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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

SUS vai fornecer remédio para tratamento de derrame cerebral


Segundo determinação da Justiça Federal, o Sistema Único de Saúde agora terá de oferecer medicamento Alteplase para tratar AVC isquêmico

Agência Brasil
A Justiça Federal determinou em decisão publicada nesta última segunda, 13, que o Sistema Único de Saúde (SUS) passe a fornecer o medicamento Alteplase para tratamento de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. A decisão da juíza da 16ª Vara Federal de São Paulo Tânia Regina Marangoni estipula prazo de 30 dias para que o remédio passe a ser oferecido gratuitamente.

O Ministério da Saúde informou à Agência Brasil que já fez uma consulta pública e irá incluir, em menos de um mês, o processo de incorporação do Alteplase para tratamento de AVC. Segundo o órgão, o medicamento começou a ser usado pelo sistema público no ano passado para casos de infarto agudo do miocárdio.


Na ação que originou a decisão, o Ministério Público Federal (MPF) disse que vem solicitando desde 2009 explicações do ministério sobre porque o não é fornecido pela rede pública. Em casos de AVC isquêmico, quando uma obstrução de um vaso interrompe o fluxo sanguíneo para o cérebro, o Alteplase dissolve o coágulo e normaliza a passagem do sangue.


O Secretário Nacional de Atenção a Saúde, Helvécio Magalhães, ressaltou, no entanto, que é necessário um estudo cuidadoso antes de incluir novos itens na lista de medicamentos do SUS. “Incorporação tecnológica tem padrões para ser realizada, não pode ser pela pressão do laboratório, da indústria ou outros interesses. Às vezes um laboratório entra com uma ação através de um paciente para forçar a incorporação no SUS”.


Segundo Magalhães, com base nas internações do ano passado, a inclusão do Alteplase entre os medicamentos disponibilizados pela rede pública poderá atender cerca de 170 mil pessoas. O secretário destacou ainda que o Ministério da Saúde estima aumentar em R$ 500 milhões até 2014 os gastos para qualificar o atendimento aos vitimados por AVC. Desse montante, R$ 70 milhões serão destinados à compra de medicamentos.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,sus-vai-fornecer-remedio-para-tratamento-de-derrame-cerebral,835713,0.htm

Alterações cerebrais caracterísitcas da doença de Alzheimer podem provocar falhas do pensamento já na meia-idade

Uma alta concentração da proteína beta-amilóide no cérebro influencia o desempenho cognitivo até mesmo de adultos de meia-idade saudáveis. Esse é o principal resultado de uma pesquisa que acaba de ser publicada pela revista Neurology, periódico oficial da Academia Americana de Neurologia. Já é bem reconhecido que a Doença de Alzheimer é caracterizada por um depósito expressivo dessas proteínas no cérebro.

A pesquisa avaliou 137 adultos com idades entre 30 e 89 anos, com alto nível educacional e sem problemas cognitivos. Todos os voluntários foram submetidos a exame de imagem PET scan do cérebro que permite estimar o contingente de depósitos da proteína beta-amilóide. Além disso, teste genético para o gene da apolipoproteína E também foi realizado. A presença do alelo 4 neste exame está associado a uma maior concentração cerebral da proteína beta-amilóide e maior risco da Doença de Alzheimer.

Os resultados mostraram que os indivíduos mais velhos apresentaram uma concentração maior de beta-amilóide e que 20% daqueles com mais de 60 anos apresentavam alta concentração da proteína no cérebro. Essas altas concentrações estavam associadas a um menor desempenho nos testes de memória de trabalho, raciocínio lógico e velocidade de processamento de informação. Esse grupo com alto grau de beta-amilóide apresentava mais freqüentemente o alelo de risco para doença de Alzheimer do que aqueles com pouco depósito de beta-amilóide (38% x 15%).

Novos estudos poderão concluir se esses depósitos de proteínas em cérebros na meia-idade representam um maior risco de desenvolver a Doença de Alzheimer. Por enquanto, podemos começar ou continuar a fazer aquilo que já sabemos que ajuda a prevenir a doença: atividade física regular, manter o cérebro ocupado e o peso em dia, comer peixe, se possível duas vezes por semana, e evitar substâncias tóxicas ao cérebro como o cigarro e o excesso de álcool.