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quinta-feira, 30 de abril de 2015

ANTIDEPRESSIVOS OU TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL NO PACIENTE DIABÉTICO?

A depressão é uma das comorbidades mais frequentes em pacientes com diabetes, tendo um impacto importante sobre o controle glicêmico. É como se fosse um círculo vicioso no qual a depressão piora o diabetes e o diabetes intensifica a depressão. O presente estudo comparou a eficácia comparativa de longo prazo entre a terapia cognitiva comportamental (TCC), específica para o diabetes e o tratamento farmacológico com o antidepressivo sertralina.
Um estudo randomizado e controlado foi conduzido em setenta centros na Alemanha comparando a eficácia de doze semanas de TCC e sertralina em pacientes portadores de DM1 ou DM2, com mau controle glicêmico (média de A1C = 9,3%) e depressão maior. Após o período de observação de doze semanas, os pacientes que responderam ao tratamento (redução ≥50% na escala de Hamilton para a avaliação da intensidade da depressão) foram incluídos num estudo de um ano, no qual os pacientes com TCC foram encorajados a usar biblioterapia (terapia baseada em leitura) e os pacientes com sertralina receberam tratamento continuado. Os parâmetros avaliados foram a variação dos níveis de A1C e a redução ou remissão da depressão após um ano de seguimento.
Após doze semanas, 45,8% dos pacientes responderam ao tratamento antidepressivo e foram incluídos na fase de avaliação adicional por um ano. Após um ano, os níveis de A1C apresentaram redução de -0,27%, sendo que não houve diferenças estatisticamente significantes entre as duas intervenções quanto ao impacto no nível de A1C. Por outro lado, a depressão melhorou em ambos os grupos, com uma vantagem significativa para a sertralina.
Os autores também concluíram que a TCC e a sertralina em monoterapia não são suficientes para tratar pacientes diabéticos que apresentem depressão e mau controle glicêmico.
Referência bibliográfica:
1. Petrak F, Herpertz S, Albus C et al. Cognitive Behavioral Therapy Versus Sertraline in Patients With Depression and Poorly Controlled Diabetes: The Diabetes and Depression (DAD) Study. Diabetes Care. Published online before print February 17, 2015, DOI: 10.2337/dc14-1599.

Informações do Autor

Dr. Augusto Pimazoni Netto
Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim – Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP 

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extraído:http://www.diabetes.org.br/ultimas/antidepressivos-ou-terapia-cognitiva-comportamental-no-paciente-diabetico

quarta-feira, 29 de abril de 2015

DOENÇA DE ALZHEIMER - SOL POENTE

A síndrome do Pôr do Sol leva os portadores de doenças neurológicas e degenerativas, como o mal de Alzheimer, a um agravamento dos seus sintomas no final da tarde e durante a noite, sem causa aparente. Neste período é comum que hajam mais episódios de delírios, confusão mental e dificuldades para dormir, principalmente se o portador da doença for um idoso.
Até a presente data não se sabe exatamente o que causa este agravamento, sendo recomendado apenas aos cuidadores destes pacientes, por medidas de segurança, uma atenção maior à eles.



Publicado em 21 de dez de 2012
O vídeo fala sobre as fases da demência de Alzheimer e também sobre como lidar com portadores da demência. Fala também sobre a síndrome do Sol poente, que acomete os portadores da doença de alzheimer e traz mais agressividade ao final do dia.
Vídeo Reportagem sobre a Doença de Alzheimer feito para conclusão do curso de Jornalismo da PUC-Campinas. Autoras: Mariana Whitehead, Marcela Bordon e Analice Tonizza.
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extraído:http://alzheimereocuidador.blogspot.com.br/2013/05/doenca-de-alzheimer-sol-poente.html

DIABETES, UMA AMEAÇA SILENCIOSA À ECONOMIA AMERICANA

Artigo traduzido por Hilton Sousa. O original está aqui. Só relembrando, o caminho que os americanos já trilharam na estrada do diabetes, é o mesmo que estamos (e o resto do mundo) trilhando nesse instante. por Kelly Close Flying Money
A obesidade custa caro. Este fato está claro nas pesquisas e dados históricos. Alguns dos custos são surpreendentes (US$2.5 bilhões em gasolina desperdiçada). Outros representam injustiça real (mulheres negras obesas ganham 34% menos que o resto dos trabalhadores). E outros custos ainda são universais (mais de US$8 bilhões perdidos com uma força de trabalho menos produtiva); Mas por mais significantes que estas quantidades diversas sejam, elas são quase irrelevantes quando comparadas aos custos resultantes do tratamento de saúde que resultam da obesidade. US$316 bilhões em 2010. Só essa quantia – que chega a US$3.500 por americano – é forte o suficiente. US$10 por segundo, US$601 por minuto, US$36.060 por hora. Mas tal valor – estimado pelo Prof. John Crowley da Universidade Cornell – mascara duas tendências ainda mais fortes e preocupantes.
Primeiro, a vasta maioria dos custos de saúde citados estão associados e motivados pela epidemia de diabetes tipo 2, a proporção assombrosa da qual é quase certamente maior do que podemos imaginar. E segundo, estes custos estão aumentando mais rápido do que imaginamos. Exponencialmente. Aumentada em 48% em 5 anos, sem sinal de desaceleração. E com o número de diagnósticos de diabetes previsto para crescer de 24 para 44 milhões de pessoas em 2034, o efeito composto dos custos aumentados e a prevalência da doença resulta não apenas numa questão de saúde pública, mas numa crise nacional.
A diabetes custa à nossa nação mais que a soma de todos os conflitos americanos desde a II Guerra, de acordo com o Serviço de Pesquisa do Congresso. Esta analogia é pertinente, porque representa a maneira como deveríamos pensar sobre o problema: como um desafio nacional (isso para não falar do aspecto internacional) que vai afetar cada pessoa e ameaçar o nosso estilo de vida. Se colocarmos de lado os paralelos em termos de sofrimento humano em massa, as implicações de custo da epidemia de diabetes ameaçam nossa sobrevivência econômica mais do que qualquer desafio internacional que já tenha aparecido. Certamente, em termos de escala e urgência, a crise por vir está na mesma liga dos desafios ambientais que enfrentaremos nas próximas décadas – uma história similar na qual fechamos nossos olhos e ouvidos e nos recusamos a fazer mudanças de curto-prazo que poderiam resultar em ganhos sérios no longo-prazo.
A conversa nacional acerca do diabetes é inadequada em relação às consequências da epidemia. É uma diâmica complexa que situa-se na interseção da psicologia humana, vontade política (ou falta dela) e a aparentemente ilusiva natureza das soluções. Consciência é um passo inicial crítico. A Fundação diaTribe, que eu presido, está primariamente devotada a informar e empoderar todos aqueles potencialmente afetados pelo diabetes e pré-diabetes. E vamos ser claros – estou falando de cada americano individualmente. Mas a solução potencial para as implicações dos custos maciços pode também estar na economia.
A prevenção, e primariamente a promoção de estilos de vida mais saudáveis, é melhor atingida quando um incentivo financeiro é um componente – seja através de programas de incentivo ao fitness em locais de trabalho agradáveis, taxas que dissuadam as pessoas de fazer escolhas não-saudáveis, ou a necessidade desesperada de garantir que comidas mais saudáveis estejam disponíveis a preços competitivos. Nós não vivemos num ambiente que motiva as pessoas a fazer as escolhas corretas de alimentos e atividade física. Como solução, a escolha saudável tem que ser a escolha fácil. Pode estar também nos centros econômicos e de inovação da nova economia, que soluções para o diabetes sejam encontradas. Além dos avanços tradicionais (embora caros) na prevenção e cuidados com o diabetes, é encorajador notar que iniciativas como o Google X ou o recentemente introduzido Apple ResearchKit vejam o diabetes como uma nova fronteira, pronta para investimento tecnológico e que pode produzir ganhos sociais significativos.
Omada e DPS Health estão ambas trabalhando para democratizar a prevenção ao diabetes, usando doses saudáveis de tecnologia possivelmente escalável. Tais inovações ajudam as pessoas a baixar seus custos através de um gerenciamento da saúde mais efeitvo, e talvez até munam os médicos com os dados necessários para intervir antes que seja tarde demais. Não é uma panacéia, mas certamente é um início, e o que precisamos é de abordagens espertas e multi-facetadas para estes problemas social de larga escala. Os custos da obesidade podem não ser surpreendentes, mas basta cavar um pouco e precebe-se que os custos do diabetes é que são realmente chocantes. Eles falam sobre a necessidade urgente de uma conversa nacional sobre soluções – um New Deal atual para endereçar uma ameaça tão real quanto qualquer outra que nosso país já tenha enfrentado. Temos orgulho de uma história de superações de desafios nacionais, e todas as razões para crer que podemos derrubar o diabetes. Mas precisamos reconhecê-lo como a crise que é, e começar a endereçá-lo apropriadamente, agora.
Fonte: Paleodiário 
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extraído:http://www.diabetes.org.br/diabetes-na-imprensa/diabetes-uma-ameaca-silenciosa-a-economia-americana

