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segunda-feira, 20 de junho de 2022

Câncer > Leucemia Linfóide Crônica (LLC): Tratamentos II.1

 Anticorpos Monoclonais para Leucemia Linfoide Crônica (LLC)

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 27/07/2015 - Data de atualização: 20/08/2018

 

 

Os anticorpos monoclonais são versões sintéticas de proteínas (anticorpos), normalmente produzidas pelo sistema imunológico, projetadas para se ligar a um alvo específico (neste caso, proteínas da superfície das células cancerosas). Estes medicamentos ajudam o sistema imunológico a reagir e a destruir as células cancerosas.

A quimioterapia administrada junto com um anticorpo monoclonal é o tratamento padrão para a leucemia linfoide crônica. Esse tipo de tratamento é denominado quimioimunoterapia.

Os anticorpos monoclonais utilizados no tratamento da leucemia linfoide crônica são divididos em grupos baseados nas proteínas alvo.

Alvo CD20

Alguns anticorpos monoclonais utilizados no tratamento da leucemia linfoide crônica têm como alvo o antígeno CD20, uma proteína encontrada na superfície dos linfócitos B, incluindo:

  • Rituximab.
  • Obinutuzumab.
  • Ofatumumab.

O rituximab se tornou um dos principais tratamentos para a leucemia linfoide crônica. É mais frequentemente utilizado junto com a quimioterapia, como parte do tratamento inicial ou de um regime de segunda linha de tratamento, mas também pode ser utilizado isoladamente.

O obinutuzumab pode ser utilizado junto com o quimioterápico clorambucil como parte do tratamento inicial da leucemia linfoide crônica. Também pode ser usado isoladamente para casos de recidiva ou quando a doença não responde a outros tratamentos.

O ofatumumab é utilizado principalmente se a leucemia linfoide crônica não está respondendo a outros tratamentos, como quimioterapia ou outros anticorpos monoclonais, como o alemtuzumab.

Esses medicamentos são administrados por via intravenosa. Todos eles podem provocar efeitos colaterais durante ou após a infusão, como calafrios, coceira, febre, náuseas, erupções cutâneas, fadiga e dores de cabeça. Outros efeitos mais severos, como dor no peito, taquicardia, inchaço da face e da língua, tosse, dificuldade respiratória, tonturas e sensação de desmaio, também, podem ocorrer durante a infusão. Como esses tipos de reações são comuns antes da infusão são administrados medicamentos para evitá-los.

Existe também uma forma de rituximabe que é administrada sob a pele, embora a primeira dose deva ser administrada via intravenosa. Os possíveis efeitos colaterais incluem reações locais na pele, como vermelhidão na região onde o medicamento é injetado, infecções, diminuição dos glóbulos brancos, náusea, fadiga e constipação.

Todos esses medicamentos podem ativar infecções de hepatite B assintomática, o que pode levar a problemas graves de fígado. Por esse motivo, seu médico pode solicitar exames de sangue para diagnosticar sinais de uma possível infecção de hepatite antes de iniciar o medicamento. Se o resultados dos exames mostrarem sinais de uma infecção antiga por hepatite B, serão solicitados mais exames de sangue durante o tratamento para verificar se o vírus se torna ativo. Se isso acontecer, o medicamento deverá ser interrompido.

Esses medicamentos, também, podem aumentar o risco de determinadas infecções alguns meses após o medicamento ser interrompido. Por exemplo, o rituximab tem sido associado a uma doença cerebral rara conhecida como leucoencefalopatia multifocal progressiva, que é provocada por um vírus. Isso pode causar dor de cabeça, aumento da pressão arterial, convulsões, confusão, perda de visão e até mesmo a morte.

Em casos raros de pacientes com taxas elevadas dos glóbulos brancos, alguns medicamentos podem provocar uma condição denominada síndrome de lise tumoral. Isso acontece quando o medicamento destrói as células cancerosas tão rapidamente que o corpo não tem tempo hábil para liberar os produtos de degradação das células mortas. Isso geralmente ocorre apenas durante o primeiro ciclo de tratamento. Quando as células leucêmicas são destruídas, liberam seu conteúdo na corrente sanguínea, podendo sobrecarregar os rins, o que pode levar ao acúmulo de quantidades excessivas de certos minerais no sangue e até mesmo a insuficiência renal. O excesso de minerais pode provocar problemas cardíacos e no sistema nervoso. Para impedir que isso ocorra, o médico administra grandes quantidades de líquidos e medicamentos, como bicarbonato de sódio, alopurinol, febuxostate e rasburicase.

Outros efeitos colaterais podem ocorrer dependendo do medicamento administrado. Converse com seu médico sobre o que você pode esperar.

Alvo CD52

O alemtuzumab é um anticorpo monoclonal que tem como alvo o antígeno CD52, encontrado na superfície das células da leucemia linfoide crônica e de diversos linfócitos T. É utilizado principalmente se a leucemia linfoide crônica não está respondendo aos tratamentos padrões, mas pode ser utilizado em estágios iniciais da doença. Pode ser especialmente útil nos casos de leucemia linfoide crônica com deleção no cromossomo 17, que são, muitas vezes, resistentes ao tratamento padrão. Neste caso, pode ser o primeiro tratamento usado, administrado junto com o rituximabe. O alemtuzumab parece não responder em pacientes com linfonodos aumentados (mais do que 5 cm).

