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terça-feira, 22 de maio de 2018

Modelo Prático de Organização de Rotina de cuidados

modelo prático


  em Demências e Alzheimer/Terapia Ocupacional por 


Abaixo, trazemos um exemplo de modelo prático para a organização da rotina de cuidados para um idoso dependente.

Sendo assim, gostaríamos hoje de exemplificar o que é um modelo prático de rotina.

A primeira coisa a fazer (depois de todos os cuidados descritos nos 2 artigos mencionados acima), é entender se todas as atividades importantes estão relacionadas na rotina. Lembrando sempre que é extremamente importante respeitar as capacidades do idoso em questão. Além disso, devemos estar sempre atentos para flexibilizar e adaptar a rotina quando necessário. Em caso de portadores de doenças neuro-degenerativas, a evolução do quadro vai exigir adaptações periódicas.
A nossa lista de atividades diárias deveria conter:
  • Horários de Alimentação e preparação das refeições. O idoso deve ser envolvido na preparação das refeições quando tiver interesse e capacidade para executar as tarefas relativas a esta atividade.
  • Cuidados com a casa. Neste caso, vale a mesma observação – envolver o idoso na medida de seu interesse e capacidade de execução.
  • Cuidados com a higiene pessoal. O cuidador (profissional ou familiar) deve estar atento e ajudar somente quando for necessário.
  • Atividades sociais. Muitos idosos, por diversos motivos, preferem ficar em casa e não gostam de receber visitas. Nestes casos, o cuidador sempre deve insistir para que o idoso participe de eventos sociais. Sabemos que a sociabilidade é um fator muito importante para saúde mental.
  •  Atividades físicas. Se possível, a atividade física deve ter acompanhamento profissional (Educador Físico ou Fisioterapeuta). Quando houver possibilidade de atividade em grupo, melhor.
  • Atividades Criativas, Intelectuais e/ou Espirituais.

A tabela abaixo é um modelo prático de organização da rotina de um adulto mais velho.

Veja que montamos uma tabela em que há descriminação dos dias da semana e horários. Em nosso exemplo, não colocamos sábado e domingo simplesmente por questões de tamanho da figura. Se você for montar uma tabela como esta, sugerimos incluir todos os dias da semana.
Este é um exemplo que deve ser adaptado à realidade de cada pessoa. Ler um livro, pode significar que o cuidador vai ler um livro em voz alta para o idoso. Jardinagem, pode significar que o idoso vai apenas mexer na terra com suas mãos, sem utilizar ferramentas. Todas as atividades devem ser adaptadas para a realidade de cada indivíduo. Nosso objetivo aqui é mostrar como pode ser feita a organização da rotina. Na imagem abaixo, traduzimos o texto acima em tabela.
Modelo prático para a terceira idade
Tabela exemplificando um modelo prático.Não estamos propondo que a rotina acima seja seguida literalmente por qualquer pessoa.

Fonte: Alz.org
obs. conteúdo meramente informativo
abs
Carla
https://idosos.com.br/modelo-pratico-de-organizacao/

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Exercícios Físicos para quem tem Retinopatia Diabética

Retinopatia Diabética e exercícios para o Idoso



  em Exercícios Físicos  por 


A Retinopatia Diabética é uma doença associada ao quadro de Diabetes. Causa alterações estruturais nos vasos sanguíneos da retina podendo provocar problemas de visão. Em alguns casos, leva à cegueira se não tratada.

Existem dois tipos:
  • Não Proliferativa: fase inicial da doença. Há a detecção de danos aos vasos do fundo do olho causando hemorragias e vazamento de liquido da retina.
  • Proliferativa: diagnosticada quando os vasos da retina ou do nervo óptico não conseguem trazer os nutrientes para o fundo do olho. Há um grande risco da perda de visão.

