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sábado, 25 de junho de 2022

Câncer: Leucemia Mieloide Aguda - LMA.3

 

Leucemia Mieloide Aguda tem cura?

Quanto ao tratamento da Leucemia Mieloide Aguda, por ser uma doença heterogênea, os pacientes podem ter diferentes respostas ao tratamento. Navegue pelos diversos tratamentos e conheça as particularidades de cada um deles. Lembre-se de que somente o seu médico está apto a responder a todas as suas dúvidas, e consequentemente, a indicar o melhor tratamento para o seu caso.

 

 

COMO É  O TRATAMENTO DE QUIMIOTERAPIA PARA LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA

tratamento_de_quimioterapia_para_LMA

Normalmente, o tratamento de quimioterapia para LMA é iniciado com esquema de indução com quimioterapia, usando a combinação entre citarabina e antraciclina, seguido de 1 a 4 ciclos de consolidação com quimioterápicos ou transplante de medula óssea.

Os quimioterápicos agem nas células doentes e também nas células saudáveis. Diferentes tipos de quimioterápicos trabalham em diferentes frentes para eliminar as células leucêmicas ou para interromper a formação de novas células doentes. Por este motivo, mais de um quimioterápico é frequentemente usado. dias, seguido por um tempo de descanso. Neste tempo de descanso o corpo consegue se recuperar antes do início do próximo ciclo.

Alguns tipos de quimioterapia podem ser injetáveis, direto na veia. Na infusão intravenosa, o medicamento entra lentamente e tem duração de algumas horas ou, se for mais severa, de alguns dias. Comumente, cateteres são utilizados.

A Leucemia Mielóide Aguda é um tipo agressivo de leucemia e deve ser tratada o mais rápido possível. Normalmente o tratamento é dividido em duas fases: indução e consolidação da terapia.


Terapia de Indução

Este é o nome que se dá para a fase inicial do tratamento com quimioterapia. O resultado esperado neste momento é a remissão completa. Ela acontece quando o paciente passa apresentar menos de 5% de blastos em sua medula óssea, a contagem de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas volta ao normal e o paciente não apresenta mais os sintomas.

A intensidade do tratamento depende da idade e saúde da pessoa. Os médicos geralmente indicam a quimioterapia mais intensiva para pacientes que toleram esse tratamento (sem outras doenças importantes). Para os pacientes mais velhos ou mais debilitados, são oferecidos tratamentos menos intensivos.

O regime mais comum de indução para a LMA inclui a citarabina e a antraciclina, (daunorrubicina ou idarrubicina). A citarabina costuma ser oferecida por sete dias, enquanto a antraciclina é dada por 3 dias, na primeira semana de tratamento. Este regime se chama “7 + 3”. Outros medicamentos podem ser adicionados ou substituídos em situações específicas.

A terapia de indução destrói a maior parte de células doentes, assim como as células saudáveis. Geralmente, devido aos efeitos colaterais ou até mesmo por conta da severidade da doença, no início da terapia, o paciente pode ficar hospitalizado de 4 a 6 semanas, para obter o suporte médico, acesso a antibióticos e transfusões de sangue.

Entre 3 ou 4 semanas após completar a terapia de indução, as células saudáveis da medula óssea devem voltar e o paciente será submetido a novo estudo de medula óssea. O paciente está em “remissão completa” quando a contagem de blastos for menor que 5%, e seguirá para a fase de consolidação. Pacientes que não conseguirem este resultado podem ser indicados para um estudo clínico, para um transplante de medula óssea alogênico ou para outros regimes de quimioterapia, focados em doença refratária.

QUIMIOTERAPIA MEDICAMENTOS

Veja a seguir, alguns dos principais medicamentos usados para o tratamento da LMA:

Antraciclinas

  • Daunorrubicina
  • Doxorrubicina
  • Idarrubicina
  • Mitoxantrona

Antimetabólitos

  • Cladribina
  • Clofarabina
  • Citarabina
  • Fludarabina
  • Metotrexate
  • Mercatoporina
  • Tioguanina

Antraciclina e Antimetabólito

  • Combinação fixa de daunorrubicina e citarabina

Inibidores da topoisomerase

  • Etoposide
  • Topotecano

Agentes alquilantes

  • Ciclofosfamida
  • Carboplatina
  • Temozolomida

Agentes direcionados para t(15;17)

  • Atra
  • Trióxido de arsênico

Agentes hipometilantes

  • Azatadicina
  • Decitabina

Imunomodulador

  • Lenalidomida

Anticorpo conjugado

  • Ozogamicina Gentuzumabe

Inibidor de FLT3

  • Quizartinib
  • Sorafenib
  • Midostaurina

Terapia de consolidação

A produção de células normais deve voltar a acontecer em muitos pacientes depois de algumas semanas, após a terapia de indução ser completada. Com a contagem normal de células, as células doentes não poderão ser detectadas no sangue, e também na medula óssea.

