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domingo, 28 de agosto de 2022

Quando levar uma criança ao uropediatra?

 Por: - Cirurgiã Pediátrica - CRM 9020 RQE 6364
Publicado em 22/05/2019 - Atualizado 08/07/2019

 

 

 

Quando levar uma criança ao uropediatra?

Quando levar uma criança ao uropediatra?

Quando pensamos em tratamentos para crianças, logo vem à cabeça o trabalho do pediatra. Entretanto, meninos e meninas, independentemente da idade, não estão livres de doenças específicas, como por exemplo, infecções, inflamações e disfunções no trato urinário. E é nesse momento que devemos procurar um médico específico, como é o caso do uropediatra.

 

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a infecção no trato urinário (ITU) é uma das doenças mais frequentes em crianças, sendo prevalente no lactente (criança que ainda mama ou criança até o fim da primeira dentição, com 24 meses). Por esse motivo, é importante que os responsáveis fiquem atentos aos sintomas, pois o diagnóstico precoce ajuda a prevenir e minimizar a progressão da ITU. Além disso, se não tratada, as doenças no trato urinário podem evoluir para insuficiência renal crônica e, até mesmo, problemas como a hipertensão.

Confira no artigo sinais que podem apontar a necessidade de levar meninos e meninas para uma consulta com o uropediatra.

Sinais para você procurar um uropediatra

Os sintomas de doença no trato urinário dependem da idade do paciente. Crianças menores apresentam sinais inespecíficos, sendo a febre o sinal mais comum no lactente. Já a pielonefrite (inflamação no rim) é maior em crianças com menos de um ano e evoluem, gradativamente, na idade escolar.

Também é possível observar alguns sinais na criança, que indicam a necessidade de uma visita ao uropediatra, como por exemplo:

  • irritabilidade;
  • dificuldade e recusa para comer;
  • icterícia – coloração amarela na pele ou nos olhos;
  • distensão abdominal;
  • baixo ganho de peso.

Após os dois anos de idade, a criança pode apresentar outros sintomas relacionados com doenças no trato urinário. Os principais casos costumam ocorrer na região do trato urinário inferior. Os sinais identificados podem ser:

  • incômodo ao urinar
  • necessidade de urinar com mais frequência;
  • bexiga hiperativa;
  • enurese (em crianças que já apresentavam controle esfincteriano prévio);
  • dor na bexiga ou na região anal, com desejo contínuo de urinar ou de evacuar e
  • cistites.

Se a criança apresentar dores e dificuldade para urinar, é importante estar atento, visto que esses incômodos podem ser as primeiras manifestações de problemas no trato urinário.

Quando é possível observar problemas no trato urinário?

Nos primeiros anos de vida, doenças e problemas no trato urinário acometem mais o sexo masculino, pois os meninos nascem com o prepúcio (pele que reveste a ponta do pênis) mais fechado. Até os cinco anos de idade, ele costuma se abrir sozinho, mas se isso não ocorrer, é necessário intervir medicamente.

Depois do primeiro ano de vida, a incidência de problemas no trato urinário passa a ser mais frequente nas meninas. Isso porque a uretra feminina é mais curta, localizada próxima ao ânus, o que favorece o deslocamento de bactérias potencialmente infecciosas.

Apesar da frequência em crianças que ainda mamam, os problemas no trato urinário também aparecem entre três e cinco anos de idade, com um pico na adolescência – provavelmente, pelas alterações hormonais. Uma das possíveis causas também é o acúmulo de urina na roupa íntima da criança/adolescente, que irrita a região e contribui para o acúmulo de bactérias.

Por esse motivo, além de consultar-se com um uropediatra, os pais devem ensinar seus filhos a fazer a limpeza correta da região após urinar ou defecar, bem como não levantar do vaso enquanto ainda estão fazendo xixi. Outro cuidado muito importante é com a alimentação: as crianças devem beber bastante água e ter uma dieta balanceada com frutas, verduras, legumes e fibras, que contribuem com a imunidade.

Em caso de dúvidas, não deixe de buscar ajuda especializada de um uropediatra. A demora no início do tratamento pode gerar complicações e maior dificuldade para alcançar a cura da doença.


 

Material escrito por:
- Cirurgiã Pediátrica - CRM 9020 RQE 6364

A Dra. Eliete Colombeli é formada em medicina pela UFSC, onde também é professora. A médica é supervisora do programa de residência médica em cirurgia pediátrica Hospital Infantil Joana de Gusmão. Seus principais interesses são a urologia pediátrica e a cirurgia pediátrica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

https://uromed.com.br

 

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