Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 17/03/2015 - Data de atualização: 25/02/2019
A
cirurgia é geralmente o principal tratamento para o câncer de reto não
disseminado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser
realizadas antes ou após a cirurgia.
Estágio 0
Neste
estágio, o tumor não se desenvolveu além do revestimento interno do
reto. Remover ou destruir o tumor é tudo o que é necessário. O paciente
também pode ser tratado apenas com uma polipectomia, excisão local ou
ressecção transanal.
Estágio 1
Neste estágio, o tumor se desenvolveu através das camadas do reto, mas não se espalhou para fora da parede do próprio órgão.
O
estágio 1 inclui os tumores que faziam parte de um pólipo. Se o pólipo é
completamente retirado, sem vestígios de doença nas bordas, não serão
necessários tratamentos adicionais. Se o tumor do pólipo era de alto
grau ou se havia células cancerígenas nas bordas do pólipo, pode ser
indicada a cirurgia. A cirurgia também pode ser indicada se o pólipo não
foi completamente removido ou se foi retirado em fragmentos, o que
torna difícil a avaliação de suas bordas.
Para outros tipos de
câncer do estágio 1, a cirurgia é geralmente o principal tratamento.
Dependendo da localização do tumor dentro do reto pode ser realizada uma
ressecção anterior baixa, uma proctectomia com anastomose coloanal ou
uma ressecção abdominoperineal.
A terapia adicional normalmente
não é necessária após esses procedimentos, a menos que o cirurgião
considere que a doença esteja mais avançada do que se pensava antes da
cirurgia.
Em alguns casos, a quimioirradiação adjuvante é indicada
para pacientes que fazem essa cirurgia. O 5-FU e a capecitabina são os
medicamentos quimioterápicos mais utilizados.
Se o paciente não
tiver condições físicas para realizar a cirurgia, pode ser tratado com
radioterapia, embora não tenha sido provado ser tão eficaz quanto a
cirurgia.
Estágio 2
Muitos destes tumores se desenvolveram
através da parede do reto e podem se estender até os tecidos adjacentes.
Entretanto, ainda não se disseminaram para os gânglios linfáticos.
Os
tumores em estágio 2 são normalmente tratados com quimioterapia,
radioterapia e cirurgia, embora a sequência desses tratamentos possa ser
diferente para alguns pacientes. Um exemplo da abordagem comum do
tratamento desses cânceres é:
Muitos pacientes recebem tanto
quimioterapia quanto radioterapia (quimiorradiação) como primeiro
tratamento. A químio administrada com a radioterapia geralmente é 5-FU
ou capecitabina.
Isso geralmente é seguido por cirurgia,
ressecção anterior baixa, proctectomia com anastomose coloanal ou
ressecção abdominoperineal, dependendo da localização do tumor no reto.
Se a quimioterapia e a radioterapia reduzirem o tumor, às vezes pode ser
feita a ressecção transanal em vez da ressecção anterior baixa ou
ressecção abdominoperineal. Isso pode evitar a colostomia.
A
quimioterapia adicional é administrada após a cirurgia, geralmente num
total de 6 meses. O esquema pode ser com FOLFOX (oxaliplatina, 5-FU e
leucovorina), 5-FU e leucovorina, CapeOx (capecitabina mais
oxaliplatina) ou capecitabina em monoterapia, baseado no que é mais
adequado às condições físicas do paciente.
Outra opção pode ser começar com a quimioterapia, seguida por radioterapia com quimioterapia e depois a cirurgia.
Se
um paciente não puder mais fazer químio e radioterapia por algum
motivo, a cirurgia pode ser feita inicialmente. Isso pode ser seguido
por quimioterapia e, às vezes, por radioterapia.
Estágio 3
Neste estágio, os tumores se espalharam para os nódulos linfáticos próximos, mas não para outros órgãos.
A
maioria dos pacientes com câncer estágio 3 será tratada com
quimioterapia, radioterapia e cirurgia, embora a ordem desses
tratamentos possa ser diferente.
Na maioria das vezes, a
quimioterapia é administrada junto com a radioterapia (quimiorradiação)
em primeiro lugar, para reduzir o tumor, muitas vezes tornando a
cirurgia mais eficaz para tumores maiores. Também reduz a chance da
recidiva na pelve. A administração de radioterapia antes da cirurgia
também tende a menos complicações do que após a cirurgia.
O tumor
de reto e os linfonodos próximos são então removidos, geralmente por
ressecção anterior, proctectomia com anastomose coloanal ou ressecção
abdominoperineal, dependendo da localização do tumor no reto. Em casos
raros em que o tumor atingiu órgãos próximos, pode ser necessária uma
exenteração pélvica.
Após a cirurgia, a quimioterapia é
administrada, geralmente por cerca de 6 meses. Os esquemas mais comuns
incluem FOLFOX (oxaliplatina, 5-FU e leucovorina), 5-FU e leucovorina ou
capecitabina ou CAPEOX (capecitabina mais oxaliplatina) ou capecitabina
isolada. Seu médico indicará o esquema que melhor se adequar ao seu
estado geral de saúde.
Outra opção pode ser a quimioterapia inicialmente, seguida de quimioterapia e radioterapia, depois seguida de cirurgia.
Para
pacientes que não podem fazer a quimioterapia e radioterapia por algum
motivo, a cirurgia pode ser o primeiro tratamento. Isso pode ser seguido
por quimioterapia, às vezes junto com a radioterapia.
Estágio 4
Neste
estágio, a doença se espalhou para outros órgãos e tecidos, como o
fígado ou pulmões. As opções de tratamento neste estágio dependem de
quanto a doença está disseminada.