Essa condição é chamada de “remissão”. Um número pequeno de células cancerígenas não irá interferir no desenvolvimento de células do sangue normais, mas elas podem ter um potencial de crescer e causar uma recaída da LMA. “Doença residual mínima” é o termo usado após o tratamento, quando as células doentes podem ser detectadas no laboratório usando um exame mais sensível, como o de citometria de fluxo ou PCR.

Se o paciente alcança a remissão completa, o tratamento é normalmente usado para destruir qualquer residual de células leucêmicas (doentes) do corpo. Sem uma terapia adicional, a leucemia pode até voltar em alguns meses. Para prevenir essa situação, uma terapia intensiva de consolidação é indicada após o paciente ter se recuperado da terapia de indução. O ideal é que o número de células doentes fique menor ou seja eliminado do corpo.

Existem dois tratamentos básicos para a terapia de consolidação:

  • Quimioterapia
  • Transplante de medula óssea

Para os pacientes com menor risco é oferecida quimioterapia com citarabina ou outros medicamentos. Os pacientes geralmente recebem múltiplos ciclos de quimioterapia. O número pode variar de paciente para paciente.

Pacientes com alto risco de recaída são raramente curados apenas com a quimioterapia e geralmente para eles também é indicado o transplante de medula óssea alogênico ou a participação em algum estudo clínico. Uma importante decisão para o tratamento da LMA é estimar o risco/benefício associado com o transplante de medula óssea alogênico após a primeira remissão. Isso quando o transplante oferece os melhores resultados para que a LMA não volte.

 

 

 

COMO SE DÁ O TRANSPLANTE DE MEDULA OSSEA NA LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA?

Também chamado por transplante de células-tronco hematopoiéticas, pode ser indicado para aqueles pacientes que não entram em remissão apenas com a quimioterapia, quando a doença apresenta alto risco de recaída, baseado nos exames realizados ao diagnóstico ou quando se deseja reduzir o número de ciclos de quimioterapia de consolidação.

O transplante de medula óssea permite aos médicos indicar altas doses de quimioterapia ou radioterapia. Após o tratamento, o paciente recebe uma infusão de células-tronco para repor as células destruídas pela terapia intensiva. Estas novas células-tronco restauram a medula óssea, possibilitando a formação de novas células saudáveis. Existem três tipos de transplante de medula óssea:

  • Alogênico (quando a medula óssea vem de um doador HLA compatível – irmão ou do banco de doadores) ou parente (irmão, pais, filhos) metade compatível
  • Autólogo (quando a medula óssea vem do próprio paciente)
  • Singênico (entre irmãos gêmeos)

TRANSPLANTE ALOGÊNICO

Transplante de medula óssea alogênico é o tipo de transplante de medula óssea mais comum para tratar a LMA. Na preparação, o paciente é submetido à quimioterapia, com ou sem radiação, com objetivo de matar as células doentes remanescentes e reduzir imunidade do paciente para aceitar a medula do doador. Então, o paciente recebe infusões de células-tronco advindas de um doador, que pode ser um membro da família, um desconhecido cadastrado no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) ou até mesmo de um cordão umbilical.

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O TMO alogênico cria um novo sistema imune para o paciente, que ajudará o corpo a brigar contra infecções e contra as células cancerígenas que possam ter sobrado. As células imunes transplantadas (chamadas de enxerto) enxergam as células leucêmicas no corpo como estranhas e as destrói. Isto é chamado de “efeito enxerto versus leucemia”.

Este tipo de transplante, se comparado a outros tratamentos, é associado com efeitos colaterais consideráveis, inclusive risco de mortalidade relacionado ao transplante, por isso a decisão para a sua realização também dependerá da idade do paciente e do entendimento deste sobre seus riscos/benefícios.

Após o TMO alogênico, existe o risco de o paciente desenvolver uma doença chamada “doença do enxerto versus hospedeiro” ou DECH. Ela acontece quando as células do doador (enxerto) identificam as células do corpo do paciente (hospedeiro) como estranhas e as ataca. As partes do corpo mais comumente afetadas são a pele, fígado, estômago e intestino. A doença pode se apresentar após semanas ou anos do transplante e o médico irá indicar medicamentos para prevenir e até mesmo minimizar o problema.


Transplante autólogo

O transplante de medula óssea autólogo acontece quando a medula óssea do próprio paciente é removida, congelada e armazenada após conquistar a remissão. Uma vez que as células estão congeladas, o paciente recebe altas doses de quimioterapia adicionais e/ou radioterapia. Este tipo de TMO costuma ser indicado para pacientes que não encontram um doador compatível ou que apresentam baixo risco de recidiva da doença. Na LMA, o transplante autólogo costuma ser pouco usado, em especial por promover um risco maior da leucemia voltar, já que o sistema imune não está sendo trocado.

Transplante_autologo_LMA

 

 

 

Como fica o tratamento no caso de Sistema Nervoso Central (SNC) na LMA?