terça-feira, 28 de abril de 2015

Um-em-cada-tres-casos-de-alzheimer-pode-ser-evitado II

Dormir bem(Foto: Thinkstock/VEJA)

Dormir bem

É durante o sono que a memória e a aprendizagem se consolidam. Na fase denominada REM, o cérebro reúne as informações e lembranças adquiridas no dia e as repete para si mesmo — isto é, reativa os circuitos neurais utilizados durante o dia. A partir daí, o conteúdo migra para a chamada memória de longo prazo. "De dia, as informações estão bagunçadas no cérebro. No sono reparador, elas se organizam e passam a fazer sentido. Esse processo faz com que a pessoa não esqueça o que estudou, por exemplo", explica Edson Issamu Yokoo, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. Por isso, dormir bem é um conselho recorrente para estudantes.


Não fumarFoto: Thinkstock/VEJA)

Não fumar

"O tabagismo leva à perda de memória de modo indireto", explica Lucas Alvares, neurocientista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Fumar deteriora as paredes das artérias, o que contribui para o depósito de gordura e dificulta a circulação sanguínea e o funcionamento do cérebro. Com isso, elevam-se os riscos de formação de coágulos, responsáveis pelo bloqueio da circulação das artérias e, consequentemente, pelo AVC isquêmico, que leva à morte de neurônios na região afetada.

Segundo uma pesquisa publicada pelo periódico Drug and Alcohol Dependencerealizada com fumantes, ex-fumantes e pessoas que nunca haviam fumado, os tabagistas se lembravam de 59% de suas tarefas, ante 74% dos ex-fumantes e 81% dos que jamais fumaram.
Tratar do stress e da depressãoFoto: Thinkstock/VEJA

Tratar do stress e da depressão

O estado de stress crônico libera hormônios como adrenalina e cortisol, que prejudicam a fixação da memória. "Níveis elevados e prolongados de cortisol levam à diminuição das células do hipocampo, relacionado à memória", diz Lucas Alvares. Já a depressão diminui a atenção do indivíduo. "A pessoa tem menos motivação para focar em determinadas situações cotidianas", diz André Lima, neurologista membro da Academia Brasileira de Neurologia. Em casos mais graves, a depressão pode levar à demência por transtornos psiquiátricos.
Controlar a hipertensãoFoto: Thinkstock/VEJA