A prescrição do Exercício Físico deve ter cuidados mais específicos. Além de todos as precauções que o portador de Diabetes já deve tomar, quando há Retinopatia:

  • Retinopatia Não Proliferativa leve: não há restrições. Porém, sempre deve-se acompanhar os exames oftalmológicos anuais.
  • Retinopatia Não Proliferativa moderada: deve-se evitar atividades que aumentem, de forma drástica, a pressão arterial como levantamento de peso com cargas que exijam muito esforço e bloqueios de respiração. Acompanhar avaliações oftalmológicas a cada 4 a 6 meses.
  • Retinopatia Não Proliferativa grave: procura-se evitar esportes de alto impacto e choque direto como algumas artes marciais, esportes com raquete e bola. Estar atualizado com as avaliações oftalmológicas a cada 2 a 4 meses.
  • Retinopatia Proliferativa: estão indicadas apenas Atividades Físicas de baixo impacto como natação, caminhada na esteira, bicicleta ergométrica. São contra-indicados também os esportes de choque e alto impacto citados acima. Estes esportes aumentam os riscos de hemorragia vítrea (sangramento na parte interna e posterior do olho) ou descolamento da retina.  Recomendam-se avaliações mensais ou bimestrais.
Se o diabético portador de Retinopatia fizer o tratamento com fotocoagulação a laser, deve-se esperar de de 3 a 6 meses para o início ou reinício do Programa de Exercícios Físicos.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://idosos.com.br/cuidados-na-retinopatia-diabetica/

Organizando a Rotina de Idosos: 5 considerações importantes.



  em Terapia Ocupacional  por 

Quando falamos em organizações do dia a dia, estabelecer cronogramas, agendas ou tabelas, precisamos primeiramente entender para qual finalidade vamos propor essas organizações. Rotina não é simplesmente uma tabela pendurada na parede com horários e as atividades que devem ser realizadas. Ela pode ser muito mais que isso.

A palavra rotina sugere uma sequência dos procedimentos, dos costumes habituais.

Quando falamos de rotina para idosos, não podemos nos esquecer de contemplar seus hábitos. As atividades que fazem parte da história de vida de cada idoso devem ser respeitadas. Para propor organizações no dia a dia de uma pessoa mais velha, é importante individualizar as necessidades e prioridades a serem exploradas. Por esse motivo, a observação de sinais e sintomas, que progressivamente podem estar aparecendo no comportamento dos idosos, merece destaque na organização da rotina. A ideia é propor ações que possam favorecer estímulos e atividades que minimizem ou mesmo retardam os avanços das doenças progressivas, como a Doença de Parkinson ou as Demências.
A organização de rotinas contribui para a diminuição da ansiedade, da irritabilidade, da instabilidade e da ociosidade. A inatividade do idoso tem sido uma preocupação dos profissionais da área da gerontologia. Pessoas que passam todo o tempo do dia deitadas ou em frente de uma televisão, sem saber o que está assistindo, preocupam. Claro que devemos entender qual a situação de cada um e o que é possível propor para ele. Porém, mesmo em casos de doenças progressivas em estágios avançados é possível propor estímulos sensoriais. Músicas, estímulos táteis (massagens), estímulos olfativos (sentir o cheiro dos alimentos, frutas, perfumes e cremes) e conversas em família que podem favorecer afeto e aproximação.

A seguir algumas considerações importantes para a organização de rotinas para os idosos:

  1. Elabore um modelo visual adequado com a situação do idoso. Se necessário, ao invés de escrever utilize figuras que representam a atividade.
    Lembre-se de respeitar a idade do idoso e não infantilizar.
  2. Respeite os hábitos e costumes dos idosos. Mantendo inclusive os horários das atividades prévias quando for possível. Identifique as atividades da vida diária e promova destaque para novas atividades que irão compor a rotina. Exemplo: banho, café da manhã, LEITURA DO JORNAL, caminhada, almoço, descanso, lanche da tarde, ouvir música, jantar, conversa em família, hora de dormir. Destaque com letra diferente ou cor aquela atividade que ainda não está incorporada na rotina e precisa de investimento para acontecer.
  3. Lousas brancas magnéticas e ímãs favorecem uma boa organização da rotina. Os imãs podem ser confeccionados com letras ou figuras das atividades principais desenvolvidas pelo idoso, descrevendo, dia, mês e ano e os horários dos compromissos.
  4. A rotina feita dia a dia pode ser mais favorável do que a rotina da semana completa. Um dia por vez pode gerar menos confusão e ansiedade. Organizar junto com o idoso como será seu dia e o que irá acontecer é muito importante. Além de poder acompanhar com o idoso o que já foi realizado e o que ainda falta para realizar. Pensar nas atividades que ele mais gosta de fazer e intercalar com as atividades de maior resistência, favorece ambientes menos estressantes.
  5. Privilegiar ações de estímulos cognitivos que possam envolver o idoso. Leituras, músicas, cozinhar usando receitas de culinárias, desenhos e artes em geral, podem ser incluídas na rotina de acordo com interesses e habilidades dos idosos. Importante que ao menos uma ou duas vezes na semana haja um acompanhamento para favorecer essas atividades. Mesmo que de forma adaptada, respeitando as condições do idoso para participar da atividade proposta.