Neste caso, as células leucêmicas (doentes) podem se espalhar para o líquido cefalorraquidiano, presente ao redor do cérebro e medula espinhal. Este é um problema incomum e ocorre em menos de 3% dos pacientes.

Em algumas situações de maior risco de infiltração no SNC, como leucemia com diferenciação monocítica, o especialista poderá solicitar uma punção da lombar, para analisar o líquido cefalorraquidiano.

Este é um procedimento que usa uma agulha bem fina entre os ossos da coluna até o Sistema Nervoso Central. Uma amostra do fluído é removida e examinada no microscópio para procurar células doentes.

Se encontrarem células doentes na região, o paciente precisará fazer a quimioterapia intratecal, quando os medicamentos são injetados diretamente no líquido cefalorraquidiano.

 

 

 

LEUCEMIA EM IDOSOS TEM CURA?

Saiba mais sobre como é o tratamento para paciente de LMA idosos

A LMA ocorre mais frequentemente em pessoas com idade avançada. Pelo menos metade dos pacientes recebem o diagnóstico acima dos 65 anos. Nesta idade, o tratamento é um desafio. Entretanto, as opções incluem pesquisas clínicas, quimioterapia intensiva ou menos intensiva e apenas terapias de suporte (em algumas circunstâncias).

Pacientes mais velhos estão mais pré-dispostos a desenvolver outros problemas de saúde, incluindo diabetes, pressão alta, altos níveis de colesterol, doenças cardíacas e histórico para o desenvolvimento de AVC ou problemas no pulmão. Eles também costumam tomar diversos medicamentos para controlar tais problemas de saúde, e estes medicamentos podem ter interação com aqueles usados no tratamento do câncer.

Adicionalmente, pacientes idosos também podem não apresentar condições para um tratamento mais intensivo.

É importante dizer que a idade não determina as opções de tratamento, e sim a condição física do paciente. Então, se a pessoa estiver com 70 ou 80 anos, sem sérios problemas de saúde, pode se beneficiar de um tratamento mais intensivo. Para pacientes que não são candidatos a uma terapia de indução intensa, com antraciclina e citarabina, as opções incluem agentes hipometilantes como a azatidicina e decitabina, ou doses menores de citarabina.

Diversos estudos clínicos estão à procura de novas drogas e combinações, incluindo não quimioterápicas, com foco nos marcadores genéticos da leucemia.

 

 

LEUCEMIA INFANTIL TEM CURA?

Saiba mais sobre o tratamento DA LMA infantil

Aproximadamente 20% dos casos da LMA acontece em crianças. A maioria apresenta a leucemia linfoide aguda. A melhora nas taxas de sobrevida global aumentou em crianças com LMA, mas menor se comparado à LLA.

Aproximadamente 70% dos casos da LMA em crianças alcançam remissão completa após a terapia de indução e de 60 a 65% são curados após a terapia de consolidação.

Assim como com os adultos, o tratamento para a LMA em crianças deve ser baseado em fatores citogenéticos e moleculares. O tratamento ideal baseia-se em curar a leucemia e, ao mesmo tempo, evitar os efeitos a longo prazo o máximo possível. Estes efeitos são aqueles problemas que podem aparecer até mesmo anos após o término do tratamento.

Assim como no tratamento do adulto, o tratamento da Leucemia Mielóide Aguda na infância comumente consiste em duas fases: terapia de indução e terapia de consolidação, que por sua vez são realizadas com quimioterapia intensiva e/ou transplante de medula óssea alogênico.

Crianças com LMA são tratadas, geralmente, com a terapia de indução similar à do adulto: citarabina e antraciclina, assim como daurrubicina, idarrubicina ou mitoxantrona em combinação com outros agentes como o etoposide e tioguanina. A chamada manutenção não costuma ser parte dos protocolos de LMA, exceto em casos da Leucemia Promielocítica Aguda.

As crianças geralmente recebem um tratamento de profilaxia para o sistema nervoso central, com o objetivo de prevenir que as células doentes se espalhem nesta região do corpo. Isso é chamado de quimioterapia intratecal, na qual medicamentos anti-câncer são injetados diretamente no fluído espinhal.

Eles matam as células doentes que poderiam estar no cérebro ou na medula espinhal, ainda que não tenham sido detectadas células cancerígenas na região.

A quimioterapia intratecal pode ser realizada no mesmo período em que outros quimioterápicos estejam sendo usados.


Dois subtipos de LMA na infância são tratados de maneira diferente. São eles:

LMA em crianças com Síndrome de Down.

Crianças com Síndrome de Down apresentam mais chances de desenvolver este tipo de leucemia, mas nestas crianças a LMA é mais sensível à quimioterapia. Como resultado, uma quimioterapia menos intensa pode ser usada com bons resultados de cura. Em especial se forem diagnosticadas antes dos 4 anos.

Leucemia Promielocítica Aguda em crianças.