Controlar a hipertensão

A hipertensão pode fazer com que os vasos do cérebro se estreitem, já que estimula o aumento da musculatura dos vasos e diminui a permeabilidade para a passagem de nutrientes, oxigênio e gás carbônio. "Esse estado prejudica a circulação e favorece o derrame, causador da morte dos neurônios", explica Eduardo Mutarelli, neurologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Um estudo divulgado pela revista The Lancet constatou que a pressão arterial elevada em pessoas de 40 anos afeta de forma negativa as massas cinzenta e branca do cérebro, regiões envolvidas na memória e na cognição. Controlar a hipertensão, portanto, afasta diferentes males, como problemas cardíacos, AVC isquêmico e, consequentemente, a perda de memória.
Ter níveis baixos de colesterol LDLFoto: Thinkstock/VEJA

Ter níveis baixos de colesterol LDL

Níveis altos de colesterol LDL, chamado de colesterol “ruim”, leva ao depósito de gordura nas paredes das artérias de todo o corpo — inclusive no cérebro — e que causa o entupimento das veias. Esse fator acarreta em um AVC isquêmico que induz à morte de neurônios do local afetado e, assim, a dificuldades na memória. "É o que chamamos de demência vascular", diz Lucas Alvares.


Tomar café moderadamente(Foto: Thinkstock/VEJA)

Tomar café moderadamente

A cafeína ativa a liberação de energia da célula. Com isso, os impulsos cerebrais têm um desempenho melhor, o que contribui para a melhor fixação da memória. "Estudos recentes estão voltados para interpretar como a cafeína atua mais detalhadamente no hipocampo", explica Lima. O Ministério da Saúde recomenda o consumo de 300 a 500 mg de cafeína por dia, o que equivale de três a cinco xícaras de café.
Praticar atividade físicaFoto: ThinkStock/VEJA)


Praticar atividade física

O exercício físico, além de melhorar fatores de risco como hipertensão e colesterol alto, melhora o fluxo sanguíneo do cérebro, evitando o declínio cognitivo. Além disso, estimula a formação de neurônios no hipocampo, parte do órgão responsável pela entrada da memória. "A atividade física protege o cérebro do Alzheimer em até 40%. Uma caminhada de meia hora, cinco vezes por semana, é o ideal", diz Mutarelli.
Monitorar doenças cardíacas(Foto: iStock/VEJA)

Monitorar doenças cardíacas

Uma pesquisa publicada pelo periódico Journal of the American Heart Association revelou que a saúde cerebral e cardiovascular estão diretamente ligadas. Ao analisar dados de 17 761 pessoas com idades acima de 45 anos, os pesquisadores constataram que fatores de risco para a saúde do coração aumentam o declínio cognitivo. Caso o coração não funcione corretamente, o sangue não circula como deveria e pode favorecer o entupimento de vasos do cérebro.
Controlar o diabetesFoto: iStock/VEJA)

Controlar o diabetes

O diabetes causa a degradação das paredes das artérias e facilita a formação de placas de gordura. Esse cenário favorece a formação de coágulos e pode causar AVC isquêmico, causador da demência vascular. O controle do diabetes é um dos preceitos da boa saúde cerebral.

Ter uma dieta saudávelFoto: iStock/VEJA)

Ter uma dieta saudável

A glicose é o combustível para o cérebro. Sem ela, as conexões cerebrais ficam comprometidas — podem ocorrer falhas no armazenamento e no resgate de informações. Assim, uma dieta rica em frutas e cereais colabora com o funcionamento do cérebro. Mas o consumo precisa ser moderado, pois a ingestão exagerada de açúcar pode dificultar a fixação da memória. De acordo com um estudo publicado na revista Neurologypessoas que apresentaram os maiores níveis de açúcar no sangue em jejum se saíram pior em um teste de memória do que aquelas que tinham as menores taxas.
Maneirar no álcoolFoto: iStock/VEJA)

Maneirar no álcool

O álcool em quantidades altas é tóxico para o cérebro. Ele contribui para a queima de neurônios e prejudica o sono, essencial para uma boa memória. Segundo Eduardo Mutarelli, o recomendado é, para as mulheres, tomar uma taça de vinho por dia e, para os homens, duas.
Exercitar a memóriaFoto: iStock/VEJA)

Exercitar a memória

Algumas atividades obrigam o cérebro a armazenar e resgatar dados. Aprender uma nova língua ou ler um livro, por exemplo, são bons exercícios. "Ao ler um livro, você terá que guardar os personagens, as personalidades e outros detalhes que acabam por exercitar a memória", explica Eduardo Mutarelli.

