Equipe Oncoguia
- Data de cadastro: 22/09/2014 - Data de atualização: 05/02/2018
A terapia hormonal geralmente é o primeiro tratamento para pacientes com câncer de mama avançado receptor de hormônio positivo. Idealmente, é administrado junto com inibidores de CDK4/6 (Palbocilcibe, Ribociclibe ou Abemaciclibe, quando disponíveis). Os hormonioterápicos bloqueiam o estrogênio ou impedem a sua produção e freiam a progressão do tumor, já que este seria dependente do estrogênio para proliferar. Em muitas pacientes, ajuda a controlar a doença e impede que ela se agrave por um período de tempo longo.
A escolha da hormonioterapia depende do estado menopausal da paciente e dos tratamentos realizados anteriormente.
Existem diversos tipos de tratamentos hormonais. Alguns bloqueiam diretamente a ligação do estrogênio no receptor de estrogênio nas células tumorais, enquanto outros suprimem sua produção pelos ovários ou pelo tecido adiposo. Alguns medicamentos como o tamoxifeno e os inibidores da aromatase, são administrados via oral. Outros, como a goserelina ou fulvestranto, são injetáveis.
Terapias Hormonais comumente usadas no Tratamento do Câncer de Mama Avançado
Medicamento
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Estado Menopausal
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Forma de Administração
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Anastrozol
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Pós-menopausa
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Oral
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Exemestano
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Pós-menopausa
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Oral
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Fulvestranto
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Pré e Pós-menopausa
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Injetável
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Goserelina
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Pré-menopausa
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Injetável
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Letrozol
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Pós-menopausa
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Oral
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Leuprolide
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Pré-menopausa
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Injetável
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Acetato de megestrol
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Pré e pós-menopausa
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Oral
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Tamoxifeno
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Pré e pós-menopausa
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Oral
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Hormonioterapia para Mulheres na Pré-Menopausa
Para as mulheres na pré-menopausa, a hormonioterapia geralmente começa com a supressão ovariana. Isto reduz os níveis de hormônio no corpo de modo que o tumor não possa obter o estrogênio necessário para crescer. Isso pode envolver cirurgia para remover os ovários (ooforectomia) ou, mais frequentemente, o uso de medicamentos (como a goserelina ou leuprolida) para bloquear a produção de hormônios pelos ovários.
O tamoxifeno também é utilizado para tratar o câncer de mama avançado em mulheres na pré-menopausa. Para as mulheres cuja doença se disseminou durante o tratamento adjuvante (pós-operatório) com tamoxifeno, obviamente esta medicação não pode continuar a ser usada no tratamento da doença metastática.
A combinação de supressão ovariana e tamoxifeno pode melhorar a sobrevida em relação a qualquer outro tratamento isolado.
Hormonioterapia para Mulheres na Pós-Menopausa
A hormonioterapia para mulheres na pós-menopausa pode ser realizada com um inibidor da aromatase, tamoxifeno ou outro medicamento antiestrogênio, como o fulvestranto. Se o primeiro tipo de medicamento parar de responder e a doença começar a avançar, um segundo medicamento pode ser usado. Se o segundo medicamento também parar de responder, tenta-se outro e assim por diante. Em algum momento, embora isso possa levar anos, a hormonioterapia quase sempre deixa de ser eficaz. Nesse momento, a quimioterapia pode ser recomendada.
A supressão ovariana não é útil para as mulheres na pós-menopausa porque os ovários já pararam de produzir grandes quantidades de estrogênio. Entretanto, as mulheres na pós-menopausa ainda produzem uma pequena quantidade de estrogênio no tecido adiposo e nas glândulas suprarrenais.
Hormonioterapia e Inibidores de CDK4/6 (Palbociclibe e Ribociclibe)
CDK4 e CDK6 são enzimas importantes na divisão celular. Os inibidores de CDK4/6 são uma classe de medicamentos destinadas a interromper o crescimento das células cancerosas.
Os inibidores de CDK4/6 palbociclibe, abemaciclibe e ribociclibe estão aprovados para o tratamento do câncer de mama em diversos países, e deverão estar disponíveis no Brasil ao longo de 2018. Esses medicamentos são usados em combinação com a hormonioterapia para tratar o câncer de mama avançado, receptor de hormônio positivo, HER2-negativo.
A associação destas medicações à hormonioterapia proporciona um controle muito mais prolongado da doença do que a utilização isolada de hormonioterapia. Este prolongamento do controle da doença ocorre tanto em primeira linha de tratamento (inibidor de CDK4/6 associado a Letrozol ou outro inibidor de aromatase) quanto em segunda linha (associado a Fulvestranto). Não há dados que permitam dizer, até o momento, que um inibidor de CDK4/6 seja melhor que outro. Também não há nenhum dado que permita recomendar a troca de um pelo outro quando da progressão de doença. Ou seja, inibidores de CDK4/6 deverão ser usados uma vez no tratamento do câncer metastático, sempre em associação com um hormonioterápico.
Hormonioterapia e Everolimus
Os inibidores de mTOR são uma forma de terapia alvo, que pode aumentar os benefícios da hormonioterapia. O inibidor de mTOR everolimus é um medicamento aprovado para o tratamento de câncer de mama avançado receptor hormonal positivo, HER2-negativo em mulheres na pós-menopausa. Alguns estudos mostraram que a combinação do everolimus com o inibidor de aromatase exemestano pode ser mais eficaz que o exemestano sozinho.
Everolimus é administrado via oral.
Efeitos Colaterais do Everolimus. Os possíveis efeitos colaterais incluem úlceras na boca, infecções, erupção cutânea, fadiga, diarreia, diminuição do apetite e raramente problemas pulmonares.
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abs
Carla
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