domingo, 11 de julho de 2010
Entrevista com a mastologista Simone Elias, da Unifesp
"É uma complicação rara do diabetes e pode ocorrer em mulheres diabéticas que utilizam insulina há muitos anos, geralmente dez anos ou mais", explica a médica Simone Elias, professora de mastologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e que comenta ainda como o problema pode ser evitado e tratado.
Simone Elias - "Não existe uma causa bem definida, mas acredita-se que a principal hipótese para explicar a ocorrência de mastopatia diabética é uma reação imunológica decorrente do diabetes sem controle, ou seja, altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia).
A doença - que é uma lesão inflamatória - é mais comum em mulheres jovens, principalmente diabéticas tipo 1, que utilizam insulina há mais de 10 ou 15 anos e atinge entre 10% e 15% dessas pacientes. Em geral, é a própria paciente que no início percebe uma área endurecida no peito, mas também pode aparecer nos exames de rotina da mama.
Esse nódulo endurecido, causado pelo estímulo à proliferação de colágeno no local, é parecido com o nódulo de câncer de mama e é muito importante que seja realizado o diagnóstico correto (que pode ser feito por uma biópsia com agulha - tipo "core biópsia", que retira fragmentos da lesão para exame).
Outro sintoma da mastopatia diabética, embora pouco freqüente, pode ser a dor. Ela aparece em algumas pacientes como uma dor localizada, diferente da que está relacionada ao ciclo menstrual. Quando a lesão está infeccionada, ocorre também a presença de secreções.
O tratamento da mastopatia diabética é relativamente simples. Começa, evidentemente, pela busca do melhor controle da glicemia. Adicionalmente, são utilizados anti-inflamatórios, escolhidos em função do quadro de saúde geral da paciente: se ela tiver problemas renais, o cuidado com esse tipo de medicamento deve ser maior. Quando há infecção, é necessário também o uso de antibióticos.
O tempo de recuperação está atrelado ao estado glicêmico: quanto melhor o controle, mais rápida a recuperação. É preciso, entretanto, que a preocupação com o nível glicêmico seja permanente, porque a ocorrência de novos nódulos é maior em quem já apresentou mastopatia diabética uma vez."
http://www.diabetesnoscuidamos.com.br/gente_duvida_mes.aspx?id=773
Outro sintoma da mastopatia diabética, embora pouco freqüente, pode ser a dor. Ela aparece em algumas pacientes como uma dor localizada, diferente da que está relacionada ao ciclo menstrual. Quando a lesão está infeccionada, ocorre também a presença de secreções.
O tratamento da mastopatia diabética é relativamente simples. Começa, evidentemente, pela busca do melhor controle da glicemia. Adicionalmente, são utilizados anti-inflamatórios, escolhidos em função do quadro de saúde geral da paciente: se ela tiver problemas renais, o cuidado com esse tipo de medicamento deve ser maior. Quando há infecção, é necessário também o uso de antibióticos.
O tempo de recuperação está atrelado ao estado glicêmico: quanto melhor o controle, mais rápida a recuperação. É preciso, entretanto, que a preocupação com o nível glicêmico seja permanente, porque a ocorrência de novos nódulos é maior em quem já apresentou mastopatia diabética uma vez."
http://www.diabetesnoscuidamos.com.br/gente_duvida_mes.aspx?id=773
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