INDICE DE RESPOSTA
MEDINDO A RESPOSTA AO TRATAMENTO DA LMC
Após o início do tratamento o seu médico irá pedir, periodicamente, exames de sangue e medula óssea para determinar a sua resposta ao tratamento. Monitorar essa resposta é uma das estratégias chaves para administrar a LMC. Em geral, quanto melhor a resposta ao medicamento, mais tempo a doença ficará controlada.
A tabela 2 mostra os diferentes tipos de respostas ao tratamento.
Existem três tipos de respostas: hematológica, citogenética e molecular.
RESPOSTA HEMATOLÓGICA
Essa resposta é classificada como “parcial” ou “completa” dependendo dos resultados dos hemogramas. Esse exame mede a quantidade de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas no sangue.
Resposta hematológica parcial
Os valores de cada tipo de células do sangue começam a voltar ao normal.
Resposta hematológica completa
Os valores das células do sangue voltam ao normal.
A maioria dos pacientes sob tratamento com os inibidores de tirosina quinase tem uma resposta hematológica completa dentro de três meses desde o começo do tratamento.
RESPOSTA CITOGENÉTICA
Avalia o número de células na medula óssea que contém o cromossomo Ph. Tanto o teste citogenético quanto o FISH podem ser usados para fazer essa medição.
Resposta citogenética completa
Nenhuma célula com o cromossomo Ph é detectada na medula óssea
Resposta citogenética parcial
O cromossomo Ph é achado em 1 a 35% das células
Resposta citogenética maior
O cromossomo Ph é achado em mais de 35% das células da medula óssea.
A citogenética da medula óssea é avaliada na consulta de acompanhamento de 3 e de 6 meses para verificar a resposta do paciente ao tratamento se o PCR não estiver disponível.
RESPOSTA MOLECULAR
A resposta molecular avalia a diminuição na quantidade de células com o gene BCR-ABL. O teste PCR conta o número de células no sangue periférico que contém o gene BCR-ABL. A resposta molecular inicial do paciente ao tratamento é importante para prever o resultado e para determinar as futuras opções de tratamento.
Resposta molecular precoce
Quando o nível do gene BCR-ABL é menor do que 10% no 3º e no 6º mês após o início do tratamento; significa que menos de 10% das células (10 a cada 100 células) têm o gene BCR-ABL.
Resposta molecular maior
Quando o nível do gene BCR-ABL é menor do que 0,1%; significa que 1 a cada 1.000 células têm o gene BCR-ABL, conhecido como “redução de 3 logs”.
Resposta molecular completa
Quando nenhuma célula tem o gene BCRABL, também conhecido como “resposta molecular profunda”.
ESCALA INTERNACIONAL, MEDIÇÃO DE TESTE DE PCR
É uma escala padrão para medir os resultados do teste PCR, isto é, medir o número de células que têm o gene BCR-ABL e determinar quão bem o tratamento está funcionando. A Escala Internacional define a linha de base padrão como BCR-ABL 100%. Uma redução de log indica que o nível de BCR-ABL diminuiu uma certa quantidade a partir da linha de base padrão.
– Redução de 1 log indica que o nível do BCR-ABL diminuiu 10 vezes abaixo da linha de base padrão. Isso significa que 10% das células (10 a cada 100 células) têm o gene BCR-ABL, também conhecido como “BCR-ABL 10%”. Essa redução é equivalente a resposta molecular precoce.
– Redução de 2 log significa que o nível de BCR-ABL diminui 100 vezes abaixo da linha padrão. Isso significa que 1% das células (1 a cada 100 células) têm o gene BCR-ABL, também conhecido como “BCR-ABL 1%”.
– Redução de 3 log significa que BCR-ABL diminuiu 1.000 vezes abaixo da linha padrão. Isso significa que 0,1% das células (1 a cada 1.000 células) têm o gene BCR-ABL, também conhecido como “resposta molecular maior”.
– Redução de 4,5 log significa que 0,0032% das células tem o gene BCR-ABL. Redução de 4,5 log é chamado de “resposta molecular completa” ou “resposta molecular profunda”. Alcançar a resposta molecular profunda é um sinal de que a doença está em remissão. Pacientes que alcançam e mantêm a resposta molecular profunda por um período significativo de tempo podem ser considerados como candidatos para descontinuar o medicamento em um estudo clínico.
O teste de PCR pode não estar padronizado entre os laboratórios, uma vez que estes estabelecem seus próprios padrões. Consequentemente, uma mesma amostra pode apresentar resultados diferentes se analisada em laboratórios distintos. Assim, para obter resultados mais consistentes, é melhor fazer os testes sempre no mesmo lugar. Isso ajudará os pacientes e a sua equipe de saúde a monitorarem com mais eficácia as respostas ao tratamento. É recomendado realizar o teste de PCR a cada três meses nos dois primeiros anos. Após dois anos, se o paciente estiver apresentando uma resposta ao tratamento satisfatória, o teste poderá ser feito a cada três ou seis meses.
Tipo de resposta | Fatores | Testes usados para medir a resposta |
---|---|---|
Hematológica (resposta hematológica completa) | Contagem de glóbulos sanguíneos voltam ao normal. Nenhum blasto no sangue periférico. Nenhum sinal ou sintonia da doença. Baço volta ao tamanho normal. |
Hemograma completo com diferencial |
Citogenética Resposta citogenética completa Resposta citogenética parcial Resposta citogenética maior Resposta citogenética menor |
Cromossomo Ph não detectado 1% a 35% das células tem cromossomo Ph 0% a 35% das células tem cromossomo Ph Mais de 35% das células tem cromossomo Ph |
Citogenética da medula óssea ou FISH |
CÂNCER BILIAR, LÚPUS, LEUCEMIA
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs.
Carla
https://www.abrale.org.br/doencas/leucemia/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla