Liam Davenport
Associar arteterapia ao tratamento farmacológico padrão na doença de Parkinson não só atenua os sintomas (motores ou não) como freia a progressão da doença, sugere nova pesquisa.
Cinquenta pacientes com doença de Parkinson foram randomizados para realizar arteterapia (incluindo escultura e desenho) e receber tratamento farmacológico ou receber tratamento farmacológico isolado. Eles foram acompanhados por 12 meses.
Os pacientes que receberam terapia combinada apresentaram melhora nos escores de sintomas, depressão e cognitivos, com redução do tremor e da sonolência diurna. Também tiveram uma probabilidade substancialmente menor de apresentar progressão da doença.
"O uso da arteterapia pode reduzir a gravidade das manifestações motoras e não motoras da doença de Parkinson", disse a pesquisadora do estudo, Dra. Iryna Khubetova, Ph.D., chefe do Departamento de Neurologia do Odessa Regional Clinical Hospital, na Ucrânia.
Um resultado muito importante é que os efeitos positivos "persistiram durante todo o período de observação", acrescentou.
Os achados foram apresentados no 34º Congresso do European College of Neuropsychopharmacology (ECNP), realizado em Portugal de maneira híbrida (presencialmente e on-line) devido à pandemia.
Estratégia promissora
A Dra. Iryna disse ao Medscape que o custo financeiro de oferecer arteterapia aos pacientes com doença de Parkinson foi "muito acessível", especialmente porque artistas profissionais "forneceram material de pintura e outros suprimentos de arte de graça".
"Achamos essa abordagem muito promissora e esperamos seja amplamente adotada."
Ela sugeriu que o efeito positivo da arteterapia pode estar relacionado com a "ativação da rede neural de recompensa do cérebro".
Isso pode ocorrer por meio de uma melhor atenção visual agindo em mecanismos visuoespaciais e impulso emocional, com "ativação do córtex orbitofrontal medial, estriado ventral e outras estruturas".
Os pesquisadores observam que a doença de Parkinson, uma "doença neurodegenerativa progressiva multissistêmica", está entre as três doenças neurológicas mais comuns, com prevalência de 100 a 150 casos a cada 100.000 pessoas.
Eles também observaram que estratégias não farmacológicas são "muito utilizadas" como adjunto à terapia medicamentosa e como parte de uma "estratégia integrada" para o controle da doença.
Para avaliar a eficácia clínica da arteterapia, a equipe recrutou pacientes com doença de Parkinson cuja capacidade de movimento independente estava preservada –definida como estágios 1,0 a 2,5 na escala Hoehn e Yahr.
Os pacientes foram randomizados para realizar arteterapia e receber tratamento farmacológico ou receber tratamento farmacológico isolado. A arteterapia incluiu escultura, desenho à mão livre e de colorir.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://portugues.medscape.com/:Arteterapia é associada a desaceleração da progressão do Parkinson (medscape.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla