- - Data de cadastro: 27/06/2014 - Data de atualização: 25/06/2020
A criocirurgia também denominada crioterapia ou crioablação é utilizada para tratar por congelamento o câncer de próstata localizado.
A crioterapia pode ser uma opção de tratamento para homens com câncer de próstata em estágio inicial de baixo risco que não possam fazer cirurgia ou radioterapia. A maioria dos médicos não usa crioterapia como o primeiro tratamento para o câncer de próstata, mas às vezes é uma opção para tratar a recidiva da doença após a radioterapia. Esse procedimento é realizado com o paciente sob anestesia regional ou geral.
Nessa abordagem, o médico insere várias sondas vazias através da pele entre o ânus e o escroto, guiado por ultrassom transretal. Gases frios são inseridos através das agulhas, criando bolas de gelo que destroem a próstata. Para ter certeza que o tecido prostático é destruído sem danos aos tecidos vizinhos, o médico acompanha as imagens pelo ultrassom. Um cateter é mantido no lugar por várias semanas após o procedimento para permitir que a bexiga esvazie enquanto o paciente se recupera.
A criocirurgia é menos invasiva do que a prostatectomia radical. Entretanto, comparando-se o procedimento com a cirurgia ou radioterapia, ainda se sabe pouco sobre a eficácia a longo prazo da criocirurgia.
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais da criocirurgia tendem a ser piores se for realizada em homens que já fizeram radioterapia.
A maioria dos homens apresenta sangue na urina durante um dia ou dois após o procedimento, bem como dor na área onde as agulhas foram colocadas. Inchaço no pênis ou escroto também é comum.
O congelamento pode também afetar a bexiga e o reto, o que pode provocar dor, sensação de queimação e necessidade de esvaziar a bexiga e o intestino frequentemente, no entanto a maioria dos homens recupera a função intestinal e da bexiga ao longo do tempo.
O congelamento pode danificar os nervos próximos da próstata e causar impotência nos homens que fazem a criocirurgia. A disfunção erétil é mais comum após a criocirurgia do que após a prostatectomia radical.
A incontinência urinária é rara em homens que fazem a criocirurgia como primeira opção de tratamento, mas é comum em homens que já fizeram radioterapia.
Uma fístula entre o reto e a bexiga pode se formar em menos de 1% dos homens após a criocirurgia. Essa complicação rara, mas grave, faz com que a urina vaze para o reto e, muitas vezes requer uma cirurgia de reparação.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/08/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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abs
Carla
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