Berna Almeida II
20/03/2024
A
ingestão de nutrientes é um dos passos mais importantes para a
recuperação de quem está debilitado. Porém, algumas pessoas não podem ou
apresentam dificuldade em alimentar-se totalmente pela boca e, assim,
não alcançam a demanda nutricional necessária exigida pelo organismo.
A
nutrição enteral serve justamente para suprir nutrientes em quem não
pode se alimentar da forma tradicional, seja em ambiente hospitalar ou
em casa.
Trata-se de uma dieta líquida, que pode ser administrada por
meio de sonda posicionada no intestino ou estômago. Ela contém todos os
nutrientes diários essenciais para a completa recuperação nutricional do
paciente.
A
falta de nutrientes no organismo é mais comum do que se imagina. Dados
da Sociedade Brasileira de Nutrição Parental e Enteral apontam que cerca
de 60% dos pacientes recém-chegados ao hospital apresentam quadros de
desnutrição dentro das primeiras 48 horas de internação.
Inúmeros
fatores podem levar a quadros em que o paciente não pode ou não
consegue se alimentar plenamente por meio da alimentação convencional,
impossibilitando ou prejudicando a ingestão de calorias e nutrientes
necessários para o organismo.
Os fatores que levam a uso de sonda, pode-se destacar:
- Problemas temporários ou permanentes em órgãos do aparelho digestivo, como boca, esôfago ou estômago;
- Falta de apetite e perda de peso acentuada;
- Pessoas com problemas de deglutição, que correm risco de asfixia ou aspiração de líquidos para os pulmões;
- Quadros de desnutrição ou subnutrição;
- Pacientes em coma;
- Pacientes que sofrem com outras doenças ou condições clínicas que comprometem a deglutição, como disfagia, AVC, Alzheimer, doenças neurológicas, câncer ou ainda pessoas que estejam se preparando ou se recuperando de uma cirurgia também podem ter a indicação de uso de dieta enteral.
Existem duas vias de acesso para alimentação via sonda:
Via Nasoenteral –
quando a sonda é introduzida pelo nariz do paciente e ligada ao
estômago (sonda nasogástrica) ou ao intestino delgado (sonda
nasojejunal). Geralmente, essas sondas são recomendadas para pacientes
que necessitam seguir a dieta enteral por um tempo aproximado de até
seis semanas.
Ostomia –
quando a sonda é ligada por meio de cirurgia diretamente ao tubo
digestivo, através de um pequeno corte no abdômen, podendo ser
direcionada ao estômago (gastrostomia) ou ao intestino (jejunostomia).
Esse tipo de sonda é recomendada para pacientes que necessitam de um
tratamento mais longo.
Para suprir as necessidades nutricionais dos pacientes, a dieta da nutrição enteral deve ser completa, contendo tudo que a alimentação convencional forneceria ao corpo humano.
A
dieta industrializada é uma fórmula pronta para consumo e completa,
podendo ser encontrada em duas formas: em pó e líquida.
As dietas
industrializadas são extremamente práticas, sendo fáceis de preparar, de
armazenar e de administrar ao paciente. Além disso, são
nutricionalmente completas e oferecem muito mais segurança em relação ao
risco de contaminação alimentar.
Mesmo
assim, quem for manipular a dieta deve tomar uma série de cuidados de
higiene durante o preparo, manuseio e administração.
Outro ponto
importante a se destacar é que as dietas industrializadas possuem a
consistência ideal para administração na sonda, o que reduz os riscos de
entupimento da sonda.
FONTE:
https://www.facebook.com/groups/mentesedemencias/
https://www.facebook.com/groups/356844134420305/user/100092170643767/?__cft__[0]=AZXOPP4ndLGyrkLj2KklwrwRc1uj2zMC0pe4OdlZc0j70O_VEIQlRs_c38F6HbGepTnVcHhSBJLrUR-uEUir-heF5XQPaoT-6-3i5VzajW0Tc9Myhj4w6OS_inMm6CIgV6QU2_56lGyMOX-sRSeFSEplq44MKGARxD9AZLFZycQ45WcyVco8fFXEofdRLjf4RFE&__tn__=-UC%2CP-R
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abs
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