Este subtipo da LMA representa 7% das leucemias mielóides agudas pediátricas. A Leucemia Promielocítica Aguda acontece devido a uma translocação (uma mudança genética na qual um pedaço do cromossomo parte e passa a atacar outro cromossomo) entre os cromossomos 15 e 17, chamado t(15;17). Como nos adultos, dos tipos de leucemia mieloide aguda que existem, este é geralmente tratado de forma diferente dos demais. Ele é tratado com ácido trans-retinóico (ATRA), combinado com quimioterapia ou trióxido de arsênio. O tratamento começa com a terapia de indução seguido pela terapia de consolidação e manutenção. A Leucemia Promielocítica Aguda pediátrica raramente se espalha para o cérebro ou medula espinhal, então a quimioterapia intratecal raramente é usada. As crianças com este subtipo têm altas chances de cura.

O tratamento do câncer pode causar problemas anos depois de já ter sido finalizado. Ele pode danificar alguns órgãos do corpo, tecidos ou ossos e pode causar atraso no crescimento e outros problemas. Os potenciais efeitos tardios dependem da terapia recebida, da dose e idade quando foi recebida, assim como de vários outros fatores.

Crianças e adolescentes que sobreviveram ao câncer ainda irão precisar de acompanhamento médico, justamente para observar os possíveis efeitos que podem surgir em meses e até mesmo anos. Crianças que recebem quimioterapia intensa com antraciclina e doxorrubicina, daunorabicina e idarrubicina podem ter o risco de desenvolver problemas cardíacos e devem receber um monitoramento para o coração. A antraciclina pode causar batimentos anormais do coração, fraqueza do músculo e insuficiência cardíaca congestiva.

As drogas quimioterápicas citarabina, em combinação com altas doses de metotrexate, podem passar a barreira do sangue-cerebral (a proteção em volta do cérebro) e aumentar o risco de problemas de saúde que afeta o cérebro e a medula espinhal após o tratamento. Problemas para o aprendizado também podem aparecer após alguns anos. Dentre os mais comuns estão problemas de memória, para realizar questões “rápidas” e também multitarefas.

Crianças e adolescentes que recebem o diagnóstico do câncer devem ser tratados em centros de tratamento que possuam especialistas com experiência no câncer pediátrico, garantindo, assim, que tenham o tratamento, o suporte e a reabilitação adequadas para uma melhor sobrevivência e qualidade de vida. A maioria das crianças com leucemia integram um estudo clínico. Estes estudos podem dar a oportunidade para que a criança obtenha mais opções de medicamentos que estão sendo estudados, e que podem ainda não serem oferecidos em todos os hospitais

 

 

Como tratar a LMA refratária e recorrente?

 

A maior parte dos pacientes alcança a remissão logo no início do tratamento. Entretanto, alguns pacientes têm células cancerígenas residuais na medula, mesmo após um tratamento de indução. Esta situação pode ser chamada de “leucemia refratária”. Entre 10% a 40% dos recém-diagnosticados não apresentam uma remissão completa com a terapia de indução.

 

As opções de tratamento para pacientes com leucemia refratária incluem:

  • Estudo clínico
  • Cuidados paliativos
  • Quimioterapia intensiva
  • Dentre os tratamentos mais intensivos estão:

Cladribina+citarabina+granulócitos+mitoxantrona ou idarrubicina

Altas doses de citarabina

Fludarabina + citarabina + G-CSF + idarrubicina

Etoposide + citarabina + mitoxantrona

Clofarabina + citarabina + G+CSF + idarrubicina

  • Tratamento menos agressivos

Doses menos agressivas de citarabina

Agentes hipometilantes (azaciditina ou decitabina)

Para a mutação FLT3-ITD – sorafenibe ou midostaurin

Agentes hipometilantes + agente para FLT3 (azaciditina ou decitabina + midostaurin)

 

 

NOVOS TRATAMENTOS E ESTUDOS CLÍNICOS

Atualmente, pessoas que recebem o diagnóstico de LMA são tratadas com a mesma quimioterapia que vem sendo usada há 40 anos. A Leucemia Mielóide Aguda continua sendo um dos tipos de câncer mais difíceis de tratar. Desenvolver tratamentos que curem pacientes com todas as idades e subtipos da LMA ainda é um desafio.

Dado que metade dos pacientes com LMA têm mais de 70 anos de idade, há uma grande necessidade de novas terapias para pessoas mais velhas que sejam menos tóxicas que os regimes quimioterápicos usados atualmente.


Quais são os novos tratamentos para Leucemia Mieloide Aguda recentemente aprovados?