Além disso, é importante pensar em atividades sociais para a rotina.

Promover e favorecer saídas com o idoso. Pequenas caminhadas, atividades físicas, alongamentos e passeios ao ar livre são importantes. Participações em grupos para terceira idade, atividades religiosas (que fazem parte da história de vida do idoso) podem favorecer novos estímulos, novos encontros e ser incorporado na rotina. Eleger um dia especifico para esse tipo de atividade é muito importante. Idealmente, que possa ser fixo na semana do idoso, favorecendo ritmos e frequências para que a atividade aconteça.
Importante fazer revisões constantes da rotina. Verificar aquelas atividades que deram certo e aquelas que não foram bem incorporadas. Usar da criatividade e propor novas ações que promovam novos estímulos, melhorando as habilidades remanescentes. Também uma melhor qualidade de vida para o idoso e toda sua família.

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://idosos.com.br/organizando-a-rotina/

6 Dicas para montar um Plano de Atividades para um Idoso

idoso executando plano de atividades
  em Terapia Ocupacional  por 

Gradativa e progressivamente, estamos ganhando mais expectativa de vida. Com isso, um significativo aumento da população idosa. Assim, estão surgindo desafios importantes:
  • Como desfrutar dessa etapa da vida e ocupar o tempo de forma satisfatória?
  • Como promover a realização de atividades tanto no nível individual como social, para que os idosos possam se manter ativos e envolvidos em ações que façam sentido para eles?

Estamos falando sobre criar um plano de atividades para manter a autonomia e a independência dos idosos durante o maior tempo possível.

Lembrando que: Autonomia é a capacidade de tomar as próprias decisões. Independência é a capacidade de executar as diversas tarefas do cotidiano.

Para exemplificar, segues dois exemplos:
  • Uma pessoa que teve um derrame (acidente vascular cerebral) e perdeu o movimento de uma das pernas. Ela pode não ser independente para andar, necessitando de ajuda para essa atividade da vida diária. Mas ela continua autônoma, com condições de tomar decisões, fazer escolhas conscientes sobre sua vida.
  • Por outro lado, uma outra pessoa com o diagnóstico de Alzheimar na fase inicial/ intermediaria pode ser independente para andar e conseguir subir em um ônibus  sem auxilio. Mas não sabe qual é  o ônibus e para onde é o  seu destino. Assim, não tem autonomia para tomar as decisões sobre sua vida.
Com base nesses exemplos, vemos que é fundamental entender cada situação especifica que cada idoso apresenta. É necessário propor ações que, de alguma forma, possam manter o idoso participativo, respeitando suas reais condições.
Está claro que precisamos promover um cuidado diferenciado para os adultos mais velhos, de acordo com sua realidade. Precisamos montar um plano de atividades em que o idoso seja responsável por realizações que possam promover o bem estar e uma melhor qualidade de vida. Independentemente do processo que cada idoso esteja enfrentando. Seja a instalação de doenças crônicas degenerativas progressivas (como Alzheimer, Parkinson, etc) ou doenças mentais (depressão, transtornos da  ansiedade, alterações do pensamento, por exemplo). Ou ainda, situações frutos de algum acidente ou queda.

Não podemos deixar que o idoso se distancie do convívio e das relações sociais. O idoso que, gradativamente, vai deixando de participar das atividades do dia a dia da sua própria casa e do seu auto cuidado, acaba se isolando. Assim, fica ocioso e, muitas vezes, mais debilitado. Um bom plano de atividades pode reverter este quadro.

