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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

15 -09 DIA CONSCIENTIZAÇÃO LINFOMA- Linfoma de Hodgkin - LH > II


  • Detecção precoce

    A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor numa fase inicial e possibilitar maior chance de tratamento.

    A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com a aplicação de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento) mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.

    Não há evidência científica de que o rastreamento do linfoma de Hodgkin traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.

    Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como:

    • Aparecimento de um ou mais caroços (ínguas) sob a pele, geralmente indolor, principalmente no pescoço, virilha ou axilas
    • Febre e suores noturnos
    • Cansaço e perda de peso sem motivo aparente
    • Coceira na pele

    Na maioria das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em poucos dias.

 

Diagnóstico

Linfoma de Hodgkin - LH

 

 

Um dos primeiros sinais é a presença dos gânglios aumentados (carocinhos). O especialista deve fazer um exame bem apurado,  apalpando as regiões em que os nódulos linfáticos são mais fáceis de detectar, como axilas, pescoço e virilhas.

Mas é importante saber que o aumento dos gânglios pode acontecer em locais imperceptíveis, como na região do abdome e tórax. Daí  a importância de se realizar exames de imagem.

 

Qual exame detecta o Linfoma de Hodgkin?

diagnostico_para_linfoma_de_hodgkin

O hemograma completo (exame de sangue) deverá ser pedido, isso porque nele constam importantes dados utilizados em avaliação de risco da doença.

A partir dos sintomas, o médico também irá solicitar uma biópsia do linfonodo, que será avaliada em laboratório. Nesse momento, então, já será possível saber se o paciente tem ou não o linfoma. Vale a pena informar que a aspiração do linfonodo por meio de agulha não é adequada, porque o estudo da sua arquitetura é extremamente importante para o diagnóstico.

A biópsia da medula óssea (quando um pedacinho do osso da bacia é retirado) também pode ser solicitada, para ver se não houve comprometimento da medula óssea.

Os exames de imagem, além de serem úteis para o diagnóstico do linfoma, são também solicitados para mostrar a extensão da doença e se outros órgãos foram atingidos. São eles:

Tomografia computadorizada

O equipamento possui uma mesa na qual o paciente fica deitado para a realização do exame. E é por meio de raio-x, que pequenas fatias de regiões do corpo são avaliadas, o que torna possível identificar se algum linfonodo ou órgão do seu corpo está aumentado.

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Tomografia computadorizada.

Ressonância magnética

Este método utiliza ondas eletromagnéticas para a formação das imagens, o que permite uma avaliação dos órgãos internos de uma maneira mais abrangente. Entretanto, este exame não é um procedimento utilizado com tanta frequência, como a tomografia computadorizada, para detectar linfoma.


PET SCAN

O que é pet scan?

Pet Scan é um exame que mede as variações nos processos bioquímicos. Isso é muito bom, pois pode ajudar a mostrar se um gânglio linfático aumentado faz parte da doença ou se é uma alteração benigna. O exame Pet scan também pode identificar se pequenas áreas do corpo contém a doença e até se o linfoma está respondendo ao tratamento.

 

 

  • Tratamento

    O linfoma de Hodgkin, na maioria dos casos, é uma doença curável quando tratado adequadamente. O tratamento clássico é a poliquimioterapia, quimioterapia com múltiplas drogas, com ou sem radioterapia associada. No momento do diagnóstico, dependendo do estádio da doença, pode-se estimar o prognóstico do paciente com o tratamento. O esquema ou protocolo de quimioterapia utilizado de rotina no INCA é denominado ABVD. Esta sigla identifica as iniciais das medicações utilizadas no tratamento: A de “Adriamicina”, B de “Bleomicina, V de “Vimblastina” e D de “Dacarbazina”. A quantidade de ciclos de quimioterapia dependerá da avaliação do estádio inicial do tumor. Os pacientes podem ser classificados como portadores de doença localizada ou doença avançada.

    Para os pacientes que sofrem recaídas, ou seja, retorno da doença, ou que não respondem ao tratamento inicial, as alternativas vão depender da forma inicial de tratamento. As opções empregadas usualmente, e com indicações relativamente precisas, são a poliquimioterapia e o transplante de medula óssea.

    Os pacientes devem ser seguidos continuamente após o tratamento, com consultas periódicas, cujos intervalos podem ir aumentando progressivamente.

 

 

Linfoma de Hodgkin tem cura?

O objetivo do tratamento do Linfoma de Hodgkin é conduzir o paciente à remissão da doença. Conheça as opções de tratamento existentes, porém lembre-se de que somente seu médico está apto a avaliar qual deles é o mais indicado para você:

 

O que é quimioterapia?

quimioterapia

É um tratamento que utiliza medicamentos extremamente potentes no combate ao câncer, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes.

Sua administração é feita em ciclos, com um período de tratamento, seguido por um período de descanso, para permitir ao corpo um momento de recuperação. Ela pode ser oral ou aplicada direto no sangue, por meio de um cateter.


Efeitos da quimioterapia no organismo

Alguns efeitos colaterais podem surgir, como enjoo, diarreia, obstipação, alteração no paladar, boca seca, feridas na boca e dificuldade para engolir. Mas saiba que existem medicamentos para amenizá-los.

A queda de cabelo também costuma acontecer, pois a quimioterapia atinge as células malignas e também as saudáveis, em especial as que se multiplicam com mais rapidez, como os folículos pilosos, responsáveis pelo crescimento dos cabelos. Nessa fase, busque por alternativas como lenços, bonés, chapéus ou perucas, caso se sinta mais à vontade.

