitos.
  • Perda de apetite e de peso.

A maioria desses efeitos desaparece com o término do tratamento, mas alguns podem durar muito tempo. Quando a quimioterapia é administrada junto com a radioterapia os efeitos colaterais são geralmente mais intensos.

A radioterapia na região do tórax pode danificar os pulmões, o que pode provocar tosse, problemas respiratórios e falta de ar. Esses sintomas geralmente melhoram após o término do tratamento, embora às vezes possam não desaparecer completamente.

O esôfago, por estar no centro do tórax, pode estar exposto à radiação, o que pode provocar dor de garganta e dificuldade para engolir durante ou pouco depois do tratamento. Isso pode tornar difícil a deglutição de alimentos que não sejam alimentos macios ou líquidos por um tempo.

A radioterapia em grandes áreas do cérebro, às vezes, pode provocar perda de memória, fadiga, dores de cabeça ou problemas de memória. Normalmente, esses sintomas são pequenos em comparação com aqueles causados pela disseminação da doença para o cérebro, mas eles podem afetar a qualidade de vida do paciente.


Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/10/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

Cirurgia para Câncer de Pulmão de Pequenas Células

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 15/09/2014 - Data de atualização: 20/04/2020

 

A cirurgia raramente é usada como a principal opção terapêutica do câncer de pulmão de pequenas células, uma vez que, na maioria das vezes, a doença já está disseminada quando é diagnosticada.

Menos de 5% dos casos, é diagnosticado apenas como um nódulo tumoral bem localizado, sem disseminação para os linfonodos ou outros órgãos. Nesse caso, a cirurgia pode ser uma opção de tratamento, geralmente seguida por tratamento complementar.

Se o médico indicar a cirurgia, será realizada uma prova de função pulmonar para verificar se o paciente ainda terá bastante tecido pulmonar funcional após o procedimento. Outros exames verificarão a função cardíaca e de outros órgãos para confirmar que o paciente tem condições físicas para a cirurgia.

Como o câncer de pulmão em estágio avançado não responde ao tratamento cirúrgico, o médico também solicitará exames para verificar se a doença já se disseminou para os linfonodos mediastinais.  

Tipos de cirurgia

O tipo de cirurgia depende da localização da lesão tumoral no pulmão:

  • Pneumonectomia. É retirado todo o pulmão.
  • Lobectomia. Consiste na retirada de um lobo do pulmão.
  • Segmentectomia. Consiste na retirada de parte de um lobo.
  • Ressecção em cunha. Uma seção das vias aéreas é retirada.

Em geral, a lobectomia é a técnica cirúrgica escolhida para câncer de pulmão de pequenas células.

Em qualquer um desses tipos de cirurgia, os linfonodos próximos são removidos para evitar a possível disseminação da doença.

Possíveis riscos e efeitos colaterais

As possíveis complicações durante e após a cirurgia dependerão da extensão do procedimento e do estado de saúde geral do paciente, podendo incluir reações à anestesia, sangramento intenso, coágulos sanguíneos nas pernas ou pulmões, infecções e pneumonia.

A cirurgia do câncer de pulmão é uma cirurgia de grande porte e sua recuperação normalmente leva de semanas a meses. Se os pulmões estão em boas condições geralmente o paciente pode retornar a suas atividades normais depois de algum tempo, mesmo se um lobo ou até mesmo um pulmão inteiro foi retirado. Se o paciente tiver outras doenças não cancerígenas, como enfisema ou bronquite crônica ou doenças cardíacas, poderá apresentar ou piorar a falta de ar nas atividades após a cirurgia.


Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/10/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

 

 

 

 

 

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abs

Carla

https://www.gov.br/inca/pt-br

http://www.oncoguia.org.br/

 

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