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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Curativos: conheça os tipo, como fazer e a hora de trocá-los

 

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Quem cuida da saúde da família sabe que machucados e feridas fazem parte do percurso. Seja devido a acidentes ou a intervenções cirúrgicas, as lesões devem ser tratadas de forma a garantir uma rápida recuperação. Por isso, saber como fazer curativos corretamente é essencial para acelerar a cicatrização e evitar complicações.

Pensando nisso, preparamos este post para explicar para que servem e quais são os principais tipos de curativos. Aqui você também verá algumas dicas sobre como cuidar dos diferentes tipos de ferida. Acompanhe!

Para que servem os curativos?

A principal função do curativo é criar uma barreira física entre a ferida e o ambiente. Machucados mais leves não costumam precisar dessa proteção, mas, quando há uma lesão maior na pele, esse bloqueio é necessário para que bactérias não cheguem até ali.

Os procedimentos para o curativo devem sempre incluir a limpeza da ferida e podem envolver a aplicação de medicamentos e a cobertura da lesão. Veja algumas finalidades do curativo:

  • limpar a lesão e a pele adjacente;
  • reaproximar as bordas do corte;
  • evitar infecções;
  • manter medicamentos em contato com a ferida;
  • absorver secreções;
  • proteger de traumas mecânicos;
  • acelerar a cicatrização;
  • aliviar a dor;
  • oferecer conforto ao paciente.

Quais são os tipos de curativo?

Os primeiros curativos que foram desenvolvidos tinham como única finalidade proteger as lesões. Esses curativos são chamados de passivos, e são usados até hoje. No entanto, as coberturas para feridas evoluíram e surgiram os curativos ativos.

Os modernos curativos hidro ativos e bioativos criam um ambiente ótimo para a cura da lesão e também liberam substâncias que potencializam o processo de cicatrização. Dessa forma, eles aceleram a regeneração e restabelecem a função tecidual mais rapidamente.

Os curativos podem ser classificados, ainda, de acordo com a forma como cobrem as feridas:

  • oclusivo — não permite trocas entre a ferida e o ambiente, ou seja, impede a entrada de ar e absorve completamente os fluidos, evitando a formação de crostas;
  • semioclusivo — permite que a ferida “respire” e capta o exsudato, mantendo os líquidos eliminados fora do contato com a ferida;
  • compressivo — restringe o fluxo sanguíneo na região da ferida e facilita a aproximação das bordas da lesão;
  • abertos — as feridas são limpas e recebem medicação, porém sem cobrir o local da lesão.

São as características da ferida que determinam o tipo de curativo que deve ser usado. Para isso, deve-se levar em consideração o tamanho e a parte do corpo onde está localizada a lesão, a função do curativo e o grau de contaminação da região lesionada.

Além das categorias listadas, existem curativos prontos e feitos manualmente. Os prontos são um pouco mais caros,  mas mais práticos de trocar e, muitas vezes, já vêm com substâncias que ajudam na cicatrização, absorção de secreções e no controle de bactérias.

No caso dos curativos feitos pelos próprios enfermeiros, médicos ou por nós mesmos, é preciso providenciar os materiais separadamente. Gaze e esparadrapo são os produtos mais usados quando as feridas são suaves. Mais para frente do artigo, você encontra o passo a passo!

Casos elas não sejam tão simples, é possível aplicar medicamentos que atuam na sua cicatrização.

 

Quais são os tipos de feridas? 

  • Ferida limpa

Quando a ferida não apresenta infecções e já está fechada, deve-se manter o curativo oclusivo por 24 horas. Após esse período, a lesão pode ficar exposta e ser lavada com água e sabão.

  • Ferida com dreno

Quando há dreno, é necessário cuidar separadamente da incisão e do dreno, começando pela região menos contaminada. Caso a incisão já esteja limpa e fechada, podemos proceder com um curativo limpo, sem a necessidade de cobrir a lesão.

O curativo do dreno deve ser trocado sempre que estiver úmido, de forma a manter a região sempre limpa e seca. Para sistemas de drenagem aberta, a extremidade do dreno pode ser ocluída com gaze ou bolsa estéril, de acordo com critério médico.

Alguns cuidados extras devem ser tomados ao realizar curativos em feridas com sistema de drenagem. Entre eles, podemos destacar: proteger o dreno durante o banho e não tocá-lo diretamente com as mãos sem a correta assepsia.

  • Ferida contaminada

As feridas abertas, mesmo que não estejam infectadas, merecem atenção especial, uma vez que são porta de entrada para microrganismos causadores de doença. Para evitar a colonização da região, o curativo deve ser trocado sempre que estiver úmido.

Assim, a cobertura da lesão deve permanecer seca e limpa — portanto, ela deve ser protegida durante o banho. Ao trocar o curativo, a ferida deve ser limpa mecanicamente e tratada com antisséptico que permita a cicatrização.