A imunidade baixa durante a quimioterapia, comum a esta fase do tratamento, pode facilitar o surgimento das infecções. A febre é o aviso de que um processo infeccioso está começando, então não deixe de procurar seu médico. Se for necessário, medicamentos serão administrados.


Alguns protocolos de quimioterapia mais utilizados são:

Linfoma de Hodgkin clássico

  • ABVD – A: Adriamicina B: Bleomicina V: Vimblastina D: Dacarbazina
  • BEACOPP – B: Bleomicina E: Etoposideo A: Doxorrubicina C: Ciclofosfamida O: Vincristina P: Procarbazina P: Prednisona
  • DHAP – Cisplatina, Citarabina e Dexamatesona
  • ICE – Ifosfamida, Etoposideo e Carboplatina

Predomínio linfocitário nodular

  • ABVD – A: Adriamicina B: Bleomicina V: Vimblastina D: Dacarbazina
  • R-CHOP – Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina, Rituximabe
  • R-CVP – Ciclofosfamida, Vincristina, Prednisona

 

 

O que é radioterapia

É um procedimento que utiliza radiações ionizantes, para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Mas tudo vai depender da doença ou do quadro clínico de cada paciente.

Ela pode ser feita isoladamente ou em conjunto à quimioterapia.


Radioterapia efeitos colaterais

Como efeitos colaterais, pode apresentar problemas de pele, como ressecamento, coceira, bolhas ou descamação. Mas também é possível tratá-los com produtos especiais. Converse com o médico.

 

 

Conhecido popularmente como transplante de medula óssea, é indicado em poucos casos, quando o paciente não responde aos outros tratamentos, mas tudo vai depender de fatores como condição clínica e idade da pessoa. Se a medula óssea não estiver acometida, o próprio paciente será o seu doador, no chamado transplante autólogo.

Ele acontece com as próprias células do paciente. As células-tronco são coletadas por meio de uma veia ou por meio de coleta direta da medula óssea em ambiente de centro cirúrgico, congeladas e armazenadas (criopreservação).

Após a coleta e criopreservação, o paciente é submetido a um regime de quimioterapia em altas doses, chamado de condicionamento, que tem o intuito de eliminar todas as células.

Esse regime quimioterápico leva, consequentemente, à destruição da medula óssea do paciente. Por isso, após a quimioterapia, as células-tronco previamente coletadas são descongeladas e infundidas no próprio paciente.

POS_TRANSPLANTE_DE_MEDULA_OSSEA


Pós-Tratamento

Nesta fase ocorre a aplasia medular.

E o que é aplasia medular?

É o período de queda do número de todas as células do sangue. Quando a medula óssea começa a funcionar novamente (geralmente em torno de 2-4 semanas após a infusão) pode-se dizer que houve a pega da medula. 

Inicia-se com a pega de glóbulos brancos, em seguida dos glóbulos vermelhos e por último, plaquetas. Mesmo depois da pega da medula, o monitoramento médico continua sendo essencial, porque complicações tardias podem acontecer até mesmo um ano pós-transplante.

A alta só será possível no momento em que a medula óssea estiver funcionando bem, ou seja, produzindo as células do sangue que protejam o paciente contra infecções, hemorragias e sem anemia.

 

 

IMUNOTERAPIA

Pacientes que não respondem à quimioterapia (refratários) ou que recidivam após transplante de medula óssea autólogo podem apresentar indicação de utilizar anticorpo monoclonal.

Os anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico para combater infecções, e os anticorpos monoclonais, também conhecidos por imunoterapia, são produzidos em laboratório com o objetivo de agir em um alvo específico. Com isso, a imunoterapia faz com que o próprio sistema imunológico do paciente reconheça as células doentes e as ataque. São eles:

•Brentuximabe vedotim

•Rituximabe

•Nivolumabe

•Pembrolizumabe

 

 

O tratamento pode trazer alguns efeitos adversos ao paciente, mas é importante entender que é possível amenizá-los, seja com medicamentos ou até mesmo com a alimentação.

Aqui vão algumas dicas para te ajudar neste momento:

Contra náuseas e vômitos:

  • Prefira alimentos frios ou gelados e diminua ou evite o uso de temperos fortes na preparação dos alimentos
  • Coma pequenas porções várias vezes ao dia

Contra a diarreia:

  • Aumente a ingestão de líquidos, como água, chá, suco
  • Evite alimentos laxativos, como doces concentrados, leite de vaca, creme de leite, manteiga, queijos, verduras, cereais e pães integrais, além de frutas como mamão, laranja, uva e ameixa preta

Contra a obstipação (prisão de ventre):

  • Evite o consumo de cereais refinados (arroz branco, farinha de trigo refinada, fubá, semolina, amido de milho, polvilho)
  • Substitua alimentos pobres em fibras por alimentos ricos nesse nutriente (ex.: feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, soja, arroz integral, linhaça, aveia…)
  • Beba muita água

Contra a mucosite

  • Evite alimentos picantes e salgados com temperos fortes e alimentos ácidos (ex.: limão, laranja pera, morango, maracujá, abacaxi e kiwi)
  • Consuma preferencialmente alimentos macios ou pastosos (ex.: creme de espinafre, milho, purês, pães macios, sorvetes, flans, pudins e gelatinas) e também alimentos frios/gelados

Contra a xerostomia (boca seca)

  • Beba líquidos em abundância (ex.: água, chá, suco, sopa)
  • Aumente a ingestão de alimentos ácidos e cítricos
  • Evite alimentos ricos em sal
  • Chupe cubos de gelo ao longo do dia
  • Utilize pomadas industrializadas (“salivas artificiais”) antes das refeições

 

 

 

 

 







obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

https://www.gov.br/inca/pt-br

https://www.abrale.org.br/

 

 

 

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