Terapia alvo

Trata-se de um tratamento que usa drogas ou outras substâncias para bloquear a ação de certas enzimas, proteínas ou moléculas envolvidas no crescimento e sobrevida das células cancerígenas, causando menos prejuízo para as células saudáveis. Os novos medicamentos desse tipo que já estão aprovados no Brasil são:

Inibidor FLT3

Aproximadamente 1/3 dos pacientes com LMA tem esta mutação. Ela é responsável pela proliferação e sobrevivência das células doentes. A midostaurina, destinada aos pacientes adultos com LMA recém diagnosticada e que tenham a mutação do gene FLT3, é comercializada na forma de cápsula mole, para uso oral. Este medicamento deverá ser combinado com o tratamento por quimioterapia padrão de indução, primeira fase de combate às células cancerígenas, com o uso dos quimioterápicos daunorrubicina e citarabina. Na etapa da quimioterapia de consolidação, que corresponde a uma segunda fase do tratamento, a midostaurina será usada em combinação com o medicamento citarabina em altas doses. Depois, o novo medicamento será utilizado na etapa de manutenção da terapia.

Inibidor do BCL-2

Uma mutação no gene BCL-2 permite que as células do câncer invadam e escapem do processo de morte celular. O Venetoclax, um inibidor do gene BCL-2, liga-se à célula doente e a leva à morte. O medicamento vem sendo utilizado em combinação com um agente hipometilante, ou em combinação com citarabina em baixa dose, em pacientes recém diagnosticados com LMA e que não são elegíveis para quimioterapia intensiva.


Estudos clínicos

Pacientes com LMA são encorajados a participar dos estudos clínicos. Estes estudos testam novas drogas e medicamentos, antes mesmo deles serem aprovados pela ANVISA. Cada nova droga ou tratamento passa por uma série de fases antes de se tornar parte de uma terapia. Os estudos clínicos são cuidadosamente designados e rigorosamente revisados por especialistas e pesquisadores para garantir o máximo de segurança e precisão científica possível. Participar de um destes estudos pode, inclusive, ser uma das melhores opções de terapias disponíveis.

Estudos clínicos são designados para serem precisos e muito seguros. Existem estudos para pacientes recém-diagnosticados, para pacientes com doença avançada e/ou que são intolerantes ou resistentes aos medicamentos. Eles são importantes promessas para crescer o número de remissões e encontrar a cura para a LMA.


Quais são os novos tratamentos para LMA que estão sendo pesquisados?

Pesquisadores estão tentando achar novas drogas e novos esquemas de tratamentos que sejam mais efetivos e seguros para a LMA. Eles estão estudando novas substâncias e também analisando o uso daquelas já existentes oferecidas em diferentes doses e em diferentes regimes. Alguns novos medicamentos já foram aprovados para uso mas outros ainda continuam em análise.

Terapias alvo  para LMA que estão sendo pesquisadas

Inibidor FLT3

Sorafenibe, quizartinibe e crenolanib são inibidores que tem como alvo esta mutação. Gilteritinib é um inibidor de tirosina quinase para o FLT3/AXL no tratamento de pacientes com LMA refratária. Estas drogas mostraram ação contra as células cancerígenas, especialmente quando combinadas com quimioterapia.

Inibidores de IDH1 e IDH2

Estas mutações genéticas são causadas por células que permanecem imaturas e crescem muito rápido. Inibidores de IDH estão sendo estudados, incluindo o enasidenib.

Inibidores PLK

Volasertib é um potente inibidor que vem sendo estudado. A droga é designada para inibir a atividade de gene PLK1, uma enzima que regula a divisão celular. Tal inibição resulta na morte das células doentes.

Inibidor HDAC

O inibidor de histona desacetilase é uma substância que causa uma mudança química para a divisão das células. Os inibidores de HDAC estão sob estudos clínicos e incluem vorinostat, pracinostat e panobinostat.

Adicionalmente, esta terapia foi combinada com azatidicina para pacientes recém-diagnosticados, que tinham mais de 75 anos e eram inelegíveis ao uso de quimioterapia intensa.


Imunoterapia

Um tipo de terapia biológica designada para aumentar ou suprimir o sistema imune, que ajuda o corpo a brigar contra o câncer. Ela usa materiais de seres vivos ou feitos em laboratório para alcançar ou restaurar o sistema imune.

imunoterapia
Tratamento com anticorpo monoclonal

Este tratamento é um tipo de terapia alvo que está sendo estudado para tratar a LMA. Anticorpos são parte do sistema imune. Normalmente, o corpo cria anticorpos em resposta a um antígeno como as bactérias, vírus, ou até mesmo as células cancerígenas. Os anticorpos se ligam aos antígenos para ajudar a destruí-lo.

Pesquisadores estão analisando antígenos específicos, incluindo CD33, um marcador que encontra a maioria das células doentes. Gemtuzumab ozogamicin é um anticorpo monoclonal com a toxina calicheamicin anexada a ele. Quando o gemtuzumab ozogamicin se anexa ao antígeno CD33, ele resulta na morte das células mieloides. Ele vem sendo estudado em combinação com outras substâncias.

Vacina

Pesquisadores estão desenvolvendo vacinas que podem personalizar e estimular, individualmente, um sistema imune mais forte e que responda contra o câncer.