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extraído:http://veja.abril.com.br/noticia/saude/um-em-cada-tres-casos-de-alzheimer-pode-ser-evitado

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Um-em-cada-tres-casos-de-alzheimer-pode-ser-evitado

Pesquisa concluiu que parte da doença é provocada por fatores 

de risco modificáveis, como obesidade, tabagismo e baixos níveis

 de escolaridade




Mulher idosaDemência: Alzheimer tem prevenção em parte dos casos, afirma pesquisa
(GettyImages/Ingram Publishing/Thinkstock)

Um terço dos casos de Alzheimer no mundo tem prevenção, já que é desencadeado por fatores que podem ser evitados. São eles: sedentarismo, tabagismo, diabetes, hipertensão, obesidade, depressão e baixos níveis de educação. A conclusão faz parte de uma pesquisa publicada nesta segunda-feira na revista médica The Lancet Neurology.

CONHEÇA A PESQUISA
Onde foi divulgada: The Lancet Neurology
Quem fez: Sam Norton, Fiona E Matthews, Deborah Barnes, Kristine Yaffe e Carol Brayne
Instituição: Universidade de Cambridge e King's College London, Grã-Bretanha, e Universidade da Califórnia, EUA
Resultado: Um terço dos casos de Alzheimer é desencadeado por fatores de risco que podem ser evitados ou que têm prevenção, como diabetes, obesidade e baixos níveis de educação.

O estudo, feito por especialistas americanos e britânicos, foi conduzido no Instituto de Saúde Pública da Universidade de Cambridge. A estimativa apontada pelo trabalho é menor do que a de um estudo anterior feito pelos mesmos pesquisadores, que havia indicado que metade dos casos de Alzheimer poderia ser evitada.
Acredita-se que 44 milhões de pessoas no mundo tenham Alzheimer e que esse número chegue a 106 milhões de casos até 2050. Segundo pesquisa de Cambridge, no entanto, se a população mundial diminuir em 10% cada um dos fatores de risco modificáveis da doença, será possível evitar cerca de 9 milhões de casos de Alzheimer até 2050.
O novo estudo se baseou em estatísticas sobre a doença nos Estados Unidos e na Europa e relacionou esses dados com a prevalência de fatores de risco à saúde, como obesidade e diabetes, nessas regiões .Embora não exista uma forma única de prevenir o Alzheimer, talvez nós possamos dar alguns passos para reduzir o nosso risco de demência em idades mais avançadas. Praticar atividade física, por exemplo, diminui os níveis de obesidade, hipertensão e diabetes, e pode evitar demência em algumas pessoas, além de melhorar a saúde em geral com o envelhecimento", diz Carol Brayne, professora da Universidade de Cambridge e coordenadora do estudo.
"A nossa esperança é que essas estimativas ajudem a traçar estratégias para prevenir e lidar melhor com essa condição", diz Deborah Barnes, especialista do Departamento de Epidemiologia da Universidade da Califórnia em São Francisco, Estados Unidos, e uma das autoras da pesquisa.
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extraído:http://veja.abril.com.br/noticia/saude/um-em-cada-tres-casos-de-alzheimer-pode-ser-evitado





