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sábado, 20 de outubro de 2018

Câncer de Mama Avançado : Importância de saber se o Câncer de Mama Avançado tem Receptores Hormonais ou HER2


Equipe Oncoguia
 - Data de cadastro: 25/11/2014 - Data de atualização: 04/10/2018
No caso da doença metastática, além de definir se trata de doença RE positiva e/ou HER2+, entram no processo decisório sobre o tratamento ideal a informação sobre tratamentos prévios, local das metástases, tolerância prévia a determinadas medicações, possibilidade de infusão endovenosa (ou não), apenas para citar alguns.
Assim, existem algumas poucas regras gerais para o tratamento, mas que são moduladas por outras características individuais de cada paciente. Cada paciente deve portanto discutir suas particularidades com seu médico.
Os cânceres de mama são classificados pelo aspecto chamado de histológico (determinado pelo patologista que vê o tecido da biópsia ao microscópio) como carcinoma ductal invasivo, carcinoma lobular invasivo, carcinoma inflamatório, e outros. Além desta classificação, os cânceres têm de ser caracterizados quanto à presença ou ausência de receptores hormonais [receptor de estrogênio (RE) e receptor de progesterona (RP)] e quanto à hiperexpressão (ou não) da proteína denominada de HER2.

RE e RP. Os tumores podem apresentar expressão de apenas um dos receptores hormonais, ambos ou nenhum. Além disso, a expressão pode ser intensa ou fraca. A importância disso reside em que as células que apresentem estes receptores hormonais devem receber como parte do tratamento a hormonioterapia. Isto se aplica tanto na doença em fases iniciais (tratamento adjuvante), quanto na doença avançada (metastática). Na doença metastática, pode ser usada uma sequência de hormonioterápicos, que em alguns casos controla a doença por muitos anos. Quanto mais intensa a presença destes receptores nas células tumorais, melhor a eficácia da hormonioterapia no tratamento do câncer avançado.

HER2. A hiperexpressão da proteína HER2 na superfície das células malignas faz com que elas possam ser alvejadas pela chamada terapia anti-HER2. Esta terapia alvo deve fazer parte do tratamento dos casos de câncer HER2+ tanto na doença em estágios iniciais (como parte do tratamento chamado de neoadjuvante ou adjuvante) quanto do tratamento da doença metastática. No caso do tratamento neoadjuvante (pré-operatório), pode ser necessária a utilização de dois anticorpos (pertuzumabe e trastuzumabe) ou só um (trastuzumabe), sempre em associação com quimioterapia. No caso da doença metastática, temos à disposição quatro tipos de terapia anti-HER2: trastuzumabe, pertuzumabe, lapatinibe e T-DM1. Em alguns casos pode-se associar mais de uma destas medicações. Em outros casos, uma ou duas podem ser associadas à quimioterapia. Há casos em que elas são associadas à hormonioterapia, se o tumor tiver tanto hiperexpressão de HER2 quanto presença dos receptores hormonais na superfície.

Para câncer de mama metastático receptor positivo, idealmente o tratamento deve sempre incluir a hormonioterapia até que esta deixe de ser eficaz. Há um crescente interesse na utilização de medicações que quando associadas à hormonioterapia, fazem com que o tratamento hormonal controle por mais tempo a doença, retardando a necessidade da quimioterapia. O melhor exemplo atual desta estratégia são os chamados inibidores de CDK 4/6, que já estão aprovados em diversos países há anos e têm aprovação pela ANVISA no Brasil desde o início de 2018. Exemplos desta classe de medicação são o palbociclibe, ribociclibe e abemaciclibe. A associação destas medicações à hormonioterapia tende a se tornar o padrão de tratamento da doença metastática RH+.

Para tumores que não expressam nem HER2 nem RE ou RP, o tratamento sistêmico deve ser baseado em quimioterapia. Há diversos quimioterápicos com eficácia no tratamento do câncer de mama. A escolha de qual quimioterápico usar leva em conta tratamentos e toxicidades prévias, idade e condição geral da paciente.

Pode-se também lançar mão de medicação que inibe o chamado fator endotelial de crescimento, bevacizumabe. Esta medicação é usada em algumas situações selecionadas.




Fonte: American Cancer Society ((15/09/2016) )
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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