- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 28/07/2015 - Data de atualização: 23/11/2018
Na maioria das vezes, a leucemia mieloide aguda entra em remissão após o tratamento inicial. Mas, às vezes, não desaparece completamente ou recidiva após um período de remissão. Se isso ocorrer, outras terapias podem ser tentadas, desde que o paciente esteja em condições suficientemente favoráveis para tolerar o tratamento.
Para a maioria dos tipos de leucemia mieloide aguda
Se a leucemia mieloide aguda não desaparecer com o primeiro tratamento de indução, pode-se tentar um segundo tratamento similar de quimioterapia, muitas vezes denominado reindução. Se não houver resposta, pode ser tentado um tratamento com outros medicamentos quimioterápicos ou doses mais intensivas, se o paciente tolerar. Para alguns pacientes, se existir um doador compatível, também pode ser realizado transplante de células tronco, uma vez que permite a utilização de doses mais elevadas de quimioterapia. Estudos clínicos com novas abordagens terapêuticas também podem ser uma opção.
Se a leucemia recidivar após a remissão, as opções de tratamento dependem da idade, do estado geral de saúde do paciente e do tempo de remissão. Na maioria das vezes, a leucemia mieloide aguda recidiva na medula óssea e sangue. Raramente, o cérebro ou líquido cefalorraquidiano serão os primeiros locais da recidiva. Mas se isso acontecer é frequentemente tratada com quimioterapia intratecal.
Para os pacientes cuja remissão durou menos de um ano, às vezes é possível obter a remissão com mais quimioterapia, embora não por muito tempo. Para os pacientes mais jovens, geralmente aqueles com menos de 60 anos, recomenda-se o transplante de células tronco, se houver um doador compatível. Os estudos clínicos com novas abordagens terapêuticas pode também ser uma opção.
Se a leucemia mieloide aguda recidivar antes de 12 meses, recomenda-se o transplante de células tronco para pacientes mais jovens, se possível. Participar de um estudo clínico com novas abordagens terapêuticas pode também ser uma opção.
Outra opção para a leucemia mieloide aguda que persiste ou recidiva após o tratamento pode ser o gemtuzumab ozogamicina.
Se a leucemia persistir ou recidivar, continuar o tratamento quimioterápico, provavelmente, não será muito útil. Se o transplante de células tronco não for uma opção, o paciente pode considerar a participação em um estudo clínico com novas abordagens terapêuticas.
Para leucemia mieloide aguda com uma mutação no gene IDH1 ou IDH2
Se as células leucêmicas tiverem uma mutação do gene IDH1 ou IDH2, uma opção se a leucemia persiste ou recidiva pode ser o tratamento com um inibidor da IDH, como o ivosidenib para leucemia mieloide aguda com mutação no gene IDH1, ou enasidenib para leucemia mieloide aguda com mutação no gene IDH2. Outras opções podem incluir quimioterapia ou transplante de células tronco.
Leucemia promielocítica aguda
Para pacientes tratados inicialmente com ácido all-trans retinóico (ATRA) e trióxido de arsênio (ATO) que recidivaram precocemente (geralmente em torno de 6 meses), o tratamento provavelmente será com alguns dos quimioterápicos usados no tratamento de outros tipos de leucemia mieloide aguda. Se a remissão durar mais tempo, o ATO pode ser usado novamente, possivelmente junto com outros tratamentos, como ATRA, quimioterapia e mylotarg.
Se o tratamento inicial foi ATRA mais quimioterapia, o ATO é muitas vezes muito eficaz.
Em algum momento, um transplante de células tronco pode ser uma boa opção se o paciente estiver com boas condições físicas. Outra opção pode ser a participação em um ensaio clínico com novas abordagens terapêuticas.
Tratamento de suporte
Se um novo tratamento ou a participação em um ensaio clínico não forem uma opção, o foco do tratamento pode ser alterado para o controle dos sintomas provocados pela leucemia, o que é denominado cuidados paliativos ou de suporte. Por exemplo, o médico pode prescrever uma químio menos agressiva para retardar o desenvolvimento da doença, em vez de tentar a cura.
À medida que a leucemia se desenvolve na medula óssea, pode provocar dor. É importante que o paciente se sinta o mais confortável possível. Os tratamentos que podem ser úteis incluem a radioterapia e analgésicos. Se os medicamentos, como o ácido acetilsalicílico e ibuprofeno não aliviarem a dor, medicamentos opioides, como morfina podem ser úteis. Alguns pacientes podem não querer usar medicamentos mais fortes, por medo de ficarem sedados a maior parte do tempo ou se tornarem dependentes. Mas, muitos pacientes obtém alívio da dor de maneira eficaz sem muitos efeitos colaterais. É importante manter seu médico informado sobre qualquer dor que você venha a sentir, para que possa ser tratada.
Outros sintomas comuns da leucemia são diminuição das taxas sanguíneas e fadiga. Podem ser necessários medicamentos ou transfusões de sangue para corrigir esses problemas. Náuseas e perda de apetite são tratadas com medicamentos e suplementos alimentares de alto teor calórico. Infecções que ocorrerem devem ser tratadas com antibióticos.
Fonte: American Cancer Society (21/08/2018)
CÂNCER BILIAR, LÚPUS, LEUCEMIA
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Carla
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