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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Câncer de Mama : Câncer de Mama Inflamatório

Equipe Oncoguia
 - Data de cadastro: 05/10/2014
- Data de atualização: 20/06/2017

O câncer de mama inflamatório é raro e difere dos outros tipos de câncer de mama quanto aos sintomas, prognósticos e tratamento:
O câncer de mama inflamatório não parece um câncer de mama típico. Muitas vezes, não apresenta um nódulo e pode não aparecer na mamografia, o que dificulta o diagnóstico.
O câncer de mama inflamatório tende a ocorrer em mulheres mais jovens.
As mulheres negras parecem ter um risco aumentado em relação as mulheres brancas.
O câncer de mama inflamatório é mais comum entre mulheres obesas.
O câncer de mama inflamatório tende a ser mais agressivo, cresce e se dissemina mais rapidamente do que os tipos mais comuns de câncer de mama.
O câncer de mama inflamatório está sempre em um estágio localmente avançado quando é diagnosticado porque as células cancerígenas se desenvolveram na pele. Isso significa, pelo menos estágio IIIB.
Na maioria dos casos, o câncer de mama inflamatório já está disseminado no momento do diagnóstico, o que torna mais difícil o tratamento.
Sinais e Sintomas
O câncer de mama inflamatório provoca uma série de sinais e sintomas, a maioria dos quais se desenvolve rapidamente e podem começar simultaneamente, podendo incluir:
Espessamento da pele da mama.
Vermelhidão em mais de um terço da mama.
A mama pode se tornar mais rígida.
Alteração da textura da pele da mama (similar a casa da laranja).
Inversão do mamilo.
Inchaço da pele de modo que uma mama pareça maior que a outra.
Aumento da temperatura da mama.
Aumento do peso da mama comparando com a outra.
Dor e coceira na mama.
O eritema, calor e prurido são sintomas comuns de infecção ou inflamação da mama, assim como a mastite se a mulher estiver grávida ou amamentando. Como esses problemas são muito mais comuns do que o câncer de mama inflamatório, o médico pode, inicialmente, suspeitar que a causa seja uma infecção e tratá-la com antibióticos.
Este pode ser um bom primeiro passo, mas se os sintomas não melhorarem dentro de 7 a 10 dias, será necessária a realização de exames para diagnosticar a causa. A possibilidade de ser um câncer de mama inflamatório deve ser considerada se a mulher que apresentar esses sintomas não estiver grávida ou amamentando, e se já teve a menopausa.
Se você apresentar algum desses sintomas, isso não significa que você tenha câncer de mama inflamatório, mas que você deve consultar um médico imediatamente para que a causa seja diagnosticada e, se necessário, iniciado o tratamento.
Diagnóstico
Se existe suspeita de um câncer de mama inflamatório um ou mais dos seguintes exames de imagem podem ser realizados:
Mamografia
Ultrassom.
Ressonância magnética.
Tomografia computadorizada.
Tomografia por emissão de pósitrons.
O exame físico e outros exames podem levar à suspeita de câncer de mama inflamatório mas será necessária a realização de uma biópsia para a confirmação diagnóstica da doença.
As células cancerosas da amostra de biópsia serão classificadas de acordo com as características de anormalidade que foram observadas. Também serão realizados exames para determinadas proteínas que ajudarão a decidir quais tratamentos serão úteis. As células serão testadas para os receptores hormonais. As mulheres cujas células de câncer de mama possuem receptores hormonais provavelmente se beneficiarão de tratamento com medicamentos de terapia hormonal. As células cancerosas também são testadas para ver se contêm a proteína HER2/neu.
Estadiamento
O câncer de mama inflamatório disseminado além da mama e para os linfonodos próximos é estágio IV.
Todos os outros cânceres de mama inflamatórios são estágio III. Se o câncer se disseminou para os linfonodos em torno da clavícula ou do tórax é estágio IIIC. Caso contrário é estágio IIIB.
Taxa de Sobrevida
O câncer de mama inflamatório é considerado um câncer agressivo porque cresce rapidamente e é provável de já estar disseminado no momento do diagnóstico, além da probabilidade de recidivar após o tratamento comparando com a maioria dos outros tipos de câncer de mama. O prognóstico geralmente não é tão bom como a maioria dos outros tipos de câncer de mama.
As taxas de sobrevida são baseadas em resultados anteriores de um grande número de mulheres que tiveram a doença, mas não se pode prever o que vai acontecer no caso específico de uma paciente. Muitos outros fatores podem afetar o prognóstico de uma pessoa, como a idade, estado de saúde geral, tratamentos recebidos anteriormente e resposta da doença ao tratamento.. Somente seu médico pode dizer se os números abaixo se aplicam ao seu caso.
Essas taxas de sobrevida são baseadas em pacientes diagnosticadas há anos. Entretanto, recentes melhorias terapêuticas podem resultar em um prognóstico mais favorável para as pacientes que estão sendo agora diagnosticadas com câncer de mama inflamatório.
Os dados abaixo são de um banco de dados, do Instituto Nacional do Câncer, dos Estados Unidos, de pacientes diagnosticadas com câncer de mama inflamatório, entre 1990 e 2008.
A taxa de sobrevida mediana para mulheres com câncer de mama inflamatório estágio III é de 57 meses.
A taxa de sobrevida mediana para mulheres com câncer de mama inflamatório estágio IV é 21 meses.
Tratamento
O câncer de mama inflamatório que não se disseminou além da mama ou para os linfonodos próximos corresponde ao estágio IIIB ou IIIC. Na maioria dos casos, o tratamento é quimioterapia para reduzir o tamanho do tumor, seguida de cirurgia para retirar a lesão. A radioterapia é administrada após a cirurgia e, em alguns casos, pode ser seguida de mais quimioterapia.
O câncer de mama inflamatório avançado (estágio IV) é tratado com quimioterapia, hormonioterapia e/ou terapia alvo.
Novidades
Estudos comparando o DNA e outras moléculas do câncer de mama inflamatório com os tipos usuais de câncer de mama mostraram algumas diferenças importantes. Os pesquisadores acreditam que algumas dessas diferenças são responsáveis ​​pela maneira única e agressiva que o câncer de mama inflamatório se desenvolve e dissemina. Entender essas diferenças levará a melhores tratamentos que visem as mudanças celulares específicas para o câncer de mama inflamatório.

Fonte: American Cancer Society (18/08/2016)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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