Quinta-feira, 08/12/2016, às 06:00,
“Ih, vovó engasgou de novo!” – a frase pode soar familiar em almoços de domingo, mas é para ser levada a sério. Dificuldades para engolir podem estar associadas a doenças graves ou apenas ao processo de envelhecimento, mas em ambos os casos há necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre o que está acontecendo, porque é possível tomar providências para corrigir ou atenuar o problema. Para trazer um pouco mais de luz sobre a questão, conversei com Márli Borborema, mestre em Fonoaudiologia, especialista em disfagia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia e presidente de Gerontologia na Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia-RJ.
O que é a disfagia e quais são suas causas mais frequentes?
Márli Borborema: Disfagia é uma dificuldade na sequência dos movimentos da boca até o estômago ao engolir alimento, líquido, comprimido, ou mesmo a saliva. E isso pode acontecer por problema neurológico, câncer, algum trauma em região de cabeça e pescoço, transtorno emocional, próteses dentárias mal adaptadas.
Por que é comum que os idosos se engasguem, mesmo que não tenham uma doença grave? Quais os riscos?
Márli Borborema: Se as pessoas idosas engasgam, alguma coisa está errada, e elas devem ser avaliadas por profissional especialista na área. Com o processo do envelhecimento, o indivíduo fica propenso a perder massa muscular, consequentemente perde força na musculatura responsável pela deglutição. O engasgo é como um aviso ao corpo: "Opa! Alguma coisa não está descendo certo!". Aí vêm as tosses ou espirros para proteger as vias respiratórias. Os riscos estão relacionados ao comprometimento de vias respiratórias, levando a pneumonias ou outras complicações.
De que forma a fonoaudiologia pode prevenir ou corrigir o problema?
Márli Borborema: Normalmente, é importante fazer uma avaliação detalhada dos órgãos fonoarticulatórios, que são as mesmas estruturas da fala e da deglutição, assim como da funcionalidade dessas estruturas, responsáveis pela respiração, fonação, articulação, mastigação, deglutição. Após a avaliação é traçado um plano de tratamento para o restabelecimento da função de deglutição, minimizando riscos de complicações respiratórias. Muitas vezes são necessários ajustes nas consistências alimentares, quer dizer, mudanças na “grossura” do que a pessoa come, associados aos exercícios de motricidade orofacial.
É comum que pessoas com dificuldade para engolir troquem alimentos sólidos por pastosos. Isso é um erro?
Márli Borborema:
Sim, é bem comum a mudança de consistência da comida por conta própria.
Só que, se por um lado a pessoa melhora dos engasgos, por outro corre o
risco de desnutrição. Uma mudança de consistência alimentar requer
parecer de nutricionista, para que a dieta não perca em valores
calórico-proteicos importantes para aquela pessoa.
CÂNCER BILIAR, LÚPUS, LEUCEMIA
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs.
Carla
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