Para montar um plano de atividades específico, é imprescindível entender o que de fato faz parte da história e dos interesses dos idosos. Isso pode garantir sua participação na realização das atividades. Para isso é importante considerar:
  1. Real condição do idoso realizar a atividade oferecida. Ex: se for pedir para o idoso escrever uma lista de compras, ou um recado, ter certo que ele consiga escrever.
  2. Identificar interesse em fazer a atividade. Não forçar o idosos a fazer determinadas atividades, especialmente quando estas não fazem e não fizeram parte da sua história. Ex: assistir a filmes, lavar a louça, cozinhar, etc.
  3. Adequar atividades para o melhor desenvolvimento e participação. Exemplo: Se for pedir para o idoso molhar as plantas, escolher  plantas que estejam em uma altura acessível e que se molhar o chão não haja risco de escorregar.
  4. Favorecer um ritmo de participação na atividade. Evitar que as atividades sejam esporádicas e sem continuidade. Garantir que sejam diárias, ou semanais de acordo com a prática proposta. Por exemplo, aula de pintura às 5as feiras.
  5. Escolher atividades simples e que permitam a presença do idoso, no ambiente em que o cuidador ou familiar está. Por exemplo, se estiver cozinhando, permita que o idoso lave as saladas, prove os sabores,  nomeie os alimentos, entre outras.
  6. Focar nas habilidades que o idoso ainda apresenta preservadas e investir para a manutenção dessas atividades. Exemplo: se o idoso consegue ler e escrever, podemos favorecer atividades diárias de leitura. Pode-se reservar um momento do dia para o idoso ler as notícias do dia.
É fundamental também manter o idoso em grupos ou atividades sociais (grupo de canto, grupo de atividade física, grupos de orações, entre outros), favorecendo o convívio, a interação social e uma melhor qualidade de vida.
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abs
Carla
https://idosos.com.br/dicas-para-plano-de-atividades/

Como Escolher Atividades na fase inicial do Alzheimer

escolher atividades para a terceira idade



  em Demências e Alzheimer  por 


Escolher atividades para o dia-a-dia é uma das principais dúvidas das famílias com Alzheimer.
Existem profissionais especializados em escolher atividades, organizar a rotina e acompanhar a evolução do paciente com demência. Tanto o Terapeuta Ocupacional quanto o Gerontólogo são capacitados para isso. Se há disponibilidade, recomendamos que estes profissionais sejam procurados.

Porém, quando não temos acesso a estes serviços, podemos seguir alguns princípios para escolher atividades para nossos familiares com Alzheimer ou outras demências.

A primeira coisa que devemos ter em mente é que portadores de Alzheimer não precisam abrir mão das atividades que gostam de fazer imediatamente após o diagnóstico. As pessoas podem continuar a cumprir suas tarefas e manter suas atividades. Conforme suas habilidades forem sendo afetadas pela doença, estas mesmas atividades, muitas vezes, podem ser adaptadas. Por fim, quando as perdas cognitivas forem muito significativas, as atividades devem ser substituídas.
As vantagens de deixar que o portador de Alzheimer continue a viver sua vida são muitas. Primeiro, em relação à sua própria qualidade de vida: quanto mais indenpente, por mais tempo, melhor sua auto-estima e qualidade de vida. Manter sua rotina significa evitar comportamentos indesejados como agitação e confusão.
Na fase inicial da demência, o paciente pode demonstrar falta de interesse por atividades antes prazerosas. Neste momento, é importante ajudar a pessoa a manter o interesse por tal atividade. Discutir abertamente os motivos da falta de interesse e suas preocupações, ajuda. A partir destas conversas, pode-se adaptar a atividade. Por exemplo, participar de programas sociais com muitas pessoas ao mesmo tempo pode ser estressante. Mas, não se deve deixar de participar desta atividade. Uma alternativa é escolher grupos menores.
Outra atividade importante, já abordada neste portal é o controle das próprias finanças. Devemos deixar que o idoso continue a controlar seu dinheiro, mas tendo atenção. Conforme for perdendo a capacidade de tomar decisões, esta tarefa deve passar progressivamente a uma pessoa de confiança.
Portanto, não precisamos alterar radicalmente as rotinas e atividades dos portadores de Alzheimer em fase inicial. Precisamos sim estar atentos para ir adaptando tais atividades e tarefas à nova realidade funcional e cognitiva que a doença vai trazendo.

Fonte: Alz.org
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abs
Carla
https://idosos.com.br/como-escolher-atividades/

Quem são os Dependentes do Segurado pelo INSS

terceira idade e seus dependentes  em Ética e Cidadania  por 




Alguns familiares podem entrar como dependentes de assegurados pelo INSS.
Diz o artigo 16 da Lei no. 8213, de 24 de julho de 1991 (Lei de Benefícios).

