Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 16/05/2015 - Data de atualização: 01/02/2018
Na
maioria das vezes, o tratamento inicial do câncer de esôfago é baseado
em seu estadiamento. Mas, outros fatores, como estado de saúde geral do
paciente, também pode influenciar na escolha das opções de tratamento.
Converse com seu médico se tiver dúvidas sobre o esquema de tratamento
proposto.
Estágio 0
No estágio 0, o tumor não é um câncer
propriamente dito. Ele contém células anormais denominadas displasia de
alto grau, na verdade é uma lesão pré-cancerígena. As células anormais
se parecem às cancerosas, mas só são encontradas na camada interna de
células que reveste o esôfago. Este estágio é muitas vezes diagnosticado
quando alguém com esôfago de Barrett faz uma biópsia de rotina.
As
opções para tratamento geralmente incluem tratamentos endoscópicos,
como terapia fotodinâmica, ablação por radiofrequência ou ressecção
endoscópica da mucosa. O acompanhamento a longo prazo com endoscopia
digestiva alta é muito importante após o tratamento endoscópico para
observar as células pré-cancerígenas (ou câncer) do esôfago.
Outra
opção é a remoção da lesão por esofagectomia. A vantagem desta
abordagem é que não necessita de acompanhamento com endoscopia ao longo
da vida.
Estágio I
Neste estágio, o tumor atingiu uma das
camadas mais profundas da parede do esôfago, mas não atingiu os gânglios
linfáticos ou outros órgãos.
Tumores T1. Alguns cânceres em
estágio inicial estão apenas numa pequena área da mucosa e não invadiram
a submucosa (tumores T1a), podendo ser tratados com ressecção
endoscópica da mucosa, geralmente seguido por algum tipo de procedimento
endoscópico para destruir qualquer área anormal remanescente no
revestimento do esôfago.
Mas, a maioria dos pacientes com tumores
T1 estão saudáveis o suficiente para a cirurgia de remoção da parte do
esôfago que contém a doença. Se existirem sinais de que a doença não
foi removida cirurgicamente, a quimioirradiação pode ser indicada após a
cirurgia.
Tumores T2. Para pacientes com câncer de esôfago que
invade a muscular própria, o tratamento com quimioirradiação muitas
vezes é administrado antes da cirurgia. A cirurgia por si só pode ser
uma opção para tumores menores que 2 cm. Se o tumor se encontra próximo
ao estômago, apenas a quimioterapia pode ser administrada antes da
cirurgia.
Se o tumor se encontra na parte superior do esôfago pode
ser indicada a radioquimioterapia como tratamento principal, em vez da
cirurgia. O acompanhamento endoscópico é muito importante para detectar
uma possível recidiva da doença.
Os pacientes estágio I que não
podem fazer a cirurgia por outros problemas de saúde ou que não querem
fazer a cirurgia, podem ser tratados com ressecção endoscópica da
mucosa, ablação endoscópica, quimioterapia, radioterapia ou
quimioirradiação.
Estágio II e III
O estágio II inclui
tumores que invadiram a camada muscular do esôfago ou o tecido
conjuntivo fora do esôfago. Este estágio inclui alguns tipos de câncer
que se espalharam para 1 ou 2 gânglios linfáticos próximos.
O
estágio III inclui alguns tipos de câncer que cresceram através da
parede do esôfago para a camada externa bem como aqueles que cresceram
em tecidos ou órgãos próximos. Ele também inclui a maioria dos cânceres
que se disseminaram para os linfonodos adjacentes.
Para pacientes
saudáveis o suficiente, o tratamento para esses tipos de câncer é a
quimioirradiação seguida por cirurgia. Os pacientes com adenocarcinoma
na junção gastroesofágica são às vezes tratados com quimioterapia
seguida de cirurgia. A cirurgia isolada pode ser uma opção para alguns
tumores pequenos.
Se a cirurgia foi o primeiro tratamento, a
quimioirradiação pode ser indicada, principalmente se o tumor é
adenocarcinoma ou se existem sinais de doença remanescente da cirurgia.
Em
alguns casos, a radioquimioterapia pode ser recomendada como tratamento
principal. Os pacientes que não fizerem cirurgia precisam ter
acompanhamento endoscópico para procurar possíveis sinais remanescentes
da doença. Infelizmente, mesmo quando o câncer não pode ser visto, ainda
pode estar presente sob o revestimento interno do esôfago, por isso o
acompanhamento médico é muito importante.
Pacientes que não podem fazer a cirurgia, por outros problemas de saúde são normalmente tratados com quimioradioterapia.
Estágio IV
No estágio IV, a doença se espalhou para os gânglios linfáticos ou outros órgãos.
Em
geral, estes tumores são muito difíceis de serem tratados, então a
cirurgia curativa não é uma boa opção. O tratamento é realizado para
tentar manter a doença sob controle o maior tempo possível e aliviar os
sintomas provocados pelo tumor.
A quimioterapia pode ser
administrada junto com a terapia alvo para ajudar os pacientes a se
sentirem melhor e aumentar a sobrevida, mas o benefício da químio ainda
não está claro. A radioterapia ou outros tratamentos podem ser
realizados para aliviar a dor ou melhorar a deglutição.
Para os
tumores localizados na junção gastroesofágica, o tratamento com
ramucirumabe pode ser uma opção. Ele pode ser administrado sozinho ou
combinado com quimioterapia. Outra opção pode ser o tratamento com
pembrolizumabe.
Alguns pacientes preferem não receber tratamentos
que tenham efeitos colaterais sérios e optam apenas por tratamentos que
ajudem a mantê-los confortáveis e aumentam sua qualidade de vida.
Fonte: American Cancer Society (03/10/2017)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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