Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 15/09/2014 - Data de atualização: 20/04/2020
Imunoterapia é o uso de medicamentos para estimular o sistema imunológico de um paciente a reconhecer e destruir células cancerosas de forma mais eficaz.
Inibidores do controle imunológico
Uma função importante do sistema imunológico consiste em sua capacidade de atacar as células normais e anormais do corpo. Para fazer isso, ele usa pontos de verificação – as chamadas moléculas de controle imunológico em células imunológicas que precisam ser ativadas (ou desativadas) para iniciar uma resposta imunológica. As células cancerígenas, às vezes, usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico. Os medicamentos imunoterápicos modernos têm como alvo esses pontos de controle, reestabelecendo a atividade destas células da imunidade no combate às células cancerosas. Esses medicamentos se mostraram úteis contra muitos tipos de câncer nos últimos anos.
- Nivolumab. Tem como alvo a PD-1, uma proteína das células T que normalmente impede que essas células ataquem outras células do corpo. Ao bloquear a PD-1, esse medicamento estimula a resposta imunológica contra as células cancerígenas. É usado para tratar o câncer de pulmão de pequenas células avançado em pacientes cujo doença continua em progressão após receber duas linhas de tratamento, incluindo quimioterapia com cisplatina ou carboplatina.
- Atezolizumab. Tem como alvo a PD-L1, uma proteína relacionada à PD-1 encontrada em algumas células tumorais e células imunológicas. Ao bloquear essa proteína também impulsiona a resposta imunológica contra as células cancerígenas. Esse medicamento pode ser usado como parte do tratamento de primeira linha para o câncer de pulmão de pequenas células avançado, junto com carboplatina e etoposídeo, e depois isoladamente como terapia de manutenção.
Esses medicamentos são administrados como infusão intravenosa geralmente a cada 2 ou 3 semanas.
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais desses medicamentos podem incluir fadiga, tosse, náuseas, erupção cutânea, diminuição do apetite, constipação, dor nas articulações e diarreia.
Outros efeitos colaterais mais graves ocorrem com menor frequência.
Reações à perfusão. Alguns pacientes podem apresentar uma reação alérgica ao receber esses medicamentos, o que inclui febre, calafrios, rubor facial, erupção cutânea, coceira, sensação de tontura, chiado no peito e dificuldade para respirar. É importante informar, imediatamente, seu médico se você apresentar algum desses sintomas enquanto estiver recebendo esses medicamentos.
Reações autoimunes. Esses medicamentos funcionam basicamente removendo os freios do sistema imunológico do corpo. Às vezes, o sistema imunológico ataca outras partes do corpo, provocando problemas nos pulmões, intestino, fígado, glândulas endócrinas, rins ou outros órgãos.
É importante relatar qualquer novo efeito colateral ao seu médico, para que ele possa ser gerenciado. Se ocorrerem efeitos colaterais importantes, o tratamento pode precisar ser interrompido e serão administradas altas doses de corticosteroides para tratar esses efeitos.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/10/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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