Art.16. São beneficiários do Regime Geral da Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:

I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei no. 13.146, de 06/07/2015);
II – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. ( Redação dada pela Lei no. 13.146, de 06/07/2015).
O enteado e o menor tutelado poderão ser equiparados a filho à vista de declaração. Ou seja, o cidadão segurado do INSS deve declarar que reconhece o menor como filho e comprovar sua dependência econômica por meio de documentos.
A condição de  companheira e companheiro é aceita pelo INSS. Porém, é necessário provar união estável com o segurado ou com a segurada, numa convivência pública, contínua e duradora entre ambos, estabelecida com a intenção de constituir família.
A companheira ou o companheiro do mesmo sexo integra o rol de dependentes do INSS, desde que a união estável seja comprovada. Portaria MPS no. 513, de 09 de dezembro de 2010.
O  Cônjuge separado de fato, divorciado ou separado judicialmente tem o direito ao benefício previdenciário de pensão alimentícia, mesmo que esse benefício já tenha sido concedido à companheira ou companheiro.
Gostaria de compartilhar um acórdão, cujo objeto é justamente uma das comprovações aqui referidas. Dependentes podem entrar com ação judicial para receber pensão. No caso, é o desejo de se comprovar união estável para fins de pensão por morte.

Na íntegra, o v. acórdão que declarou improcedente o pedido de pensão por uma possível dependente:

ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR MORTE. UNIÃO ESTÁVEL. COMPANHEIRA. “UNIÃO ESTÁVEL PARA FINS DE PENSÃO POR MORTE”. CONSIDERÁVEL DIFERENÇA DE IDADE ENTRE OS COMPANHEIROS. ESCRITURA PÚBLICA DE UNIÃO ESTÁVEL DESACOMPANHADA DE PROVAS ROBUSTAS DO VÍNCULO DO CASAL. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO.
1 – Ainda que escritura particular de união estável possa comprovar união estável para fins de pensão por morte do servidor, a presunção não é absoluta e pode ser ilidida por outros elementos de prova constantes dos autos.
2 – Quando existe diferença considerável de idade entre o casal e a prova não traz elementos concretos para evidenciar o vínculo afetivo e a efetiva existência da união estável entre os companheiros, não há direito à pensão apenas porque a pretensa beneficiária da pensão residisse sob mesmo teto com o servidor.
3 – Nessas situações, o julgador deve considerar o conjunto probatório para verificar se existe ou não existe união estável que justifique a pensão por morte, não se admitindo apenas basear seu convencimento em escritura pública lavrada pelo casal e em elementos genéricos de provas trazidos aos autos. É que a união estável pressupõe convivência com intenção de constituir família e vínculos de afeto entre o casal, todos capazes de deixar provas materiais que poderiam ser trazidos a juízo para corroborar a escritura pública, como por exemplo: registro de certidão de óbito da condição do casal; fotos, cartas, cartões, etc.; evidências de convivência do casal; participação da beneficiária da pensão na sucessão dos bens do servidor falecido; declaração conclusiva de testemunhas, etc.
4 – Se não há prova robusta da união estável nos autos, não se admite que apenas escritura pública de união estável seja suficiente para comprovar o direito à pensão por morte. 5 – Recurso provido. Ação julgada improcedente. Pensão indevida. (TRF4,APELREEX5003352-19.2012.404.71.10, Quarta Turma, Relator p/ Acórdão Candido Alfredo Silva Leal Junior, juntado aos autos em 11/12/2013).
Por esse razão, insistimos, sempre, neste site, comparecer ao Posto do INSS da sua cidade. Quando o assunto for Previdência Social, o caminho administrativo é pelo INSS, sempre.
Nos casos de ajuizamento de ação, o caminho é a Defensoria Pública de sua cidade.
Procure, sempre, a orientação de um advogado especializado.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://idosos.com.br/dependentes-do-segurado/

domingo, 13 de maio de 2018

Dias das Mães

A imagem pode conter: flor




Quero que saibam do meu afago por cada Cuidador que se tornaram as Mães e os Pães de suas mães.
 
Receba este buquê de flores, esta humilde homenagem e deixo minha interminável gratidão a cada uma por me ensinar a cada dia.
 
Que Deus as abençoe infinitamente e mesmo as mães que não se fazem mais presentes, sintam se abraçadas no dia de hoje. 

abs.fraternos,

Carla 

Feliz dia das mães!