Para cobrir a pele, é preciso optar por um curativo incapaz de se aderir aos tecidos. Caso a ferida esteja liberando secreções purulentas, é importante coletar material para análise microbiológica e determinação da melhor conduta de tratamento.

  • Ferida com queimadura

Em caso de queimadura, o primeiro passo é esfriar a pele com água corrente fria. Se ela permanecer vermelha e dolorida, a realização de um curativo pode aliviar os sintomas.

Para isso, deve-se aplicar um creme hidratante com efeito calmante na região atingida, cobrindo-a em seguida com uma gaze estéril. Caso haja formação de bolhas, elas não devem ser rompidas, a fim de evitar infecções.

Caso a queimadura seja grave, é preciso procurar atendimento médico para um tratamento mais adequado. Algumas vezes, há necessidade de internação para a reposição de líquidos ou, mesmo, a realização de enxertos cutâneos.

  • Feridas com escaras

As escaras são feridas muito sensíveis que surgem mais comumente em pessoas debilitadas que permanecem muito tempo na mesma posição. Para cuidar delas, é preciso realizar a limpeza das lesões e cobri-las com gaze seca.

Para evitar que o problema se agrave, deve-se evitar pressionar a região afetada. Assim, se a pessoa estiver acamada, ela deve ser reposicionada para manter as feridas livres de pressão externa. Quando as lesões são graves, antibióticos e outros medicamentos que aceleram a cicatrização podem ser prescritos.

Como fazer curativos e trocá-los?

Não importa o tipo de ferida, alguns cuidados são essenciais antes de realizar qualquer tipo de curativo. Entre eles, podemos destacar: higienizar bem as mãos e limpar a ferida com soro fisiológico ou solução estéril.

Fazer um curativo pela primeira vez ou trocar aqueles que já existem não são coisas muito diferentes. No caso da substituição, você terá apenas uma tarefa a mais: retirar o curativo antigo.

Veja as etapas para fazer os curativos e suas trocas:

1. Separe o material

Antes de retirar o curativo antigo (se houver), separe o material necessário e deixe tudo próximo a você. Se você tem um kit de primeiros socorros, fica mais fácil ainda! Os mais indicados são:

  • luvas;
  • tesoura;
  • gazes e esparadrapo, caso você não use curativos prontos;
  • sacola para colocar o lixo;
  • soro fisiológico.

2. Higienize as mãos e o local 

Lave as mãos até os pulsos, entre os dedos e debaixo das unhas. Também é importante fazer a higiene do local onde você fará a troca do curativo. Por isso, escolha um lugar bem iluminado e arejado.

Depois de limpar as mãos, o ideal é calçar as luvas.

3. Retire o curativo anterior

Nesta etapa, você pode contar com a ajuda do soro fisiológico para descolar o esparadrapo sem machucar a pele ao redor da ferida. Quando o curativo usado é um daqueles modelos prontos, a retirada é mais fácil.

Se você seguiu o passo número 1, então o saco para lixo está ao seu lado e você não precisará deixar o material em qualquer lugar.

4. Trate a ferida 

Depois de retirar a proteção, avalie a ferida. Veja se ela está cicatrizando, inchada, soltando secreções e se tem cheiro. Todas essas informações devem ser fornecidas aos médicos ou enfermeiros.

Lave a ferida com soro fisiológico e, se houver secreção, passe a gaze molhada suavemente sobre ela para ajudar a limpá-la. Caso suspeite de que algo está errado com a cicatrização ou perceba que você não sabe fazer o curativo ideal, procure um pronto atendimento.

Depois de limpar, passe o produto recomendado pelo médico para ajudar no tratamento da ferida.

5. Cubra com um novo curativo

Por fim, cubra com a gaze e prenda o curativo com esparadrapo. Alguns tipos, como os microporosos, irritam menos a pele e são hipoalérgicos.

Algumas feridas de tratamento longo, como no caso das úlceras, ou as que são feitas propositalmente nos cortes cirúrgicos demoraram a cicatrizar. Nesses casos, a troca correta dos curativos é o que garante a cicatrização.

Curativos precisam ter aparência limpa, seca e permitir a ventilação de ar. Por isso, a quantidade de trocas pode até variar, dependendo da ferida. Em alguns casos, serão necessárias mais de uma troca por dia. Mas lembre-se, não deixe de perguntar ao médico ou enfermeiro de quanto em quanto tempo eles devem ser trocados.

Quando é preciso buscar ajuda médica?

Geralmente, as feridas que acontecem por causa de pequenos acidentes domésticos podem ser tratadas em casa mesmo. Para isso, basta higienizar corretamente a região e colocar uma cobertura, se necessário.

Entretanto, caso a lesão demore a cicatrizar ou dê sinais de infecção (dor, febre, edema, eliminação de pus, inchaço), deve-se procurar orientação médica. Além disso, se a ferida for causada por objetos enferrujados ou animais, é preciso avaliar a necessidade de tomar vacinas para prevenir problemas mais graves.

 

 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

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