- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 17/08/2013 - Data de atualização: 18/01/2021
O tratamento da maioria das crianças com leucemia mieloide aguda (LMA) é dividido em duas fases terapêuticas:
- Indução
Os medicamentos mais utilizados são a daunorrubicina e a citarabina. O esquema de tratamento pode ser repetido em 10 dias ou 2 semanas. Um intervalo de tempo menor pode provocar efeitos colaterais mais severos, mas pode ser mais eficaz para destruir as células leucêmicas.
Algumas crianças podem receber uma dose da terapia-alvo gemtuzumab ozogamicina junto com a quimioterapia como parte do tratamento de indução.
Se necessário podem ser adicionados ao esquema de tratamento outros medicamentos, como etoposido e 6-tioguanina. Crianças com valores muito elevados de glóbulos brancos ou com determinadas anomalias cromossômicas podem receber esses esquemas de tratamento com esses medicamentos.
A terapia com estas drogas é repetida até que a doença entre em remissão. Isto ocorre geralmente após 2 ou 3 ciclos de tratamento.
Prevenção da recidiva no sistema nervoso central. Na maioria dos casos, a quimioterapia intratecal é também administrada para prevenir a recidiva da leucemia no cérebro ou na medula espinhal. A radioterapia do cérebro é realizada com menos frequência.
- Consolidação
De 85% a 90% das crianças com leucemia mieloide aguda entram em remissão após a terapia de indução. Isso significa que não há sinais de leucemia detectáveis por meio de exames de laboratório, mas não significa necessariamente a cura da doença.
A consolidação começa após a fase de indução. O objetivo é destruir todas as células leucêmicas remanescentes com um tratamento mais intensivo.
Algumas crianças que têm irmãos doadores compatíveis, o transplante de células tronco é muitas vezes indicado se a doença está em remissão, especialmente se existirem fatores de pior prognóstico. Para as crianças com fatores prognósticos bons, se recomenda apenas altas doses de quimioterapia, reservando a opção de um transplante de células estaminais no caso de recidiva.
Para a maioria das crianças sem um doador compatível de células tronco, a consolidação consiste em administrar o medicamento citarabina e a daunorrubicina em doses elevadas.
Se gemtuzumab ozogamicina for administrado durante a indução, uma dose desse medicamento provavelmente será administrada também durante esta fase do tratamento.
A quimioterapia intratecal é geralmente administrada a cada 1 a 2 meses, enquanto continua a intensificação.
A quimioterapia de manutenção não é necessária para crianças com leucemia mieloide aguda.
Uma parte importante do tratamento da leucemia mieloide aguda é a terapia de suporte, como suplementos nutricionais, antibióticos e transfusões de sangue. A intensidade do tratamento necessário para a leucemia mieloide aguda normalmente afeta muito da medula óssea e pode causar complicações sérias. Sem um tratamento com antibióticos para as infecções ou transfusões de sangue, a cura não seria possível.
Recidiva
Menos de 15% das crianças têm leucemia mieloide aguda refratária (que não responde ao tratamento inicial). Essas leucemias são frequentemente muito difíceis de curar, e os médicos podem recomendar um transplante de medula óssea.
Geralmente, o prognóstico de uma criança com recidiva da leucemia mieloide aguda após o tratamento é um pouco melhor do que se a remissão nunca foi alcançada, mas isso depende do tempo da remissão inicial. Em mais de metade dos casos de recidiva, uma segunda remissão pode ser alcançada com mais quimioterapia. A chance de conseguir uma segunda remissão é melhor se a primeira remissão durou pelo menos um ano, mas a longo prazo uma segunda remissão é rara sem transplante.
Outra opção para algumas crianças com recidiva é o tratamento com gemtuzumab ozogamicina.
A maioria das crianças com recidiva são candidatas a participar de protocolos clínicos com novos esquemas de tratamento. A esperança é que algum tipo de remissão possa ser alcançado de modo que um transplante de células estaminais deva ser considerado. Alguns médicos podem aconselhar o transplante, mesmo se não há remissão. Isto às vezes, tem sucesso.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 16/06/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
CÂNCER BILIAR, LÚPUS, LEUCEMIA
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Carla
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