Filho Predileto.
"Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido, aquele que ela mais amava.
E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu: “Nada é mais volúvel que um coração de mãe.
E como mãe, lhe respondo: o filho dileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma…
É o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que está estudando, até que aprenda.
O que está nu, até que se vista.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namora, até que se case.
O que casa, até que conviva.
O que é pai, até que os crie.
O que prometeu, até que se cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que cale.
E já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou:
O que já me deixou…
até que o reencontre."

Erma Bombeck

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Mais Algumas Considerações sobre Cuidados Pós-operatórios

terceira idade e os cuidados pós-operatórios.  em Saúde  por 


Há alguns dias, falamos sobre os cuidados pós-operatórios para idosos em geral. Hoje, vamos expor alguns cuidados em casos específicos.

O médico que acompanha o paciente há mais tempo (idealmente, um Geriatra), juntamente com o médico responsável pela cirurgia são os profissionais mais bem preparados para indicar os cuidados pós-operatórios para o paciente no hospital e após a alta hospitalar.

Um paciente que foi internado após uma queda, deveria passar por uma análise de risco. Deve-se entender quais são as chances deste idoso cair novamente. A família deve buscar alterações que tragam mais segurança na residência deste indivíduo. Além disso, a necessidade de fisioterapia e outras terapias para reabilitação precisam ser recomendadas pelo médico quando necessárias. Quando houve fratura após queda, este paciente deve passar necessariamente por uma investigação de osteoporose. Em caso positivo para osteoporose, o paciente deve iniciar tratamento o mais rápido possível.
Pacientes diabéticos devem ter um controle rígido da glicemia durante os primeiros dias de pós-operatório. A glicemia é um fator que influencia muito o sistema imunológico. Portanto, tem impacto significativo na recuperação após uma cirurgia. Além disso, pacientes diabéticos tem risco maior de desenvolver nefropatias e insuficiência renal nos primeiros dias após a cirurgia.
A insuficiência renal aguda ocorre mais em pessoas com 70 anos ou mais, com insuficiência cardíaca e/ ou que sofreram uma intervenção mais complexa, como cirurgia de aorta, cirurgia cardíaca, etc. Nestes casos, deve-se ter atenção redobrada para reduzir os riscos.
Quando há insuficiência supra-renal, normalmente os pacientes devem seguir o tratamento com hidrocortisonas como um dos cuidados pós-operatórios. Normalmente, este tratamento é iniciado no dia da cirurgia e dura mais 48 horas.
Pessoas com probelmas de fígado ficam expostas a um risco maior de desequilíbrio das funções hepáticas. Nestes casos, a avaliação pré-operatória tem papel importante para evitar problemas durante a cirurgia e no período de recuperação. Neste caso, a avaliação pré-operatória deve conter exames para avaliar capacidade de coagulação do sangue e outras funções.

Fonte: Guía Práctica para La asistencia del Paciente Geriátrico, 3a edição.
 obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://idosos.com.br/sobre-cuidados-pos-operatorios/

Cuidados e Tratamento Pós-operatório de Idosos

terceira idade e o pós-operatório  em Saúde  por 



Na semana passada, relatamos os principais riscos de acontecimentos adversos durante e após uma cirurgia. Neste artigo, abordaremos o tratamento pós-operatório.
Os pacientes de idade mais avançada podem precisar de um período de reabilitação variável. Muitas vezes, o ideal é se recuperar com atenção multi-profissional em casa ou em clínicas especializadas.

Dependendo do tipo de cirurgia e do estado de saúde, o cuidado pós-operatório precisa ser feito, além de acompanhamento médico, por enfermeiros, fisioterapeutas, etc.

