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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Câncer de Pulmão:Câncer de Pulmão de Pequenas Células > Tratamentos > Terapia Alvo para

 Equipe Oncoguia

  • - Data de cadastro: 13/10/2014 - Data de atualização: 20/04/2020



A terapia-alvo age de forma diferente dos quimioterápicos convencionais, e muitas vezes têm efeitos colaterais menos intensos. Atualmente, são mais usadas no tratamento do câncer de pulmão avançado isoladamente ou junto com a quimioterapia.

Medicamentos que têm como alvo o fator de crescimento dos vasos sanguíneos (Angiogênese)

Para os tumores crescerem, eles devem formar novos vasos sanguíneos para mantê-los nutridos. Este processo é chamado de angiogênese. Algumas terapias- alvo bloqueiam o crescimento dos novos vasos sanguíneos.

  • Bevacizumab. É um tipo de anticorpo monoclonal produzido a partir de uma proteína específica do sistema imunológico. O alvo é o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), uma proteína que ajuda a formar novos vasos sanguíneos. Esse medicamento é frequentemente utilizado com a quimioterapia por um tempo. Então, se o câncer responde, a quimioterapia pode ser interrompida e o bevacizumab administrado de forma isolada até que a doença comece a avançar novamente.
     
  • Ramucirumab. É um anticorpo monoclonal que atinge um receptor de VEGF, o que ajuda a interromper a formação de novos vasos sanguíneos. Esse fármaco é mais frequentemente administrado após outro tratamento deixar de funcionar. É frequentemente combinado com quimioterapia.

Os efeitos colaterais comuns desses medicamentos incluem:

  • Pressão alta.
  • Cansaço.
  • Sangramento.
  • Diminuição dos glóbulos brancos.
  • Dores de cabeça.
  • Aftas.
  • Perda de apetite.
  • Diarreia.

Outros efeitos colaterais raros, mas potencialmente graves, podem incluir formação de coágulos sanguíneos, hemorragias, perfuração do intestino, problemas cardíacos e cicatrização lenta.

Devido aos riscos de sangramento, estes medicamentos normalmente não são utilizados em pacientes que apresentam expectoração com sangue ou que fazem uso de anticoagulantes. Devido ao risco de hemorragia pulmonar, esses medicamentos não são recomendados para pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células do tipo espinocelular.

Medicamentos que têm como alvo o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR)

O receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) é uma proteína encontrada na superfície das células, que normalmente as ajuda a crescer e se dividir. Algumas células do câncer de pulmão de não pequenas células têm EGFR em excesso, o que faz com que elas cresçam mais rapidamente. Os medicamentos denominados inibidores de EGFR bloqueiam o sinal do EGFR e interrompem o crescimento das células. Alguns desses medicamentos são usados no tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células em estágios avançados.

          Inibidores de EGFR usados no câncer de pulmão de não pequenas células com mutações no gene EGFR

  • Erlotinib.
  • Afatinib.
  • Gefitinib.
  • Osimertinib.
  • Dacomitinib.

Esses medicamentos podem ser usados isoladamente como primeiro tratamento para pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células avançado com determinadas mutações no gene EGFR. Esses são mais comuns em mulheres e pessoas que não fumaram. O erlotinib também pode ser usado para o câncer de pulmão de não pequenas células avançado sem essas mutações se a quimioterapia não responder. Todos esses medicamentos são administrados por via oral.

          Inibidores de EGFR que têm como alvo as células com a mutação T790M

Os inibidores de EGFR podem muitas vezes reduzir o tamanho dos tumores durante vários meses. Mas eventualmente esses medicamentos param de responder na maioria dos pacientes, geralmente porque as células cancerígenas desenvolvem outra mutação no gene EGFR. Uma dessas mutações é conhecida como T790M. O osimertinib é um inibidor de EGFR que atua contra células com a mutação T790M.

Os médicos geralmente fazem outra biópsia de tumor quando os inibidores de EGFR deixam de responder para saber se o paciente desenvolveu a mutação T790M.

          Inibidores de EGFR usados para câncer de pulmão de não pequenas células tipo espinocelular

O necitumumab é um anticorpo monoclonal que tem como alvo o EGFR. Ele pode ser usado junto com a quimioterapia como o primeiro tratamento em pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células tipo espinocelular. Este fármaco é administrado por via endovenosa.

Efeitos colaterais dos inibidores de EGFR

Os efeitos colaterais comuns de todos os inibidores de EGFR incluem:

  • Problemas de pele.
  • Diarreia.
  • Aftas.
  • Perda de apetite.

Os problemas de pele podem incluir erupções cutâneas no rosto e no tórax, podendo levar a infecções na pele.

Estes medicamentos também podem provocar efeitos colaterais mais graves, mas menos frequentes. Por exemplo, o necitumumab pode diminuir os níveis de certos minerais no sangue, o que pode afetar o ritmo cardíaco e, em alguns casos, pode colocar a vida em risco.