domingo, 26 de abril de 2015

STRESS NA INFÂNCIA TRIPLICA RISCO DE DIABETES TIPO 1, DIZ ESTUDO

Uma pesquisa sueca publicada no jornal Diabetologia mostrou que crianças que presenciam eventos traumáticos na infância têm o risco três vezes maior de desenvolver diabetes do tipo 1. O número de crianças com a enfermidade tem crescido em todo o mundo. Por essa razão, pesquisadores da Universidade Linköping decidiram estudar os fatores ambientais que podem influenciar seu desenvolvimento. O estudo examinou se eventos potencialmente traumáticos na infância - como divórcio e morte e/ou doença na família, por exemplo - somados à falta de suporte dos pais nos primeiros catorze anos de uma pessoa pode ser um fator de risco para a doença.
LEIA TAMBÉM: Como cada hora em frente à TV pode aumentar o risco de diabetes Estratégia para controlar o diabetes: café reforçado e jantar leve Foram analisados dados de mais de 10.000 famílias suecas com filhos de dois a catorze anos. No estudo, 58 crianças foram diagnosticadas com a diabetes tipo 1. Os pesquisadores observaram que aquelas que vivenciaram um evento traumático na infância tiveram três vezes mais risco de desenvolver a doença do que as que não vivenciaram. Eles chegaram a essa conclusão depois de ajustar outros fatores de risco para a enfermidade, como predisposição genética para diabetes e escolaridade dos pais. "O stress psicológico deveria ser tratado como um risco em potencial [para a doença], e examinado mais profundamente em estudos epidemiológicos futuros", afirmam os autores no estudo.
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, causada pelo próprio organismo, que destrói as células que produzem insulina. A vasta maioria da população possui diabetes tipo 2, causada pela dificuldade do organismo de absorver a insulina produzida. Ela é mais frequente em pessoas acima do peso e após os 30 anos, embora seu diagnóstico tenha aumentado entre jovens. Predisposição genética, hábitos alimentares, sobrepeso e stress podem ser gatilhos para os dois tipos de diabetes.
Fonte: Veja BC
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extraído:http://www.diabetes.org.br/diabetes-na-imprensa/stress-na-infancia-triplica-risco-de-diabetes-tipo-1-diz-estudo