O médico que acompanha o paciente deve orientar a família sobre os cuidados necessários em cada caso.
Algumas vezes, o idoso pode apresentar delírio pós-operatório. As causas mais comuns deste fenômeno são medicamentos usados, desequilíbrios eletrolíticos e/ ou desidratação, anemia, pneumonia ou infecção urinária. Na grande maioria dos casos, este delírio é reversível assim que as causas são eliminadas. Porém, pessoas que sofrem de demência podem apresentar quadros mais graves e mais difícil de reverter.
Os medicamentos a serem evitados ou minimizados em caso de delírio pós-operatório são os anticolinérgicos (comuns no tratamento da doença de Alzheimer), benzodiazepinas (medicamentos de uso psiquiátrico) e anti-histamínicos (anti-alérgicos). Porém, a equipe médica deve avaliar constantemente a necessidade de um tratamento anti-psicótico.
A avaliação diária do estado cognitivo ajuda a controlar os pacientes durante o período pós-operatório. Desta maneira, é possível identificar as alterações cognitivas mais sutis e possibilitar ações mais rápidas e eficientes.
Outros problemas comuns no pós-operatório é a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar. Os maiores fatores de risco são já ter sofrido uma troboembolia venosa, a imobilização ou falta de movimentação, a obesidade, a presença de neoplasias, a fibrilação atrial e/ ou insuficiência cardíaca. Por isso, entre outras ações de prevenção, recomenda-se que os pacientes comecem a caminhar nos corredores do hospital assim que possível. Existem medicas de profilaxias trombóticas que devem ser realizadas de acordo com as avaliações médicas de risco.
Dores relacionadas à cirurgia devem ser controladas convenientemente com analgésicos e anti-inflamatórios necessários.
A função intestinal também deve ser acompanhada pela equipe multi-profissional de saúde pois é comum haver constirpação.
As infecções mais comuns no pós-operatório são pneumonia e infecção urinária. Quando acontecem, o paciente necessita de maior atenção médica e tratamento rápido e adequado.
Fonte: Guía Práctica para La asistencia del Paciente Geriátrico, 3a edição.
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abs
Carla
https://idosos.com.br/pos-operatorio/

Avaliações e Ações Pré-Operatórias para Idosos

avaliação médica na terceira idade  em Saúde  por 



Avaliações de saúde são necessárias em muitos casos.

Quando pacientes de idade mais avançada precisam se submeter a uma cirurgia, avaliações médicas se tornam ainda mais importantes.

Uma intervenção cirúrgica num idoso traz mais riscos de morte e complicações que num adulto mais jovens.

Nestes momentos, o Médico Geriatra desempenha um papel muito importante. Não somente na avaliação pré-operatória, como também acompanhando a evolução do estado cardíaco, pulmonar e cognitivo do paciente após a operação. Também é função do Geriatra sugerir métodos e procedimentos que diminuam os riscos durante a cirurgia.
As avaliações pré-operatórias mais importantes são:
  • Avaliação Cardíaca: deve-se avaliar o risco de acidentes coronários (problemas com os vasos sanqüíneos que irrigam o coração). Há casos em que exames de imagem e provas de esforço podem ser requeridas pelos médicos. Os grupos de maior risco, que devem fazer avaliações mais completas são:
    • Pacientes que se submeteram a procedimentos de revascularização nos últimos 5 anos.
    • Pacientes com cardiopatia isquêmica.
  • Avaliação Pulmonar: as complicações pulmonares mais comuns no pós-operatório são pneumonia e insuficiência respiratória (com necessidade de uitilizaçõa de ventilação mecânica). Os fatores de risco a serem controlados são:
    • Anestesia com duração maior que 4 horas.
    • Obesidade mórbida.
    • Presença de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) ou Asma.
    • Tabagismo, principalmente para quem fuma mais de 20 cigarros ao dia.
  • Avaliação Cognitiva: delírio e confusão pós cirurgia são mais comuns em pacientes acima de 70 anos. Atingem principalmente pessoas com antecedentes de alcoolismo, com demência e/ ou com problemas de visão ou audição.
Para reduzir os riscos dos problemas mais comuns (descritos acima), pode-se adotar um tratamento pré-operatório com beta-bloqueadores. As drogas beta-bloqueadoras, como Atenolol, Metoprolol e Bisoprolol, são capazes de bloquear os receptores beta da noradrenalina. São medicamentos usados normalmente para controle da pressão arterial. Outro procedimento comum é o médico receitar um antibiótico alguns dias antes da cirurgia. Para pacientes asmáticos ou com DPOC, há a alternativa de tratamento profilático com broncodilatadores.
Parar de fumar (de 4 a 8 semanas antes da cirurgia) é bastante importante para evitar problemas pulmonares.

Fonte: Guía Práctica para La asistencia del Paciente Geriátrico, 3a edição.

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Carla
https://idosos.com.br/avaliacoes-pre-operatorias/