Terapia CAR-T cell

Esta é uma promessa para um novo caminho de como usar o sistema imune contra a leucemia. Para esta técnica, as células imunes, chamadas por “células T” são retiradas do sangue do paciente e alteradas em laboratório para criarem antígenos receptores quiméricos (em inglês, CARs), que irão ajudá-los a atacar as células leucêmicas. As células T, desenvolvidas no laboratório e infundidas novamente no sangue do paciente procuram as células doentes para atacá-las.

 

 

FAZER O ACOMPANHAMENTO DA LMA, ATRAVÉS DA REALIZAÇÃO DE EXAMES, É IMPORTANTE!

Alguns exames que foram realizados para diagnosticar a LMA podem ser repetidos para:

1. Acompanhar os efeitos do tratamento

Para serem tomadas decisões sobre continuar, intensificar, mudar ou parar o tratamento. Após o tratamento, os pacientes que entram em remissão e têm uma resposta completa à terapia continuam sendo examinados regularmente pelo seu médico. Avaliações da saúde como um todo, contagem de células e, se indicado, amostras da medula, também podem ser pedidas periodicamente. É possível que o tempo deste acompanhamento fique mais espaçado, mas ela continuará por um bom tempo.

2. Identificar efeitos colaterais tardios.

Crianças e jovens adultos que realizaram o tratamento para a LMA podem ter um risco maior para problemas cardíacos, outros cânceres, problemas neurológicos e cognitivos. Ao menos por um ano, estes pacientes receberão acompanhamento constante.

É importante saber a respeito dos efeitos colaterais tardios, para que qualquer problema possa ser identificado o quanto antes. O tratamento para a LMA, às vezes, causa efeitos que continuam após o final do tratamento ou até mesmo se desenvolvem mais tardiamente. Vários fatores podem influenciar o risco de desenvolver os efeitos colaterais a longo prazo, incluindo:

  • Tipo e duração do tratamento
  • Idade que deu início ao tratamento
  • Sexo e estado de saúde

A maioria dos pacientes são tratados com antraciclina e daurrubicina. A antraciclina vem sendo associada com o risco de problemas no músculo cardíaco ou doença crônica do coração. Porém, as doenças cardíacas podem aparecer somente após anos do término da terapia.

O transplante de medula óssea também está associado com efeitos colaterais tardios, incluindo infertilidade, disfunção da tireóide, fadiga crônica e risco de desenvolver um câncer secundário (em um número menor de pacientes).

 

Saiba o que significam os termos utilizados nos resultados do tratamento da LMA

Doença ativa

Quando a LMA continua presente durante o tratamento ou após o tratamento (refratária), ou quando a LMA volta após o término da terapia (recaída).


Remissão

Não há evidência de doença após o tratamento. O paciente apresenta menos de 5% de blastos na medula óssea, a contagem de células sanguíneas é normal e o paciente não apresenta sintomas.


Doença residual mínima

Quando o paciente apresenta remissão, mas células doentes são detectadas em exames mais sensíveis, como de citometria de fluxo ou PCR.


Remissão molecular completa

Não há mais evidência de células cancerígenas na medula óssea, nem mesmo constatadas usando testes bem sensíveis, como o PCR.

 

FATORES PROGNÓSTICOS QUE INTERFEREM NO TRATAMENTO DA LEUCEMIA MIELOIDE CRONICA

Vários fatores interferem nas opções de tratamento e no prognóstico do paciente, que é o desfecho provável ou o curso esperado de uma doença. Uma característica ou atributo que ajuda a prever o prognóstico é chamado de “fator prognóstico”.

Para que servem fatores prognósticos?

Os médicos usam fatores prognósticos para fazer uma previsão de como a LMA provavelmente progredirá e responderá ao tratamento. Alguns fatores prognósticos estão associados a um risco menor de que a LMA retorne após o tratamento. Estes são chamados de “fatores de risco favoráveis”. Outros fatores estão associados a um risco maior de que a LMA possa retornar após o tratamento. Estes são chamados de “fatores de risco desfavoráveis”. Há uma variedade de fatores para classificar a LMA:

1. ALTERAÇÃO CITOGENÉTICA (ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS)

As alterações cromossômicas representam um importante fator prognóstico para prever taxas de remissão, riscos de recaída e sobrevida. Nem todos os pacientes, no entanto, têm uma anomalia cromossômica. Pacientes sem uma anomalia cromossômica são geralmente classificados como risco intermediário.

A Tabela 2 abaixo lista algumas das anormalidades cromossômicas mais comuns, mas existem muitas outras. Nem todos os pacientes têm essas anormalidades.

