Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 16/05/2015 - Data de atualização: 01/02/2018
A
cirurgia é muitas vezes utilizada para remover o tumor em estágio
inicial juntamente com algum tecido adjacente normal. Em alguns casos, a
cirurgia pode ser combinada com outros tratamentos, como quimioterapia
ou radioterapia.
Esofagectomia
Esofagectomia é a cirurgia
para remoção de parte ou de todo o esôfago. A quantidade de esôfago
removida depende do estágio da doença. Muitas vezes, é removida também
uma pequena parte do estômago.
Para que o paciente
esofagectomizado possa continuar alimentando-se, o esôfago pode ser
reconstruído com outros tecidos como o do estômago, intestino delgado ou
intestino grosso que farão a função do esôfago ou seja, a de conduzir
os alimentos.
A reconstrução do trânsito alimentar é comumente
realizada através da elevação do estômago até o coto remanescente do
esôfago na região cervical ou dentro do tórax. O estômago pode ser
utilizado inteiro, tracionado até o ponto onde deve ser unido ao esôfago
ou ser utilizado parcialmente, após a confecção de um tubo com uma
curvatura grande, de calibre semelhante ao do esôfago original. Esse
tubo gástrico pode ser feito por uma sutura manual ou com grampeadores
automáticos.
As duas principais técnicas utilizadas para a remoção cirúrgica do esôfago são:
Esofagectomia Aberta. Na esofagectomia transtorácica, o esôfago é
retirado com incisões no abdome e na caixa torácica. Se as principais
incisões são no abdome e pescoço é denominado esofagectomia transhiatal.
Em alguns procedimentos as incisões são no pescoço, tórax e abdome.
Converse com seu médico sobre os detalhes da cirurgia planejada para o
seu caso e o que você pode esperar.
Esofagectomia Minimamente
Invasiva. Esta técnica é utilizada em tumores em estágios iniciais, nos
quais o esôfago pode ser removido através de várias pequenas incisões.
Neste procedimento, o cirurgião introduz um endoscópio através de uma
das incisões para monitorar todo o procedimento.
Se o câncer ainda
não se espalhou além do esôfago, a remoção do esôfago pode curar o
câncer. Infelizmente, a maioria dos tumores de esôfago não é
diagnosticada precocemente.
Remoção dos Gânglios Linfáticos
Em
qualquer uma das técnicas os gânglios linfáticos serão removidos
durante a cirurgia, para posterior exame anatomopatológico. Se houver
disseminação da doença para os linfonodos, será recomendado um
tratamento complementar com quimioterapia ou radioterapia.
Riscos e Efeitos Colaterais
Como todo procedimento cirúrgico, a cirurgia do esôfago tem alguns riscos:
Os riscos a curto prazo incluem reações à anestesia, hemorragia ou
coágulos de sangue nos pulmões ou em outros locais e infecções. A
maioria das pessoas terá alguma dor após o procedimento, o que
normalmente pode ser aliviado com medicamentos.
As complicações pulmonares também são comuns, podendo levar a infecções respiratórias e pneumonia.
Algumas pessoas podem ter alterações de voz após a cirurgia.
Pode haver sangramento interno no local onde o estômago é ligado ao
esôfago, o que pode exigir uma nova cirurgia para corrigir o problema.
Esta complicação não é mais tão comum, devido às melhorias nas técnicas
cirúrgicas.
Estenoses podem ser formadas quando o esôfago é
cirurgicamente ligado ao estômago, o que pode causar problemas de
deglutição em alguns pacientes. Esse sintoma pode ser aliviado durante
um procedimento de endoscopia digestiva alta.
Após a cirurgia,
o estômago pode, inicialmente, levar um tempo maior para esvaziar,
porque os nervos que controlam as contrações podem ter sido afetados
pela cirurgia. Isso pode, em alguns casos, levar a náuseas e vômitos
frequentes.
Após a cirurgia, a bile pode entrar no esôfago,
uma vez que o esfíncter inferior do esôfago é normalmente removido ou
modificado pela cirurgia. Isto pode causar sintomas como azia, que podem
ser aliviados com o uso de medicamentos específicos para estes
sintomas.
Cirurgia para Cuidados Paliativos
Algumas vezes,
cirurgias menores são realizadas para prevenir ou aliviar os problemas
causados pelo tumor, em vez de tentar curá-lo. Por exemplo, uma pequena
cirurgia pode ser realizada para inserir uma sonda de alimentação
diretamente ao estômago ou intestino delgado em pacientes que necessitam
de ajuda para se alimentar.
Fonte: American Cancer Society (14/06/2017)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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