Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 14/03/2015 - Data de atualização: 25/02/2019
Prevenir
o câncer colorretal significa evitar os fatores de risco que aumentam
as chances de desenvolver a doença. Para que isso aconteça, muitas
vezes, é preciso modificar os nossos hábitos.
Alguns aspectos importantes para a prevenção do câncer colorretal são:
Rastreamento
O
rastreamento do câncer colorretal é extremamente importante na
prevenção da doença. A partir do momento em que as primeiras células
anormais começam a formar pólipos até se tornarem câncer colorretal
propriamente dito, normalmente leva cerca de 10 a 15 anos. O
rastreamento regular pode, em muitos casos, prevenir completamente o
câncer colorretal, porque a maioria dos pólipos diagnosticados é
removida antes que tenham a chance de se transformar em câncer. O
rastreamento também pode diagnosticar o câncer colorretal em estágio
inicial, quando é altamente curável.
A recomendação é para que
pessoas com 45 anos ou mais façam exames regulares para detecção precoce
da doença. Pessoas com histórico familiar ou outros fatores de risco
para pólipos ou câncer, como doença inflamatória do intestino, devem
conversar com seus médicos para estabelecer o início dos exames de
rastreamento mais precocemente ou realizá-los com mais frequência.
Peso corporal, atividade física e dieta
Você pode reduzir seu risco de câncer colorretal gerenciando alguns dos fatores de risco controláveis, como:
Peso. Ter excesso de peso ou ser obeso aumenta o risco de câncer
colorretal em homens e mulheres, mas isso parece ser mais forte em
homens. Ter excesso de gordura na barriga também está associado à
doença. Manter um peso saudável e evitar o aumento de peso pode ajudar a
diminuir o risco.
Atividade física. O aumento do
nível de atividade reduz o risco de câncer colorretal e de pólipos. A
atividade regular moderada reduz o risco, mas a atividade vigorosa pode
ter um benefício ainda maior. Aumentar a intensidade e a quantidade da
atividade física pode reduzir o risco.
Dieta. Em
geral, as dietas ricas em vegetais, frutas e grãos integrais (e com
pouca carne vermelha ou processada) estão associadas a um menor risco de
câncer colorretal, embora não esteja claro quais fatores sejam
importantes. Alguns estudos mostraram ligação entre carnes vermelhas e
carnes processadas e o aumento do risco de câncer colorretal. Limitar o
consumo de carnes vermelhas e processadas e ingerir maiores quantidades
de vegetais e frutas podem ajudar a diminuir o risco da doença.
Alcoolismo. Vários estudos mostraram que a ingestão de álcool
aumenta o risco de câncer colorretal, principalmente em homens. Evitar o
excesso de álcool pode reduzir esse risco.
Recentemente, alguns
estudos sugeriram que o consumo de fibra na dieta, especialmente de
grãos integrais, pode diminuir o risco de câncer colorretal. Entretanto,
esses estudos ainda estão em andamento.
Não fumar
O
tabagismo a longo prazo está associado a um risco aumentado de câncer
colorretal, bem como de muitos outros tipos de câncer e outros problemas
de saúde. Parar de fumar pode diminuir o risco de câncer colorretal e
de outros tipos de câncer.
Vitaminas, cálcio e magnésio
Alguns
estudos sugerem que tomar ácido fólico, multivitamínico ou folato
diariamente, pode diminuir o risco de câncer colorretal, mas esses
estudos não são conclusivos. Na verdade, alguns estudos sugerem que o
ácido fólico poderia ajudar os tumores existentes a crescerem. Mais
pesquisas ainda são necessárias nessa área.
Alguns estudos sugerem
que a vitamina D, proveniente da exposição solar, ou de determinados
alimentos, ou mesmo ingerida na forma de pílula, pode reduzir o risco de
câncer colorretal. Atualmente, como a preocupação de que o excesso de
exposição ao sol possa causar câncer de pele, a maioria dos médicos não
recomenda isso como uma forma de reduzir o risco de câncer colorretal.
Mais estudos ainda são necessários para determinar se a vitamina D pode
ajudar a prevenir o câncer colorretal.
Alguns estudos têm
associado baixos níveis de cálcio na dieta a um risco aumentado de
câncer colorretal. Outros estudos sugerem que o aumento da ingestão de
cálcio pode diminuir o risco de câncer colorretal. O cálcio é importante
por uma série de razões de saúde, além dos possíveis efeitos sobre o
risco de câncer. Mas, devido ao possível risco aumentado do câncer de
próstata em homens com alta ingestão de cálcio, não se recomenda
aumentar a ingestão de cálcio especificamente para tentar reduzir o
risco de câncer colorretal.
O cálcio e a vitamina D podem atuar em
conjunto para reduzir o risco de câncer colorretal, uma vez que a
vitamina D ajuda na absorção de cálcio do organismo. Ainda assim, nem
todos os estudos mostraram que os suplementos desses nutrientes reduzem o
risco.
Alguns estudos mostraram uma possível ligação entre uma
dieta rica em magnésio e o risco reduzido de câncer colorretal,
especialmente entre as mulheres. Entretanto, mais pesquisas são
necessárias para determinar se essa ligação realmente existe.
Anti-inflamatórios não esteroides
Muitos
estudos mostraram que pessoas que tomam aspirina regularmente ou outros
anti-inflamatórios não esteroides, como ibuprofeno e naproxeno,
apresentam menor risco de câncer colorretal e pólipos.
Mas a
aspirina e outros anti-inflamatórios não esteroides podem provocar
efeitos colaterais importantes, como sangramento por irritação do
estômago ou úlceras no estômago, que podem superar os benefícios desses
medicamentos para o público em geral. Por esta razão, a maioria dos
médicos não recomenda o consumo desses medicamentos apenas para reduzir o
risco de câncer colorretal.
Terapia de reposição hormonal para mulheres
Tomar
estrogênio e progesterona após a menopausa, pode reduzir o risco de uma
mulher desenvolver câncer colorretal, mas os cânceres diagnosticados em
mulheres que tomam estes hormônios após a menopausa podem estar em
estágio mais avançado.
Como tomar estrogênio e progesterona após a
menopausa também pode aumentar o risco de doença cardíaca, coágulos
sanguíneos, câncer de mama e câncer de pulmão, não é comumente
recomendado apenas para reduzir o risco de câncer colorretal.
Fonte: American Cancer Society (30/05/2018)
Fonte: American Cancer Society (21/02/2018)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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