Medicamentos que têm como alvo células com alterações no gene ALK

Cerca de 5% dos cânceres de pulmão de não pequenas células têm uma mutação no gene ALK. Essa alteração é mais frequentemente observada em não fumantes com adenocarcinoma. A alteração do gene ALK produz uma proteína anormal que faz com que as células cresçam e se disseminem. Os medicamentos que têm como alvo a proteína ALK anormal incluem:

  • Crizotinib.
  • Ceritinib.
  • Alectinib.
  • Brigatinib.
  • Lorlatinib.

Esses medicamentos podem reduzir o tamanho dos tumores em pacientes com câncer de pulmão avançado com alteração no gene ALK. Embora eles possam ajudar quando a quimioterapia para de responder, eles são frequentemente administrados ​​em vez da quimioterapia em pacientes com alteração no gene ALK.

Esses medicamentos são administrados por via oral.

Os efeitos colaterais mais frequentes dos inibidores de ALK incluem:

  • Náuseas e vômitos.
  • Diarreia.
  • Constipação.
  • Fadiga.
  • Problemas oculares.

Alguns efeitos colaterais podem ser importantes, como diminuição dos glóbulos brancos, inflamação pulmonar, danos hepáticos, neuropatia e problemas cardíacos.

Medicamentos que têm como alvo as células com alterações no gene ROS1

De 1% a 2% dos cânceres de pulmão de não pequenas células têm um rearranjo em um gene denominado ROS1. Essa alteração é mais frequentemente observada em pacientes com adenocarcinoma e cujos tumores também são negativos para as mutações ALK, KRAS e EGFR. O rearranjo do gene ROS1 é similar ao rearranjo do gene ALK, e alguns medicamentos podem responder em células com alterações nos genes ALK ou ROS1. Os medicamentos que têm como alvo a proteína ROS1 anormal incluem:

  • Crizotinibe.
  • Ceritinibe.
  • Lorlatinibe.
  • Entrectinibe.

Esses medicamentos reduzem o tamanho dos tumores em pacientes com cânceres de pulmão avançados que têm uma alteração no gene ROS1. O crizotinibe ou o ceritinibe podem ser usados ​​como primeiro tratamento, em vez da quimioterapia, e o lorlatinibe pode ser usado quando o crizotinibe ou o ceritinibe deixam de responder. O entrectinibe pode ser usado em pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células metastático com alteração no gene ROS1.

Esses medicamentos são administrados por via oral.

Os efeitos colaterais comuns dos inibidores de ROS1 incluem:

  • Tonturas.
  • Diarreia.
  • Constipação.
  • Fadiga.
  • Problemas oculares.

Outros efeitos colaterais também são possíveis com alguns desses medicamentos. Alguns efeitos colaterais podem ser graves, como inflamação nos pulmões ou em outras partes do corpo, problemas hepáticos, neuropatia periférica e problemas cardíacos.

Medicamentos que têm como alvo as células com alterações no gene BRAF

Em alguns tumores, as células apresentam alterações no gene BRAF. As células com essas alterações produzem a proteína BRAF alterada que as ajuda a crescer. Os medicamentos que têm como alvo esse gene e as proteínas relacionadas são:

  • Dabrafenib. É um tipo de medicamento conhecido como inibidor de BRAF, que ataca diretamente a proteína BRAF.
  • Trametinib. É conhecido como um inibidor da MEK, porque ataca as proteínas MEK relacionadas.

Esses medicamentos podem ser usados juntos no tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células metastático se houver algum tipo de alteração no gene BRAF.

Esses medicamentos são administrados por via oral, diariamente.

Os efeitos colaterais comuns podem incluir espessamento da pele, erupção cutânea, coceira, sensibilidade ao sol, dor de cabeça, febre, dor nas articulações, fadiga, perda de cabelo, náusea e diarreia.

Os efeitos colaterais raros mas graves podem incluir hemorragias, problemas cardíacos, problemas hepáticos ou renais, problemas pulmonares, reações alérgicas, problemas cutâneos ou oculares e aumento dos níveis de açúcar no sangue.

Alguns pacientes tratados com esses medicamentos desenvolvem câncer de pele, principalmente o câncer de pele espinocelular. Por essa razão você deve fazer acompanhamento regular durante e após seu tratamento, para que seu médico possa examinar sua pele frequentemente. Você também deve comunicar seu médico, imediatamente, se notar quaisquer novos crescimentos ou áreas anormais em sua pele.

Medicamentos que têm como alvo as células com alterações no gene NTRK

Uma pequena porcentagem de câncer de pulmão de não pequenas células tem alterações em um dos genes NTRK. As células com essas alterações genéticas podem levar ao crescimento celular anormal e ao câncer. O larotrectinibe e o entrectinibe visam e desativam as proteínas produzidas pelos genes NTRK. Esses medicamentos podem ser usados ​​em pacientes com câncer de pulmão avançado que ainda está em crescimento, apesar de outros tratamentos e cujo tumor tenha a alteração no gene NTRK.

Esses medicamentos são administrados por via oral, uma ou duas vezes ao dia.

Os efeitos colaterais comuns incluem tontura, fadiga, náuseas, vômitos, constipação, ganho de peso e diarreia. Os efeitos colaterais raros, porém importantes, podem incluir alterações hepáticas, problemas cardíacos e confusão.

Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/10/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.






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abs

Carla 

http://www.oncoguia.org.br/



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