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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

MELHOR IDADE: Uso adequado de anticoagulantes protege Idosos com FA de declínio cognitivo


Mônica Tarantino

15 de novembro de 2021


Nota da editora: Veja as últimas notícias e orientações sobre a covid-19 em nosso Centro de Informações sobre o novo coronavírus SARS-CoV-2 .

A fibrilação atrial (FA) é a arritmia sustentada mais comum na prática clínica. Inúmeros ensaios demonstram que o problema, mais prevalente em idosos, aumenta as chances de formação de trombos no coração e acidentes vasculares cerebrais (AVC), elevando a mortalidade total. Todos esses aspectos estão bem determinados pela ciência, assim como o uso de medicamentos anticoagulantes para prevenir o tromboembolismo em indivíduos com escore de risco. Porém, ainda que pesquisas anteriores tenham abordado a associação entre a fibrilação atrial e o declínio cognitivo, nenhum ensaio tinha avaliado, até o momento, os efeitos anticoagulação oral em relação aos aspectos cognitivo e funcional dos pacientes.

Apresentado no domingo (14) em uma das prestigiosas sessões de Late-Breaking Science do congresso de 2021 da American Heart Association (AHA), um estudo realizado com pacientes brasileiros trouxe descobertas importantes sobre o uso dos anticoagulantes e a proteção cerebral. 

Sob a liderança do cardiologista Dr. Bruno Caramelli, professor associado e diretor da Unidade Clínica de Medicina Interdisciplinar em Cardiologia do Instituto do Coração (inCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o estudo GIRAF (acrônimo para CoGnitive Impairment Related to Atrial Fibrillation) avaliou os efeitos dos anticoagulantes varfarina e dabigatrana no comprometimento cognitivo e funcional, na ocorrência de sangramento e em complicações cerebrovasculares.

“Nos dois grupos, da dabigratrana e da varfarina, não houve diferença”, disse ao Medscape o Dr. Bruno Caramelli.

Após dois anos de acompanhamento, o pesquisador principal e vários coautores concluíram que o uso adequado de anticoagulantes pode prevenir o declínio cognitivo em idosos com FA. A conclusão está baseada em dados obtidos por meio de escalas para medir memória, funções executivas, linguagem e atenção desde a linha basal. Todos os voluntários foram submetidos a uma bateria de avaliações cognitivas e funcionais com cerca de 90 minutos de duração no início e durante as visitas de acompanhamento ao longo do estudo. Além disso, os voluntários fizeram ressonância magnética do cérebro no início e após dois anos para identificar possíveis eventos cerebrovasculares.

“Faltou um grupo controle com tratamento inadequado ou incompleto, o que não seria ético, e por isso eu não poderia dizer com certeza que, se bem tratados, os pacientes não desenvolverão declínio cognitivo. Por outro lado, o controle histórico com estudos anteriores nos permite fazer esta inferência, em caráter especulativo, mas com boa chance de estar correto”, disse o médico.

Randomizado, multicêntrico e prospectivo, o ensaio GIRAF avaliou 200 pacientes (62% do sexo masculino) com mais de 70 anos e fibrilação atrial confirmada. O grupo foi designado aleatoriamente para tomar dabigatrana (110 ou 150 mg duas vezes ao dia) ou varfarina (uma vez ao dia, dose controlada com base no tempo que o sangue leva para coagular) por dois anos. Praticamente todos foram tratados em hospitais da rede pública (SUS).

Uma das preocupações dos pesquisadores ao desenhar o ensaio foi justamente a busca por ferramentas mais sensíveis para avaliar as funções cerebrais superiores.


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Carla 

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