Este conteúdo foi adaptado de um podcast da Cancer.Net gravado em espanhol. A duração e o conteúdo desta conversa foram editados.
Enrique Soto, MD, é um oncologista geriátrico, que é um médico especializado no cuidado de idosos com câncer. Trabalha no Instituto Nacional de Ciências Médicas e Nutrição Salvador Zubirán, na Cidade do México. O Dr. Soto é membro do Conselho Editorial da Cancer.Net . Siga o Dr. Soto no Twitter @EnriqueSoto8 .
As avaliações geriátricas desempenham um papel extremamente importante no cuidado adequado de idosos com câncer. Aqui, o Dr. Soto fala sobre o que são as avaliações geriátricas e como elas afetam o tratamento de idosos com câncer.
P: O que é uma avaliação geriátrica?
R: As avaliações geriátricas são uma ferramenta usada na medicina geriátrica, um campo da medicina onde os médicos tratam pacientes idosos. Essas avaliações são usadas para avaliar pacientes usando uma abordagem multidisciplinar. Isso permite que o médico saiba tudo o que acontece com aquela pessoa. É uma consulta médica que também tem em consideração fatores particularmente importantes para o cuidado dos idosos. Isso inclui sua capacidade de viver suas vidas diárias, capacidade física, nutrição, diferentes doenças que possam ter, capacidade cognitiva e memória, estado psicológico, estado de espírito e acesso a apoio social e financeiro.
Através de um conjunto de questões, incluindo questionários e instrumentos concebidos para o efeito, é possível avaliar todas as características relevantes do idoso para chegar a uma compreensão holística da pessoa. A avaliação permite-lhe encontrar coisas que poderá não encontrar numa consulta regular de oncologia.
P: Por que uma avaliação geriátrica é importante para um oncologista usar durante o tratamento de uma pessoa com câncer?
R: Normalmente, as avaliações oncológicas incluem uma avaliação da capacidade funcional da pessoa, mas podem ser unidimensionais e básicas. Isso não é suficiente para os idosos, pois as pessoas que envelhecem são diferentes. A partir de certo ponto, a idade de uma pessoa não nos diz muito sobre quem ela é e o que está acontecendo em sua vida. Todos nós conhecemos pessoas idosas com mais de 70 ou 80 anos que são muito ativas e independentes. Também conhecemos pessoas muito mais jovens que precisam de ajuda em muitas coisas.
Avaliar o nível de atividade e independência de uma pessoa é mais importante do que sua idade, e podemos avaliar isso com uma avaliação geriátrica. Uma avaliação geriátrica nos dá uma verdadeira idade biológica de uma pessoa. Na oncologia, isso pode nos ajudar a prever a expectativa de vida dos pacientes e o risco de efeitos colaterais dos tratamentos, principalmente a quimioterapia. Através da avaliação geriátrica, podemos saber se uma pessoa se sente deprimida, se tem problemas para andar ou se precisa de apoio social. Podemos ajudar nesses casos e melhorar a qualidade de vida geral desses pacientes.
P: Como os resultados da avaliação geriátrica afetam o tratamento que um paciente recebe?
R: Há muitas maneiras pelas quais uma avaliação geriátrica e a intervenção de um oncologista geriátrico ou médico geriátrico podem mudar ou afetar o tratamento do paciente. A avaliação pode nos ajudar a descobrir vulnerabilidades adicionais que você normalmente não encontra durante uma avaliação clínica normal. Isso nos ajuda a tomar decisões sobre como podemos melhorar os problemas de um paciente.
Por exemplo, uma coisa importante que uma avaliação geriátrica prevê é como outras doenças que uma pessoa pode ter afetarão seu tratamento contra o câncer, o que, por sua vez, pode afetar sua expectativa de vida. Isso pode ajudar médicos e pacientes a tomar decisões difíceis. Às vezes, os tratamentos têm riscos piores do que os riscos de uma doença. A avaliação geriátrica ajuda a manter esse equilíbrio em perspectiva.
P: Quais são alguns exemplos de outras doenças que podem afetar o tratamento do câncer?
R: Problemas cognitivos, como demência, podem afetar o tratamento do câncer e são comuns em adultos mais velhos. Com o passar do tempo, muitos idosos desenvolvem problemas de memória e atenção e uma diminuição da capacidade de tomar decisões. Esta é uma grande razão pela qual um oncologista geriátrico ou médico geriátrico pode precisar tratar um adulto mais velho.
Outro problema comum que temos em atenção durante as consultas de oncologia é o historial de quedas. Idosos com câncer têm maior risco de queda. A queda pode causar fraturas de quadril, o que pode afetar a qualidade de vida e até a sobrevivência. Usar uma avaliação geriátrica para determinar antecipadamente que um paciente pode estar em maior risco de quedas pode nos ajudar a evitar tratamentos que aumentam esse risco. Também pode nos ajudar a implementar intervenções para evitar quedas, como instalar grades na casa para torná-la mais segura ou fazer fisioterapia ou terapia ocupacional para reduzir o risco.
P: Quais são as outras coisas que os idosos com câncer devem fazer para tornar suas casas mais seguras?
R: Nos Estados Unidos, existem serviços que podem ajudar os idosos a melhorar suas casas. Em outras partes do mundo isso não é tão comum, mas você pode evitar ter obstáculos em casa. Por exemplo, evite subir e descer escadas e use bengalas e andadores. É importante prescrever a reabilitação , que pode ajudar os pacientes a encontrar o tipo certo de auxiliar de marcha. Melhorar a nutrição e a força física também pode reduzir o risco de quedas. Para isso, em muitos centros oncológicos, existem equipes multidisciplinares que podem ajudar. Quase todos os centros de câncer nos Estados Unidos têm equipes de fisioterapia e terapia ocupacional que podem ajudar.
CÂNCER BILIAR, LÚPUS, LEUCEMIA
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abs.
Carla
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