Se existe uma chance de que todo
o tumor possa ser removido, e existem apenas alguns tumores no fígado
ou pulmões, as opções de tratamento incluem:
Cirurgia para remover a lesão do reto e tumores distantes, seguida por quimioterapia e, em alguns casos, por radioterapia.
Quimioterapia seguida por cirurgia para retirar a lesão do reto e os
tumores distantes, geralmente seguidos de quimioterapia e radioterapia.
Quimioterapia e radioterapia, seguidas por cirurgia para retirar a
lesão do reto e os tumores distantes, seguidos de quimioterapia.
Quimioterapia e radioterapia, seguida de cirurgia para retirar a
lesão do reto e os tumores distantes, seguida por quimioterapia.
Estas
abordagens podem aumentar a sobrevida do paciente. A cirurgia para
remover o tumor do reto normalmente seria uma ressecção anterior,
proctectomia com anastomose coloanal ou ressecção abdominoperineal,
dependendo de sua localização no reto.
Se o único local de
disseminação da doença é o fígado, o tratamento é feito com
quimioterapia por infusão na artéria hepática. Isso pode diminuir o
tamanho do tumor de forma mais eficaz do que a administração por via
intravenosa ou oral.
Se a doença está disseminada e não pode ser
completamente removida por cirurgia, as opções de tratamento vão
depender se o tumor está bloqueando o intestino. Se estiver, a cirurgia
pode ser necessária imediatamente. Caso contrário, o tumor provavelmente
será tratado com quimioterapia e/ou terapia-alvo. Algumas das opções
incluem:
FOLFOX: leucovorina, 5-FU e oxaliplatina.
Folfiri: leucovorina, 5-FU e irinotecano.
CapeOX ou CAPOX: capecitabina e oxaliplatina.
FOLFOXIRI: leucovorina, 5-FU, oxaliplatina e irinotecano.
Qualquer uma das combinações acima, mais um medicamento que tem como
alvo o VEGF (bevacizumab, ziv-aflibercept ou ramucirumab), ou um
medicamento que tem como alvo o EGFR (cetuximab ou panitumumab).
5-FU e leucovorina, com ou sem terapia-alvo.
Capecitabina, com ou sem terapia-alvo.
Irinotecano, com ou sem terapia-alvo.
Cetuximabe.
Panitumumabe.
Regorafenibe.
Trifluridina and tipiracil.
A
escolha do esquema a ser utilizado depende de vários fatores, como
tratamentos já realizados anteriormente e estado geral de saúde do
paciente para tolerar o tratamento.
Se a quimioterapia reduzir os
tumores, em alguns casos, pode ser possível considerar a cirurgia para
tentar remover todo o tumor. A quimioterapia também pode ser
administrada novamente após a cirurgia.
Se o tumor não diminuir de
tamanho, uma combinação de diferentes medicamentos pode ser tentada.
Outra opção após a quimioterapia inicial para pacientes com determinadas
alterações genéticas nas células cancerígenas pode ser o tratamento com
imunoterapia, com o pembrolizumab.
Para os tumores que não
diminuem com a químio e os avançados que estão causando sintomas, o
tratamento visa apenas aliviar os sintomas e evitar complicações a longo
prazo, como hemorragia ou obstrução intestinal. Esses tratamentos podem
incluir um ou mais dos seguintes procedimentos:
Ressecção cirúrgica do tumor.
Cirurgia para criar uma colostomia e contornar o tumor.
Utilização de um laser especial para destruir o tumor dentro do reto.
Colocação de um cateter no reto para mantê-lo aberto, o que não requer cirurgia.
Radioterapia e quimioterapia (quimioirradiação).
Quimioterapia isolada.
Se tumores no fígado não podem ser removidos cirurgicamente, pode ser possível destruí-los por ablação ou embolização.
Recidiva
Recidiva significa que o câncer voltou após o tratamento. A recidiva pode ser local ou pode afetar outros órgãos.
Se
a recidiva for local, se possível é realizada a cirurgia. Em alguns
casos, pode ser administrada a radioterapia intraoperatória ou
posteriormente. A quimioterapia também pode ser feita após a cirurgia. A
radioterapia também pode ser realizada, se ainda não foi feita
anteriormente.
Se a doença recidivou em outro órgão, o tratamento depende se o tumor pode ser removido cirurgicamente.
Se
o tumor pode ser removido, a cirurgia é realizada. A quimioterapia pode
ser administrada antes da cirurgia ou após. Quando o tumor se
disseminou para o fígado, a quimioterapia pode ser administrada pela
artéria hepática diretamente no fígado.
Se o tumor não pode ser
removido por cirurgia, podem ser realizados quimioterapia e/ou
terapia-alvo. Para pacientes com determinadas alterações genéticas nas
células cancerígenas, outra opção é o tratamento com imunoterapia. O
esquema utilizado dependerá dos medicamentos utilizados anteriormente e
do estado de saúde geral do paciente. Se o tumor não reduzir, uma nova
combinação de medicamentos deve ser considerada.
Assim como no
estágio 4, a cirurgia, a radioterapia ou outras abordagens podem ser
realizadas em algum momento para aliviar os sintomas e evitar
complicações a longo prazo, como hemorragia ou obstrução intestinal.
Esses
tumores podem ser difíceis de serem tratados, de modo que é importante
conversar com seu médico sobre a possibilidades de participar de estudos
clínicos com novos tratamentos.
Fonte: American Cancer Society (19/10/2018)
fonte: American Cancer Society (21/02/2018)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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