Fator de Risco Alteração cromossômica


Favorável • Translocação entre os cromossomos 8 e 21

• Inversão do cromossomo 16

• Translocação entre os cromossomos 15 e 17


Intermediário • Citogenética normal ou alterações genéticas não classificadas como favorável ou desfavorável

• Trissomia do cromossomo 8

• Translocação entre os cromossomos 9 e 11


Desfavorável • Deleção de parte do cromossomo 5 ou 7

• Translocação ou inversão do cromossomo 3

• Translocação entre os cromossomos 6 e 9

• Translocação entre os cromossomos 9 e 22

• Anormalidades no cromossomo 11

• Perda de um cromossomo, quando a célula tem apenas 1 cópia (conhecido como monossomia)

• Alterações complexas, envolvendo 3 ou mais cromossomos

Tabela 2. Baseada nas diretrizes da National Comprehensive Cancer Network.

fatores_prognosticos_LMA


2. MUTAÇÕES GENÉTICAS (ANORMALIDADES MOLECULARES)

Os pacientes cujas células leucêmicas têm certas mutações genéticas podem ter um prognóstico melhor ou pior. Por exemplo, pacientes com leucemia mieloide aguda com mutação no gene FLT3 tendem a ter um pior prognóstico, embora os novos medicamentos que têm como alvo esse gene anormal, possam levar a melhores resultados. Mutações nos genes TP53, RUNX1 e ASXL1 também estão relacionadas a um prognóstico desfavorável. Por outro lado, os pacientes com alterações no gene NPM1 (e sem outras alterações) parecem ter um prognóstico melhor do que aqueles sem essa mutação. Alterações no gene CEBPA também estão relacionadas a um melhor prognóstico.

A Tabela 3 abaixo lista algumas das anormalidades genéticas mais comuns, mas existem outras. Nem todos os pacientes têm essas anormalidades.

Fator de Risco Alteração molecular


Favorável • Citogenética normal com mutação NPM1 na ausência de mutação FLT3-ITD

• Citogenética normal com mutação CEBPA bialélica

• Leucemias com t (8; 21)

• Leucemias com inv (16) ou t (16; 16)


Intermediário • Mutações NPM1 e FLT3-ITD

• Ausência de mutação NPM1 e FLT3


Desfavorável • Citogenética normal (cariótipo) com mutação FLT3-ITD

• Mutação TP53

Tabela 3. Baseada nas diretrizes da National Comprehensive Cancer Network.


3. MARCADORES NAS CÉLULAS LEUCÊMICAS

Em alguns estudos, se as células leucêmicas têm a proteína CD34 e/ou a P-glicoproteína (produto do gene MDR1) em sua superfície, podem não ter um bom prognóstico.


4. IDADE

Os pacientes mais velhos (acima de 60) são mais propensos a terem anormalidades cromossômicas desfavoráveis, além de, às vezes, apresentarem outras condições clínicas o que pode tornar mais difícil o tratamento com esquemas de quimioterapia mais agressivos.


5. TAXA DE GLÓBULOS BRANCOS

Uma taxa elevada de glóbulos brancos (> 100.000) no momento do diagnóstico pode estar associada a um pior prognóstico.


6. DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

Ter uma doença do sangue, como a síndrome mielodisplásica, está associada a um pior prognóstico


7. LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA RELACIONADA AO TRATAMENTO

A leucemia mieloide aguda que se desenvolve após o tratamento de um outro tipo de câncer geralmente está associada a um pior prognóstico.


8. CÉLULAS LEUCÊMICAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

A disseminação da doença para o cérebro e medula espinhal pode ser difícil de tratar, uma vez que a maioria dos medicamentos quimioterápicos não alcançam essas áreas.


9. STATUS DA LEUCEMIA APÓS O TRATAMENTO

A rapidez com que a doença responde ao tratamento também afeta o prognóstico a longo prazo. As melhores respostas têm sido associadas aos melhores resultados.

Remissão completa

É não ter evidência alguma da doença após o tratamento. Isto significa que a medula óssea contém menos de 5% de células blásticas, as taxas sanguíneas estão dentro dos limites normais e não existem sinais ou sintomas da doença.

Doença residual mínima positiva

É um termo usado após o tratamento quando as células leucêmicas não são detectadas na medula óssea por meio de exames padrão, mas com exames mais sensíveis, como a citometria de fluxo ou PCR, encontram evidências de que ainda existem células leucêmicas na medula óssea.

Doença ativa

Significa que existe evidência da doença ainda presente durante o tratamento ou que a mesma recidivou após o tratamento. Ter uma recidiva significa voltar a ter mais de 5% de células blásticas na medula óssea.

 

 

Quais são os efeitos colaterais causados pelos tratamentos de LMA?

A maioria dos efeitos colaterais são temporários e desaparecem quando o corpo se ajusta à terapia ou quando a terapia é completada. As drogas quimioterápicas atacam rapidamente a divisão das células, tanto as doentes, quanto as normais. As células da medula óssea, as células da mucosa da boca e intestino e os folículos do cabelo se dividem rapidamente e podem ser afetadas pela quimioterapia. Os efeitos da quimioterapia podem ser diferentes e depender dos medicamentos usados.