O alemtuzumab é administrado por via intravenosa, várias vezes por semana. Os efeitos colaterais mais comuns são febre, calafrios, náuseas e erupções cutâneas durante a injeção. Ele também pode provocar diminuição dos glóbulos brancos, o que aumenta o risco de infecções bacterianas e virais. Medicamentos antibióticos e antivirais são administrados para proteger contra algumas destas infecções, mas infecções graves e até mesmo fatais ainda podem ocorrer. Ele também pode provocar diminuição dos glóbulos vermelhos e plaquetas.


Fonte: American Cancer Society (10/05/2018)

 

Terapia Alvo para Leucemia Linfoide Crônica (LLC)

  • Equipe Oncoguia
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As terapias alvo são medicamentos que visam especificamente as alterações no interior das células que as tornam cancerígenas. Ao contrário dos medicamentos quimioterápicos padrão, que agem contra as células de crescimento rápido, esses medicamentos atacam um ou mais alvo específico nas células leucêmicas. Elas mudaram a forma como a leucemia linfoide crônica é tratada porque podem controlar a doença e os pacientes não precisam começar a quimioterapia de imediato.

Ibrutinib

O ibrutinib é uma terapia alvo que bloqueia a atividade da proteína quinase que informa às células leucêmicas para se dividirem e as ajuda a sobreviverem. Este medicamento mostrou-se útil no tratamento da leucemia linfoide crônica,  por exemplo, se houver deleção do cromossomo 17 ou se a doença recidivar após outros tratamentos.

Este medicamento é administrado por via oral. Os efeitos colaterais incluem diarreia, náuseas, obstipação, fadiga, falta de ar, inchaço dos pés e das mãos, dores no corpo e erupções cutâneas. Outros efeitos colaterais incluem anemia, neutropenia e trombocitopenia. Alguns pacientes tratados com este medicamento podem ter infecções graves. Outros efeitos colaterais também podem ser observados, por isso converse com seu médico sobre o que você pode esperar.

Idelalisib

Idelalisib é outra terapia alvo para a leucemia linfoide crônica, que bloqueia a proteína quinase denominada PI3K. Este medicamento tem ajudado a tratar a leucemia linfoide crônica após outros tratamentos terem sido realizados. É administrado por via oral, duas vezes ao dia.

Efeitos colaterais comuns incluem diarreia, febre, fadiga, náuseas, tosse, pneumonia, dor de barriga, calafrios, erupções cutâneas, anemia, neutropenia e trombocitopenia. Outros efeitos que ocorrem com menos frequência são danos ao fígado, diarreia severa, inflamação pulmonar (pneumonite), reações alérgicas graves, problemas de pele graves e perfuração intestinal.

Infecções antigas, como hepatite, podem se tornar ativas ao usar esse medicamento. O paciente pode receber medicamentos preventivos anti-infecção (profilaxia) para evitar que isso ocorra e o médico o acompanhará para observar qualquer sinal de infecção.

Venetoclax

O venetoclax tem como alvo a BCL-2, uma proteína nas células da leucemia linfoide crônica que as faz viver por mais tempo. Este medicamento é normalmente usado após pelo menos outro tratamento ter sido realizado. É administrado por via oral uma vez por dia.

Os efeitos colaterais podem incluir neutropenia, anemia, diarreia, náuseas, infecções respiratórias, trombocitopenia e fadiga. Outros efeitos que ocorrem com menos frequência são pneumonia e infecções graves.

Síndrome da lise tumoral. É outro possível efeito colateral desse medicamento. É mais comum em pacientes com grande número de células leucêmicas no corpo quando o tratamento é iniciado. Quando as células leucêmicas são destruídas, elas liberam seu conteúdo na corrente sanguínea, podendo sobrecarregar os rins, o que pode levar ao acúmulo de quantidades excessivas de certos minerais no sangue e até mesmo a insuficiência renal. O excesso de minerais pode causar problemas cardíacos e no sistema nervoso. Para evitar esses problemas, esses pacientes podem começar o tratamento com uma dose muito baixa e, em seguida, aumentar lentamente ao longo de cerca de 5 semanas, além de serem realizarem exames de sangue periódicos para se observarem qualquer sinais da síndrome da lise tumoral.

Fonte: American Cancer Society (11/06/2018)

 

 

Cirurgia para Leucemia Linfoide Crônica (LLC)

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 27/07/2015 - Data de atualização: 20/08/2018

 

 

A cirurgia raramente é utilizada como forma de tratamento da leucemia linfoide crônica, uma vez que as células leucêmicas se espalham pela medula óssea e para muitos outros órgãos através do sangue. Às vezes, é necessária uma pequena cirurgia para retirar um linfonodo para diagnosticar ou estadiar a doença.

Esplenectomia

A esplenectomia ou cirurgia para retirada do baço pode ser realizada em casos nos quais o baço está muito aumentado, pressionando os órgãos adjacentes, para melhorar alguns sintomas causados pela leucemia linfoide crônica.

A esplenectomia pode também melhorar os valores hematológicos, diminuindo a necessidade de transfusões sanguíneas. Uma das funções normais do baço é remover as células desgastadas da corrente sanguínea, e quando o baço está muito aumentado essa função deixa de ser realizada, levando a uma falta de glóbulos vermelhos e de plaquetas. A esplenectomia é realizada com mais frequência na leucemia linfoide crônica de células pilosas ou tricoleucemia.

A maioria das pessoas não apresentam problemas após realizar uma esplenectomia, entretanto o risco de contrair infecções bacterianas é maior, por essa razão recomenda-se o uso de vacinas para pacientes que retiraram o baço.

Fonte: American Cancer Society (10/05/2018)

 

 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

https://www.abrale.org.br/doencas/leucemia/llc/o-que-e/ 

http://www.oncoguia.org.br/


 

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