sábado, 25 de abril de 2015

MANEJO DO DIABETES MELLITUS NO PACIENTE IDOSO

É fato! A população de idosos cresce cada vez mais. Graças à maior expectativa de vida, segundo o IBGE, as pessoas com mais de 65 anos de idade devem passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060.
Como a prevalência de diabetes também está aumentando, a conclusão que chegamos é de que teremos mais idosos diabéticos necessitando de assistência endocrinológica. Mas será que as pessoas com mais de 65 anos devem ser tratadas igualmente aos mais jovens?
A verdade é que o paciente idoso está sujeito exatamente às mesmas complicações do diabetes que o paciente mais jovem, com uma diferença importante: o risco das complicações cardíacas e vasculares é muito maior, já que a idade é um agravante. E isto já é um bom motivo para um cuidado diferenciado! Além disso, o idoso diabético quando comparado ao não diabético, está mais sujeito a ser poli medicado, apresentar perdas funcionais (dificuldade de locomoção, por exemplo), problemas cognitivos, depressão, quedas e fraturas, incontinência urinária e dores crônicas.
Logo, o paciente idoso com diabetes carece de tratamento individualizado. Isto é, há pessoas idosas ativas e saudáveis, assim com também há pessoas fragilizadas e dependente de cuidados. Nestas últimas, em especial, os principais objetivos são tratar o diabetes e suas complicações evitando ao máximo as quedas da glicose (hipoglicemias), as quedas de pressão (hipotensão), além de cuidar as interações entre diferentes medicamentos, já que muitos pacientes precisam tomar muitos remédios. Além disso, o endocrinologista deve atentar para doenças que limitem o autocuidado do paciente, como problemas de visão e cognitivos.
No paciente idoso as hipoglicemias muitas vezes são confundidas com doenças neurológicas, como demência ou isquemias, não raro, levando o médico não familiarizado a realizar exames e lançar mão de tratamentos desnecessários. Tontura, fraqueza, delírio e confusão são sintomas comuns de hipoglicemia em idosos com diabetes. Principalmente nos que usam medicamentos que estimulam o pâncreas a secretar insulina como as sulfonilureias (glibenclamida e glimepirida) ou que usam insulina.
Outro ponto importante no manejo do diabetes no idoso é a modificação do estilo de vida. Muitas pessoas com mais de 60 anos são sedentárias. Problemas de visão, osteoarticulares, depressão, ou simplesmente insegurança, contribuem para que os idosos se movimentem menos. Logo, a atividade física orientada por profissional habilitado, acompanhada de alimentação apropriada, contribuem muito para a melhora do diabetes. Em estudos, os pacientes com mais de 60 anos melhoram bem mais do diabetes modificando o estilo de vida do que os pacientes mais jovens. Ou seja, o idoso leva vantagem no tratamento não medicamentoso.
Devido ao risco cardiovascular aumentado, o paciente idoso com diabetes deve manter ótimos os níveis de pressão arterial e de colesterol. Como mencionado anteriormente, o tratamento da hipertensão deve ser calibrado para evitar hipotensão. Tontura, como dito anteriormente, pode ser um sintoma de hipoglicemia, mas também pode ser um sintoma de pressão baixa. Para fazer a diferenciação, o paciente deve medir sua pressão e, também, sua glicose na ponta do dedo, quando apresentar sintomas suspeitos. Se os valores forem diferentes dos previamente combinados no consultório médico, deve prontamente procurar seu endocrinologista para ajustar a dose da medicação em uso. No caso do colesterol, se o LDL (colesterol ruim) estiver acima de 100 mg/dL, pode ser necessário tratamento medicamentoso com estatina. Além disso, o fumo deve ser sempre desencorajado e alguns pacientes podem se beneficiar do tratamento com AAS.
Outros cuidados fundamentais são:
• avaliação oftalmológica regular, já que o diabetes aumenta o risco de perda de visão por problemas na retina e por catarata, e quanto maior a idade, maior a chance de isto acontecer;
• avaliação da função renal como parte da prevenção da insuficiência renal crônica;
• cuidados com os pés, já que cerca de 30% dos pacientes idosos não conseguem alcançar ou verificar os pés regularmente.
Dada a complexidade do diabetes como doença e as peculiaridades do paciente idoso, todo paciente diabético com 60 anos ou mais deve ser sempre preferencialmente tratado por médico especialista treinado no manejo do diabetes e suas complicações, ou seja, com o endocrinologista.
Fonte: UpToDate OnLine

Informações do Autor

Dr. Mateus Dornelles Severo
CREMERS 30.576
Médico Endocrinologista do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria/RS
Mestre em Endocrinologia/UFGRS

