Mitchel L. Zoler
Uma simples pergunta sobre hábitos noturnos feita a pessoas com diabetes inscritas no banco de dados UK Biobank, do Reino Unido, identificou um subgrupo com quase o dobro de taxa de mortalidade durante quase nove anos de acompanhamento: aqueles que referiram distúrbios do sono regulares.
A pergunta era: você nunca, raramente, às vezes ou geralmente tem dificuldade de adormecer/acorda no meio da noite?
Adultos inscritos no UK Biobank que referiram qualquer tipo de diabetes/uso de insulina e distúrbios do sono frequentes, apresentaram uma taxa de mortalidade 87% maior do que os que disseram não ter diabetes nem distúrbios do sono (ou raros episódios), em um modelo totalmente ajustado, com acompanhamento médio de 8,9 anos, de acordo com o que a Dra. Kristen L. Knutson , Ph.D., e seus colaboradores relataram no periódico Journal of Sleep Research.
A mortalidade foi 11% maior entre os entrevistados que relataram distúrbios frequentes do sono, mas não tinham diabetes, do que entre aqueles sem distúrbios frequentes do sono. Além disso, pacientes com diabetes, mas sem distúrbios frequentes do sono, tiveram uma taxa de mortalidade 67% maior, em comparação com aqueles sem diabetes. Ambas as diferenças foram estatisticamente significativas em um modelo que ajustou para idade, sexo, etnia, tabagismo, duração do sono, índice de massa corporal e outras covariáveis.
Os achados sugerem que o diabetes e os frequentes distúrbios do sono se sobrepõem para aumentar o risco de mortalidade, disse a Dra. Kristen, epidemiologista e neurologista especializada em medicina do sono na Northwestern University, nos Estados Unidos.
A neurologista sugeriu que, com base nessas descobertas, os médicos considerem fazer essa importante pergunta sobre a frequência de distúrbios do sono todos os anos aos seus pacientes com diabetes. Os médicos devem então fazer o acompanhamento dos pacientes que referirem distúrbios frequentes, encaminhando-os para uma clínica do sono, onde realizarão exames de distúrbios do sono, como insônia ou apneia do sono. A apneia do sono, em especial, é "particularmente comum em pacientes com diabetes tipo 2 ", observou a Dra. Kristen em uma entrevista.
A necessidade de conscientizar sobre diabetes e alterações do sono
O estudo conduzido por Dra. Kristen e colaboradores "é um dos maiores estudos de base populacional" para examinar a relação entre distúrbios do sono, diabetes e mortalidade, comentou a Dra. Sirimon Reutrakul , endocrinologista e especialista em diabetes do University of Illinois Hospital, nos EUA.
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abs
Carla
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