Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 17/03/2015 - Data de atualização: 25/02/2019
Muitas
pesquisas sobre câncer colorretal estão em desenvolvimento em diversos
centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em
prevenção, detecção precoce e tratamentos. Confira alguns deles.
Reduzindo o risco do câncer colorretal
Muitos
estudos estão em andamento para identificar as causas do câncer
colorretal, na esperança de usar esse conhecimento para ajudar a
prevenir a doença.
Outros estudos estão buscando verificar se
determinados tipos de dietas, suplementos dietéticos ou medicamentos
podem reduzir o risco de uma pessoa desenvolver câncer colorretal. Por
exemplo, muitas pesquisas mostraram que aspirina e analgésicos podem
ajudar a diminuir o risco de câncer colorretal, mas esses medicamentos,
às vezes, podem apresentar efeitos colaterais. No momento, os
pesquisadores estão tentando determinar se existem grupos de pessoas
para quem os benefícios superariam os riscos.
Detecção precoce
Os
médicos estão buscando melhores maneiras de diagnosticar o câncer
colorretal precocemente, estudando novos tipos de exames de rastreamento
e aprimorando os que já estão sendo usados.
Diagnóstico
Os
pesquisadores estão definindo subtipos do câncer colorretal, o que
significa agrupar os tumores baseados em como as mutações genéticas nas
células cancerígenas se parecem e se comportam, bem como a rapidez com
que as células se dividem e as características do próprio tumor. Isso
pode permitir uma melhor compreensão da progressão da doença, bem como
um planejamento de tratamento mais claramente definido (medicina de
precisão).
Testes de laboratório
Testes de laboratório
que analisam diferentes genes das células cancerígenas foram
desenvolvidos para prever quais pacientes têm maior risco de recidiva da
doença. Esses testes estão sendo estudados para ajudar a decidir o
melhor tratamento para cada paciente. Também podem ser úteis para
decidir se é necessário mais tratamento após a cirurgia.
Os
pesquisadores também estão estudando melhores formas para prever os
resultados e ajustar o planejamento de tratamento para cada paciente. Os
estudos iniciais mostraram que determinadas alterações nas células
cancerígenas podem afetar a resposta de certas quimioterapias, mas ainda
são necessárias mais pesquisas. A identificação de alterações que só
são encontradas nas células cancerígenas também pode levar a melhores
exames de rastreamento especificamente para essas alterações.
Cirurgia
Os
cirurgiões continuam a aprimorar as técnicas cirúrgicas do câncer
colorretal. As pesquisas estão analisando os benefícios das cirurgias
laparoscópicas e robóticas em comparação com as cirurgias convencionais.
A preservação de órgãos para manter o corpo funcionando normalmente é outro objetivo das pesquisas, como por exemplo:
Definir o momento ideal da cirurgia após a quimioterapia para
redução do tumor e como saber a melhor resposta para cada paciente.
Os estudos também estão procurando melhores formas para recolocar as extremidades do cólon após o tumor ser removido.
A cirurgia de salvamento do músculo esfíncter anal, que controla a
passagem das fezes, é um ponto de interesse das pesquisas sobre câncer
de reto.
Às vezes, quando o câncer colorretal recidiva, ele se
dissemina para o peritônio. Esse tipo de câncer é frequentemente difícil
de ser tratado. Recentemente, alguns cirurgiões estudaram um
procedimento denominado quimioterapia hipertérmica intraperitoneal.
Inicialmente, a cirurgia é realizada para remover o máximo possível do
tumor. Ainda na sala de cirurgia, a cavidade abdominal recebe a
quimioterapia aquecida. Isso coloca a quimioterapia diretamente em
contato com as células cancerígenas, o que se espera é que o calor ajude
os medicamentos a atuarem melhor. Alguns pacientes tiveram aumento da
sobrevida com este tipo de tratamento, mas ainda são necessários mais
estudos para determinar quais pacientes podem ser beneficiados com essa
técnica. Também requer médicos e enfermeiros bem treinados, além de
equipamentos especializados, por isso ainda não está disponível para
amplo uso.
Quimioterapia
Diferentes abordagens estão sendo avaliadas em estudos clínicos, incluindo:
Testes de novos medicamentos quimioterápicos que já são utilizados para outros tipos de câncer.
Novas formas de combinar os medicamentos já conhecidos contra o câncer colorretal, para ver como sua eficácia em conjunto.
Melhores maneiras de combinar a quimioterapia com a radioterapia, terapia-alvo e/ou imunoterapia.
Outras
áreas de interesse são as pesquisas por melhores formas de identificar,
prevenir e gerenciar os efeitos colaterais da quimio.
Terapia-alvo
Os
medicamentos de terapia-alvo agem de forma diferente dos medicamentos
quimioterápicos convencionais, afetando partes específicas das células
cancerosas que as tornam diferentes das células normais. Vários tipos de
terapia-alvo já são utilizados para tratar o câncer colorretal
avançado. Os pesquisadores estão estudando a melhor maneira de
administrar esses medicamentos e buscando novas terapias-alvo. Os
estudos também estão analisando as células cancerígenas para encontrar
alterações genéticas específicas que possam ser direcionadas como parte
do tratamento.
Também estão sendo realizados estudos para
verificar se o uso da terapia-alvo com a quimioterapia para tumores em
estágio inicial pode reduzir o risco da recidiva.
Imunoterapia
A imunoterapia é um tipo de tratamento que utiliza o próprio sistema imunológico do organismo para combater o câncer.
Inibidores
do controle imunológico. Um aspecto importante do sistema imunológico é
sua capacidade de identificar entre as células normais no corpo aquelas
que são consideradas “estranhas” ao organismo. Isso permite que o
sistema imunológico ataque as células “estranhas” deixando as células
normais livres. Para fazer isso, ele usa proteínas como "ponto de
controle" em determinadas células imunológicas. Essas proteínas agem
como interruptores, precisando ser ativadas (ou desativadas) para
iniciar uma resposta imune. Às vezes, as células cancerígenas usam esses
pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico.
Os
medicamentos mais recentes que têm como alvo as proteínas do ponto de
controle são promissores para o tratamento do câncer. As células do
câncer colorretal com alterações genéticas específicas, como altos
níveis de instabilidade de microssatélites (MSI-H) ou mudanças em um dos
genes de reparação de incompatibilidade (MMR), tendem a ter muitas
outras alterações que as tornam diferentes das células colorretais
normais. Isso pode torná-las mais visíveis para o sistema imunológico.
Os cânceres com essas alterações podem ser ajudados pelo tratamento com
novos medicamentos que se concentram nessas mudanças celulares.
Vacinas.
Os pesquisadores estão estudando várias vacinas para tratar o câncer
colorretal ou impedir a recidiva. Ao contrário das vacinas que previnem
doenças infecciosas, estas vacinas são destinadas a aumentar a reação
imunológica do paciente para combater o câncer colorretal de forma mais
eficaz. Muitos tipos de vacinas estão em estudo, por exemplo, algumas
envolvem a remoção de células do sistema imunológico do próprio paciente
a partir do sangue e são expostas, em laboratório, a uma substância que
fará com que elas ataquem as células cancerígenas, quando
reintroduzidas ao corpo do paciente.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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