sexta-feira, 24 de abril de 2015

CONSUMO EXCESSIVO DE AÇÚCAR E DIABETES: A POLÊMICA REVISITADA PELA OMS

Recentemente, a organização mundial da saúde (OMS) publicou novas diretrizes1 com recomendações para limitar o consumo de “açúcares livres”, ou seja, carboidratos simples que são adicionados artificialmente durante o processamento industrial dos alimentos. A OMS, em parceria com sua divisão de agricultura e alimentos (FAO – Food and Agriculture Organization), afirmam que o consumo de mais de 10% do total de calorias diárias na forma destes compostos pode levar ao aumento de obesidade, doenças não transmissíveis (diabetes, hipertensão, etc.) e cáries dentárias. Uma recomendação opcional é feita para limitar este total a não mais de 5%.
A associação entre ganho de peso e obesidade é já bem reconhecida, mas o papel do açúcar, consumido em quantidades cada vez maiores desde os anos 1970, como gerador de obesidade e diabetes ainda é assunto de grande controvérsia. Como o diabetes é popularmente conhecido como o aumento do “açúcar no sangue”,  é bem frequente o raciocínio dos pacientes de que um maior consumo de açúcar é o principal fator gerador da doença.
A confusão aumenta com o fato de que, na maioria dos estudos com grupos menores de pacientes, o papel do ganho de peso, seja este associado ao consumo excessivo de açúcar ou não, é o fator dominante para aparecimento de diabetes. Maior ainda, se associado ao sedentarismo. Fatores adicionais como história da doença na família, estresse, medicamentos e muitos outros podem modificar o risco individual. Assim, é corriqueiro que os médicos desmintam essa associação entre açúcar e diabetes, e passem a dar mais ênfase ao controle de peso e pratica de atividades físicas regulares.
Então, como conciliar essa visão com as preocupações da OMS? Uma possibilidade bastante plausível é a seguinte: do ponto de vista individual, muitos fatores altamente variáveis competem para o aparecimento do diabetes, sendo o ganho de peso aquele com maior preponderância. Por outro lado, várias pesquisas feitas com dados populacionais encontraram associação significativa entre maior consumo de açúcar e doenças crônicas, inclusive o diabetes. Um interessante estudo2 feito por pesquisadores da Califórnia avaliou dados de 173 países, provenientes de dados oficiais (urbanização, PIB per capita, industrialização, envelhecimento, incidência de diabetes) e da FAO (consumo alimentar de fibras, proteínas, álcool, açúcar refinado e outros), bem como sua evolução durante período de 2000 a 2010.
Após uma análise estatística cuidadosa e bastante repetitiva, o consumo de açúcar foi relacionado a maior incidência de diabetes, de forma independente da obesidade, sedentarismo e consumo de álcool. Tempo mais longo de exposição ao maior consumo de açúcar teve resultados semelhantes. Os autores tiveram ainda o cuidado de separar países onde o consumo de açúcar diminuiu durante o período, verificando que nestes a incidência de diabetes também caiu.
Ou seja, do ponto de vista mais coletivo, onde os fatores individuais são menos importantes, o consumo excessivo de açúcar pode aumentar o número de novos casos de diabetes. Diversos mecanismos metabólicos têm sido estudados nos últimos anos implicando o consumo de açúcar (principalmente aqueles ricos em frutose) com maior chance de ganho de peso, diabetes, esteato-hepatite não alcoólica, hipertrigliceridemia, aumento do ácido úrico e hipertensão. Enfim, todos os componentes da chamada síndrome metabólica.
Ou seja, como conclusão desta polêmica, pelo menos até o momento, podemos dizer que do ponto de vista individual de cada paciente, dentro do consultório, devemos continuar a atacar os fatores já consagrados: obesidade e sedentarismo. Porém, para uma estratégia preventiva eficaz, do ponto de vista coletivo e de saúde pública, talvez deveríamos dar maior atenção ao crescente aumento na adição de açúcares simples durante o processamento industrial dos alimentos, bem como ampliar os esforços em educação alimentar, visando uma escolha mais consciente daquilo que levamos do supermercado para dentro de casa.
Contra uma doença que se alastra rapidamente e em grande número, apenas com uma abordagem coletiva e maciça é que poderemos ter esperança de um futuro mais doce, mas no bom sentido.
Fontes:
  1.          http://who.int/mediacentre/news/releases/2015/sugar-guideline/en/
  2.          Basu S, Yoffe P, Hills N, Lustig RL. The relationship of sugar to population-level diabetes prevalence: an economic analysis of repeated cross-sectional data. Plos One 2013; 8(2):e57873
Dr. Arnaldo Moura Neto
Médico Endocrinologista formado pela Unicamp
Mestre em Clínica Médica e doutorando em Clínica Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Especialista em endocrinologia pela SBEM e membro da SBD

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extraído:http://www.diabetes.org.br/diabetes-em-debate/consumo-excessivo-de-acucar-e-diabetes-a-polemica-revisitada-pela-oms