Baixa contagem de células sanguíneas

A LMA diminui a produção de células sanguíneas normais. A quimioterapia, por sua vez, é tóxica para as células saudáveis produzidas pela medula óssea. Para o paciente, isso pode resultar em severa deficiência de:

Glóbulos vermelhos (anemia)

Plaquetas (trombose e hemorragias)

Glóbulos brancos, incluindo neutrófilos e monócitos (neutropenia e monocitopenia)

A transfusão de glóbulos vermelhos e plaquetas pode ser necessária durante algumas semanas. Depois disso, geralmente a contagem das células sanguíneas volta ao normal.


Infecção

Durante o tratamento da LMA, a redução dos neutrófilos e monócitos podem levar a uma infecção por bactéria ou fungo. O risco de infecção pode aumentar por causa dos danos causados pela quimioterapia à mucosa da boca e intestino, tornando mais fácil para a bactéria adentrar o sangue. Quando a contagem dos glóbulos brancos é baixa e o risco de infecção aumenta, antibióticos são dados para prevenir ou tratar a infecção.

Como os pacientes estão mais propensos a desenvolver infecções, a equipe médica e multiprofissional, família e amigos precisam praticar frequentemente e de forma rigorosa a lavagem das mãos e também tomar cuidados para evitar expor os pacientes a riscos de bactérias e vírus, e outros agentes infecciosos.

Também é importante ter cuidados no momento de limpar o cateter.

Pacientes que estiverem em casa não devem demorar para procurar um médico se perceber que qualquer sinal de infecção está surgindo. A febre pode ser um dos principais indicadores.


Síndrome de Lise tumoral

Este é um outro potencial efeito colateral da quimioterapia. Ele pode ocorrer em pacientes que apresentam um número alto de células doentes durante a fase de indução da quimioterapia. Assim que as células cancerígenas morrem, elas se quebram e eliminam substâncias (que normalmente estão no interior dessas células) em excesso no sangue e podem causar danos para os rins e outros órgãos. A síndrome de lise tumoral pode ser prevenida com hidratação, eliminando do corpo essas substâncias e com medicação chamada alopurinol.


Outros efeitos colaterais da quimioterapia

A quimioterapia também pode afetar os tecidos que normalmente têm uma produção de células rápida e rotativa. Então, a mucosa do intestino, da pele e folículos capilares são afetados. Dentre os efeitos colaterais mais comuns, estão:

  • Ulcerações na boca
  • Diarreia
  • Perda temporária do cabelo
  • Erupções cutâneas
  • Náusea e vômitos
  • Fadiga

Os pacientes devem informar ao médico qualquer efeito colateral que surgir. Somente estes profissionais serão capazes de prescrever a medicação para prevenir ou aliviar estes efeitos, ou trocar a dosagem e até mesmo o tratamento, caso ache necessário. A quimioterapia também pode afetar a fertilidade, por isso, é importante conversar com um especialista em fertilidade, se possível antes mesmo de iniciar a quimio.

 

 

Veja abaixo uma lista de dicas para combater e como amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia

 

O tratamento da LMA, pode trazer alguns efeitos adversos ao paciente, mas é importante entender que é possível amenizá-los, seja com medicamentos ou até mesmo com a alimentação.

Aqui vão algumas dicas para te ajudar neste momento:

Contra náuseas e vômitos:

  • Prefira alimentos frios ou gelados e diminua ou evite o uso de temperos fortes na preparação dos alimentos
  • Coma pequenas porções várias vezes ao dia

Contra a diarreia:

  • Aumente a ingestão de líquidos, como água, chá, suco
  • Evite alimentos laxativos, como doces concentrados, leite de vaca, creme de leite, manteiga, queijos, verduras, cereais e pães integrais, além de frutas como mamão, laranja, uva e ameixa preta

Contra a obstipação (prisão de ventre):

  • Evite o consumo de cereais refinados (arroz branco, farinha de trigo refinada, fubá, semolina, amido de milho, polvilho)
  • Substitua alimentos pobres em fibras por alimentos ricos nesse nutriente (ex.: feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, soja, arroz integral, linhaça, aveia…)
  • Beba muita água

Contra a mucosite

  • Evite alimentos picantes e salgados com temperos fortes e alimentos ácidos (ex.: limão, laranja pera, morango, maracujá, abacaxi e kiwi)
  • Consuma preferencialmente alimentos macios ou pastosos (ex.: creme de espinafre, milho, purês, pães macios, sorvetes, flans, pudins e gelatinas) e também alimentos frios/gelados

Contra a xerostomia (boca seca)

  • Beba líquidos em abundância (ex.: água, chá, suco, sopa)
  • Aumente a ingestão de alimentos ácidos e cítricos
  • Evite alimentos ricos em sal
  • Chupe cubos de gelo ao longo do dia
  • Utilize pomadas industrializadas (“salivas artificiais”) antes das refeições

Imunidade baixa:

Pode facilitar o surgimento das infecções. A febre é o aviso de que um processo infeccioso está começando, então não deixe de procurar o médico.

 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla 

https://www.abrale.org.br/doencas/leucemia

http://www.oncoguia.org.br/

 

 

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